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A MATERNIDADE TRAZ APRENDIZADOS NÃO APENAS SOBRE O BEBÊ… MAS SOBRE RELACIONAMENTO, PRODUTIVIDADE, LIÇÕES DE VIDA!
Faz um mês que minha primeira filha nasceu! #maedeprimeiraviagem
Sim, a vida mudou, e mudou bastante!! Para melhor, sem sombra de dúvida!
Ter um filho é a materialização do amor de um casal! Ainda mais quando é possível pegar, abraçar, beijar!
Nesse post eu vim contar as 3 principais coisas que eu aprendi nesse primeiro mês como mamãe – lições de vida que só quem passa por experiências como essas é capaz de absorver!
COMPAIXÃO
Esse foi um sentimento muito forte e recíproco entre eu e meu marido nos primeiros dias do neném.
Na maternidade, como já contei nesse post, nos revezamos nas atividades de cuidar do neném.
Foram pequenos gestos, mas suficientes para me mostrar um sentimento que nunca tinha se aflorado tanto para mim.
Desde eu ficar 2, 3h horas sentadas no sofá para ele poder dormir confortavelmente na cama…
Até ele ficar 2, 3h com o neném no colo, dormindo, para que eu pudesse descansar – aquela linda cena que ainda está ilustrada na minha cabeça, de ver os dois juntinhos e não conseguir dormir, só querer ficar admirando…
Nas primeiras madrugadas, com o choro alto do bebê, aquele sentimento de um confortar o outro… Principalmente com gestos de afeto…
Era quase uma disputa para saber quem ficaria com o neném aos berros para que o outro pudesse relaxar alguns minutos.
Ao chegar em casa, a compaixão se mostrava dividida entre dia e noite.
De dia, eu me sentia uma inútil vendo ele para cima e para baixo… Limpava a casa, fazia comida, resolvia as coisas na rua para nós, segurava o neném quando precisava…
E eu sentada apenas dando de mamar. Era um sentimento muito estranho ver tudo que antes fazíamos juntos sendo feito apenas por ele, sem nenhum tipo de ajuda.
Daí de noite os papéis se invertiam… Enquanto ele conseguia dormir 4, 5 horas consecutivas, eu fazia os plantões que variavam de intervalos de 1, 2 e, na média, 3 em 3 horas.
Mas durante as dormidas, nada de sono pesado… Muitas vezes com o bebê (e o cachorro) no colo, mal conseguindo me mexer…
E então ele sentia compaixão pelas minhas noites mal dormidas…
Assim passamos as primeiras semanas, um entendendo as necessidades do outro e tentando fazer o máximo para ajudar.
É um sentimento muito bonito que aflorou entre nós nessa fase do puerpério e que, sem sombra de dúvida, ajudou a nos consolidar como casal e agora também como pais de primeira viagem!
HABILIDADES MOTORAS
Se você deseja fazer alguma coisa mais além de cuidar do bebê, com certeza adquiri habilidades motoras que nunca tinha testado antes…
Uma delas é saber como seu pé é útil para pegar coisas no chão!! Ele quase funciona como sua mão com tudo que cai ao seu alcance.
As mãos, ah as mãos… Como elas fazem falta!!
Durante o meu primeiro mês como mamãe comecei a criar minhas próprias técnicas de produtividade considerando a disponibilidade das minhas mãos.
Dessa forma, separei atividades que fossem possíveis de serem feitas sem nenhuma das mãos – e a principal delas está relacionada a consumir conteúdo de vídeo ou áudio.
E dá para estudar bastante nessas horas, até porque essa é a maior disponibilidade que você tem, enquanto carrega seu bebê – acordado ou dormindo.
Depois, vem as atividades que podem ser feitas com uma única mão – enquanto na outra você segura o bebê.
Entre elas, mexer no celular, ler um livro, usar o mouse para alguma coisa no computador, comer…
Ah, não podemos esquecer que essas atividades variam muito se é sua mão direita ou esquerda que está livre…
Com a mão direita (sou destra), as atividades são mais fáceis…
Mas com o tempo a gente também vai adquirindo habilidades de comer com a mão esquerda, escrever, organizar a casa e assim por diante.
E, finalmente, as atividades que você consegue fazer com as duas mãos disponíveis!! Digitar (leia-se escrever esse post) é uma delas!
Na verdade tudo que antes você fazia com as duas mãos, o que você não conseguiu jogar para fazer sem mãos ou com apenas uma, acaba caindo aqui!
Só que o tempo nessa “modalidade” fica bem restrito… Então te sobra de fato pouquíssimo tempo para esse luxo de ter as duas mãos disponíveis.
E olha que eu me refiro as duas mãos disponíveis, mas não quis dizer que você está sem o bebê no seu colo…
Muitas vezes eu consigo acomodá-la dormindo comigo na almofada de amamentação, ou no sling, e desenvolvo essas atividades mais complexas.
Até porque nos breves momentos que ela não está no meu colo e eu tenho as duas mãos livres, a prioridade absoluta sou eu…
Ir ao banheiro, tirar leite, tomar um banho!!
Mas uma coisa é fato: nesse primeiro mês eu desenvolvi muito mais atividades do que pensei que fosse conseguir fazer!
A sensação de trabalhar no blog, nos meus projetos, mesmo que com o neném no colo, foi muito importante para mim!
Fez meus dias parecerem mais produtivos e dinâmicos…
Com 5 dias eu já estava passando roupa… Com 10 dias limpando a casa…
E voltar a trabalhar… Bem, no caso eu não voltei – porque não parei!! E essa foi uma das minhas grandes conquistas e aprendizados desse primeiro mês.
ACEITANDO RETROCESSOS
O terceiro e grande aprendizado foi entender que a evolução do bebê e a recuperação da mamãe não é uma linha contínua e crescente.
Para evoluir, ambos precisam dar passos para trás – e é preciso aceitar esse fato.
Nossa primeira semana foi perfeita!! Ela dormia bastante, eu ainda não queria muito, mas já estava bem envolvida nos meus projetos. Parecia que tudo ia ser super fácil…
Até que veio a descida do leite e tivemos nosso primeiro retrocesso.
A segunda semana foi uma das mais difíceis. Acho que um dos motivos foi esse: criei uma expectativa grande de que tudo ia super bem, e as coisas mudaram…
Eu tive recaídas (mastite), meu corpo pediu descanso… O bebê começou a ter cólicas…
E quando a gente acha que está tudo indo bem, vem aquele monte de hormônio que te deixam pra baixo, com crise de choro (minha e do bebê), dor para amamentar…
E você querendo fazer outras coisas além de dar de mamar e dormir quando possível!
Em resumo: tive que aceitar que esses retrocessos acontecem… E aqui em casa tem sido uma ou duas vezes por semana…
Quando você acha que está ficando tudo bem, tudo ótimo, lá vem eles e te derrubam!
Numa noite ela dorme 6 horas consecutivas – e você pensa, uau, achei a fórmula!
Na noite seguinte, você acorda de 2 em 2 horas e fica acabada…
Num dia, ela fica boazinha o dia todo e você faz coisa pra caramba…
No outro, ela chora 2 horas seguidas com cólica e você se sente impotente e inútil…
Faz parte do ser humano se cobrar por essas evoluções… Faz parte achar que está indo bem e vai tudo caminhar cada vez melhor.
Mas minha experiência da maternidade não tem sido bem assim… Ainda bem que a proporção está boa: tem sido 3, 4 dias bons, para 1 ruim!
E, melhor do que isso, é poder contar com o papaizão nesses dias ruins!
Primeiro ele questiona, por vezes até se irrita de porque estou tão mal – se há poucos minutos estava tudo bem!
Mas depois é a ajuda dele, o colo dele (para ela e para mim) que me conforta, que me acalma e me faz ter forças para seguir em frente.
E é fato que eu estou tendo que, dia após dia, aprender a lidar com esses retrocessos e aceitar dar passos para trás, que vão me permitir caminhar para frente.
E esses foram os 3 principais aprendizados que eu tive durante meu primeiro mês como mamãe.
Foram muitos e muitos outros, mas esses são os principais que vou guardar para minhas experiências de vida…
E está só começando…