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UMA CONSULTORIA DE IMAGEM E ESTILO PODE NÃO COMBINAR MUITO COMIGO… MAS É AÍ MESMO, ONDE MORA A DOR, QUE PRECISAMOS CUTUCAR PARA EVOLUIR!
Desde que me entendo por gente enfrentar o guarda roupa sempre foi uma tarefa desafiadora para mim.
Já há algum tempo eu sabia que precisaria enfrentar esse desafio na minha vida, e essa hora chegou.
Nessa sequencia de posts eu vou contar mais sobre a Consultoria de Imagem e Estilo que estou desenvolvendo com a Mariana Chiré, começando por esse relato, que conta por que eu comecei.
GRANDES MUDANÇAS NA VIDA
Desde 2016 tenho realizado mudanças drásticas da minha vida.
Seja de mindset, seja de estilo de vida, seja de carreira profissional, chegando até mesmo na própria maternidade – algo totalmente novo e diferente do que eu tinha antes na minha vida “dentro da caixinha”.
Confesso que já perdi um pouco as contas de quantas mudanças eu me proporcionei desde que essa “vida nova” começou.
O fato é que cada mudança deixa pra trás uma Pri e dá lugar a uma nova – e eu curto muito isso!
Muitas vezes existe uma dificuldade de aceitação de quem está em volta de mim – é o preço que eu pago por evoluir.
E está tudo bem, não dá para agradar a todos, não é mesmo?!
Já há mais de 1 ano eu sinto a necessidade de provocar 2 novas mudanças na minha vida:
- Uma em relação a maneira como eu me apresento e me comunico;
- E outra em relação a minha alimentação.
Procrastinar não é muito minha praia – sempre que eu identifico uma necessidade de melhoria para mim, quero logo o próximo passo.
No início de 2019 eu havia definido comigo mesma que essas duas mudanças ocorreriam assim que meu segundo filho nascesse – algo que, por motivos óbvios, ainda não tem data.
Minha cabeça estava confortável com essa decisão – jogando o desafio da mudança para daqui pelo menos 2 anos!
Até que um belo dia eu fui realizar uma atividade espiritual – que um dia ainda descreverei aqui – e uma das mensagens que me foi passada questionou esse meu tempo que eu havia combinado comigo mesma.
Minha principal ação depois de sair dessa atividade foi ter a consciência de que eu precisaria adiantar essas mudanças na minha vida, até para que fosse possível que meu caminho continuasse fluindo da maneira que eu gostaria.
Entendi, naquela atividade, que era hora de dar um passo adiante, enfrentar o medo e entrar em ação.
Estava na hora de me tirar da zona de conforto e criar outra mudança drástica dentro de mim.
Pensando as duas mudanças que estavam na fila: imagem e alimentação, não tive dúvida e comecei pela que, ao meu ponto de vista, parece mais fácil: imagem.
ESCOLHENDO MINHA CONSULTORA DE IMAGEM
Eu acredito que grandes mudanças vem acompanhadas de orientação profissional.
Não que você não seja capaz de realizá-las sozinho – eu também acredito que grande parte da mudança está dentro de você.
Mas quando você mistura passado, dor e resistência na zona de conforto, o comprometimento com um agente externo funciona bem!
E depois de ser coach eu entendi muito bem como esse comprometimento com seu coach, mentor, o que quer que seja, realmente faz diferença.
Eu já sabia que essas mudanças eu não iria sozinha – eu teria um profissional comigo.
No caso da Imagem e Estilo, não fui bem eu que escolhi minha consultora – foi ela que me escolheu!
Eu já conheço a Mari há alguns anos e ela já vem tentando me convencer a fazer esse processo com ela há pelo menos 1 ano!
E eu aqui, só escapando de um lado, escapando de outro, mas sabendo que um dia essa realidade bateria na minha porta.
Quando eu sai da minha atividade espiritual minha ação quase que imediata foi mandar uma mensagem para a Mari, pedindo o orçamento.
Agora, porque a Mari e não outra consultora?
Primeiro porque eu acredito muito no potencial dela. Sei da sua entrega e da importância que ela dá para seus clientes.
Segundo porque eu adoro acompanhar e vivenciar a jornada das pessoas que eu contrato – e eu já a acompanho há alguns anos, é um prazer conhecê-la agora como minha consultora (antes era só amizade!).
Terceiro porque ela sempre me deu argumentos muito legais para iniciar esse serviço, e no fundo no fundo gosto da possibilidade de ela me conhecer um pouco mais profundamente.
E quarto porque, vamos combinar né… Tempo é dinheiro e, para que procurar uma nova indicação se já tenho alguém top na porta de casa?!
Até fui atrás de outras profissionais mas a ausência de resposta me fez fechar logo com a Mari e começar a consultoria!
Ela me mandou um excelente detalhamento de como funciona, me questionou várias coisas antes de começar, e me deixou extremamente segura quanto ao primeiro passo.
ENTENDENDO MEUS MOTIVOS
A consultoria de imagem e estilo se iniciou no mês de julho de 2019 e, já na primeira sessão, eu entendi de fato por que estava precisando passar por essa transformação.
De forma muito sábia, a Mari começou a questionar meu por quê de estar fazendo essa revolução da minha imagem.
Eu nem deixei ela perguntar muito e já joguei logo de cara todas as crenças que eu tinha em relação a minha imagem.
E no final da primeira sessão eu verdadeiramente entendi o quanto enfrentar o guarda roupa me dói.
Vou te contar um pouquinho dessa dor, mas claro que de forma superficial e não com a intenção de machucar ninguém…
Um dos meus objetivos com essa consultoria é fazer meu guarda roupa todo caber dentro da minha mala vermelha de viagem.
Sinto um certo peso de ter tantas roupas.
Cada vez que me mudo de casa, vejo o quanto é desnecessário ter tudo que tenho quando trato de roupas.
Cada vez que eu viajo com uma mala pequenina, vejo o quanto consigo me virar com pouco.
O estilo minimalista me atrai muito e é para lá que eu quero ir!
Eu não tinha me dado conta, até então, do quanto a mala é minha parceira de vida.
Mas entendi nessa primeira sessão.
Desde que meus pais se separaram (quando eu tinha 5 anos), eu passei a ter um final de semana com meu pai e outro com a minha mãe.
Pelas contas que fizemos nesse dia e, considerando que antes da separação eu ia sempre à chácara dos meus avós, eu conclui que nunca na minha vida eu dormi por mais de 90 dias consecutivos na mesma cama.
Sabe o que isso significa?
Que pelo menos 1 vez a cada 3 meses eu arrumo malas.
Desde sempre!
Escolher roupas e colocá-las em uma mala é uma atividade que faz parte de mim.
Se eu gosto disso? Amo!!
Adoro ter uma rotina para poder sair dela e, pela meu valor de liberdade geográfica, tenho muito interesse em reduzir esse índice de 90 para 30 dias – ou seja, não dormir 30 dias consecutivos na mesma cama.
Viajar para mim é hobby, é vida!
Rever minha imagem não é a única ação que estou fazendo para viver essa vida nômade – há outras em paralelo.
Mas o fato é que eu gosto de viajar – e isso envolve estar sempre recheada de malas!
Foi nessa primeira sessão que isso ficou extremamente claro para mim.
Outra coisa que ficou claro foram as crenças que eu tinha (na verdade ainda tenho, mas estou trabalhando nelas) quanto a maneira como a questão imagem pessoal foi formada na minha vida.
Meu berço (leia-se minha mãe e minha irmã), são pessoas que tem um estilo confortável de se vestir.
Isso é oriundo especialmente da família da minha mãe como um todo, que vive numa chácara – algo que, por si só, já gera uma necessidade de se vestir de maneira confortável!
Usar roupas velhas que podem ser sujadas faz parte da minha essência.
Usar roupas confortáveis para brincar e correr fazem parte da minha infância.
Me produzir, me maquiar e estar elegante não fazem parte da meu berço quando eu falo de imagem pessoal.
Do outro lado da família – a família do meu pai, a situação é totalmente diferente.
Não pelo meu pai mas, as mulheres da família dele dão grande importância a imagem pessoal.
Se vestem super bem, gostam de se arrumar e se produzir.
Essa dicotomia causou vários nós no meu inconsciente quando criança.
Na casa da minha mãe, conforto. Na casa do meu pai, arrumadinha.
Quando criança eu não tive um estilo de imagem – eu era adaptada de acordo com quem estava cuidando de mim.
Daí chegou a adolescência e eu comecei a namorar o Joy, meu atual marido.
Herdei nesse namoro uma postura familiar que dá muita importância para imagem – especialmente na época que começamos o namoro.
Estar bem vestida era praticamente um requisito para pertencer àquela família.
8 a cada 10 brigas que tínhamos nos primeiros anos do nosso namoro eram por causa da maneira como eu me vestia.
E olha que a gente brigava hein!
Diria que não passávamos mais do que 2-3 dias sem brigar.
Mas diz o Joy que ele fez um bem enorme para minha imagem e que, se não fosse ele, quem seria eu?!
Tudo bem, eu concordo em partes com ele…
Não precisava de tantas brigas (kkkk), mas é verdade!
Se não fosse para me sentir pertencida à família dele eu jamais teria abandonado meu tênis de jogar bola, nem minhas camisetas coloridas da hering.
O fato é que essas âncoras familiares moram no meu inconsciente quando eu falo sobre me vestir – e, por mais que elas sejam responsáveis por atitudes minhas hoje, elas não me doem.
O que me dói quando eu falo sobre estilo e imagem é o que vem depois…
Foi na fase adulta que o principal trauma se estabeleceu: o trauma das amigas.
Foi ao redor da época do meu casamento que eu tive um grupo de amigos onde as mulheres desse grupo valorizavam muito a questão imagem pessoal.
E por um motivo um tanto quanto natural, por amor, queriam que me transformar em alguém como elas.
- Queriam que eu tivesse gosto por me vestir como elas;
- Queriam que eu tivesse gosto por comprar roupas como elas;
- Queriam que eu usasse roupas do estilo que elas usavam.
E eu sei e entendo que tudo isso realmente foi por amor.
Só que a maneira com que isso foi feito me machucou muito. Muito.
Eu acabei vestindo uma máscara, ou melhor, um guarda roupa inteiro para me sentir pertencida, aceita, amada.
Só que a Pri por trás daquele estilo não era uma Pri feliz.
Não era eu que estava ali atrás daquelas roupas. Era alguém querendo pertencer.
Como eu saí dessa situação?
Me mudando de Americana e indo morar em Floripa.
Quebrar a convivência com esse círculo social que eu tinha me trouxe novamente a tona a minha essência, a minha forma de fazer as coisas.
Vir para Floripa me trouxe uma opção nova que eu não tinha enxergado antes: eu não precisava pertencer àquele grupo.
Não precisava vestir máscaras (ou guarda-roupas) e tentar ser quem eu não era para me sentir aceita.
Eu podia ser quem eu era.
Eu fiz muitos amigos na minha vida de Floripa que nunca me julgaram pela forma como eu me visto.
Eu entendi que haviam pessoas que gostavam de mim independente se eu estava de tênis ou salto alto.
Dentro das grandes mudanças da minha vida, morar em Floripa foi uma delas, que me trouxe muitas libertações.
Eu me libertei da forma como eu tinha que me vestir para ser aceita.
O ponto é que, depois de tudo isso que eu passei, eu olho para o meu guarda roupa e eu não me encontro ali.
Eu nunca tive o meu jeito de me vestir – eu sempre me vesti de acordo com o que os outros esperavam de mim.
Ora minha família, ora meu namorado, ora minhas amigas, ora meu trabalho.
Ah, e não precisa me achar coitadinha não, combinado?!
Eu deixei que tudo isso acontecesse comigo – e assumo toda a responsabilidade.
Simplesmente agora não quero mais deixar.
Agora eu quero uma nova versão de mim.
Uma versão autentica, que represente por fora o que eu sou por dentro.
Uma versão que traduza na minha imagem as belezas de quem me conhece já há algum tempo.
Mudar dói. Querer mudar dói.
Ficar na zona de conforto é mais fácil.
E definitivamente a zona de conforto é um lugar que eu não habito, com mala ou sem mala.
Se nada mais nessa consultoria acontecer, só ter essa clareza já foi um grande avanço.
Enfrentar esses fantasmas que me perseguem há anos já me empodera.
Entender onde eu não quero mais estar já me tira de lá.
Ficar não é uma opção. E o movimento, são as próximas sessões.
E é por isso que eu amo o coaching, porque ele nos coloca em movimento!
Foi na primeira sessão que eu entendi de fato por que eu quis fazer uma consultoria de imagem e estilo.
Foi na primeira sessão que eu entendi que estava do lado da pessoa certa para me ajudar nessa mudança.
E está só começando!
Em breve volto para contar os resultados finais!!