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ADAPTAÇÃO DA NATY E DESLOCAMENTO FORAM OS FATORES CHAVE PARA EU ESCOLHER O MELHOR COWORKING FAMILIAR DE FLORIANÓPOLIS PARA ME ESTABELECER
Nesse post eu vim contar minha experiência ao conhecer e frequentar alguns coworkings familiares em Florianópolis/SC.
Antes que você leia, preciso que saiba que minha experiência gira em torno tanto da minha condição materna – essa experiência aconteceu quando minha filha tinha entre 1 e 2 anos;
E também a minha experiência empreendedora – e você vai entender o motivo disso no final do post!
Frequentei:
- Pandora (Campeche);
- Tree (Pantanal);
- Aldeia (Jurere);
- E o novo previsto para Santo Antonio de Lisboa.
Vamos lá?!
O QUE É UM COWORKING FAMILIAR
Você sabe o que é um coworking?
Se sim, um coworking familiar é um coworking onde você pode levar seus filhos juntos.
Além de ter uma área kids, tem pessoas capacitadas a cuidar do seu filho enquanto você trabalha.
Não sabe o que é um cowoking? Deixa eu te explicar…
É um modelo relativamente novo de escritório compartilhado.
Um espaço onde você vai, leva o seu notebook e trabalha de lá.
Perfeito para profissionais autônomos e para quem faz home office.
Perfeito também pra pequenas empresas, que muitas vezes optam por alugar uma sala em um coworking ao invés de ter um sala própria.
Com isso economizam em recepção, limpeza, etc.
É um modelo de negócios que tem feito muito sucesso no mundo, no Brasil e em Floripa também!
Se sua ocupação profissional lhe permite experimentar um coworking, não perca tempo!
Passe por essa experiência!! Talvez você goste, talvez não… Mas experimente!
FATORES PARA DECIDIR POR UM COWORKING FAMILIAR
Bem, agora que você já sabe o que é um coworking, vou falar para você sobre os fatores que eu coloquei na balança quando estava escolhendo um coworking para mim.
ADAPTAÇÃO DA MINHA FILHA
Esse sem dúvida é o fator mais importante.
Antes de tudo, minha filha precisa se sentir bem!
Ela precisa estar contente com o local e com as pessoas que cuidam do local (as cuidadoras).
Então a experiência com ela conta e conta muito!
Até porque não é simplesmente chegar, deixar a criança e ir trabalhar…
Existe todo um período de adaptação nesse meio de caminho que precisa ser considerado!
E que leva tempo, sem dúvida!
MINHA ADAPTAÇÃO
Esse é um fato que, confesso, não pesa muito na minha escolha não…
Eu me ajeito em qualquer canto…
Desde que a conexão com a internet seja boa e que o ambiente seja minimamente silencioso para meu trabalho, qualquer lugar serve para mim!
A LOGÍSTICA DE DESLOCAMENTO
Ah sim, esse fato pesa também – talvez tanto quanto o primeiro!
Ao escolher por um coworking materno eu automaticamente estou descartando outras opções – como ter uma babá ou levar minha filha para a escolinha.
Nessa escolha, o deslocamento pesa.
Se eu tivesse uma babá, não teria que sair de casa.
Se eu tivesse que levar minha filha na escolinha, poderia escolher uma perto de casa e gastar menos tempo com deslocamento.
Mas considerando que minha escolha é ir para um coworking, daí sim, esse deslocamento existe.
Florianópolis é uma cidade grande.
Vários coworkings que eu fui, como você vai ver, estão há mais de 20 minutos da minha casa.
E não posso negligenciar o fator trânsito – pois fácil fácil 20 minutos viram 2 horas nos horários de pico.
E outra questão da logística está relacionada ao horário de funcionamento do coworking e a precificação do serviço.
Normalmente o coworking cobra o período.
Então imagina que eu vou de manhã – das 8 ao meio dia.
Se eu demoro meia hora para chegar até o coworking, significa que eu tenho que sair de casa 7h30.
Para sair de casa nesse horário, preciso levantar as 6h30, no máximo.
E daí voltamos no looping qualidade de vida da minha filha…
Será que eu quero tirá-la da cama esse horário ou deixá-la dormir até as 9h, como ela está acostumada?
Agora, se eu deixar ela dormir até as 9h eu chego só as 10h no coworking…
E daí eu pago para um período (4 horas) mas uso apenas meio período (2h).
Tá entendendo porque a logística com bebê é complexa e pesa na escolha?!
PREÇO
Esse pra mim não é um critério definitivo, desde que não seja um absurdo…
Comparando as opções você vai ver que há sim algumas diferenças (até gritantes!).
Mas nas opções que me restaram esse não foi um fator decisivo, pois tinham preços parecidos.
OS COWORKINGS QUE FREQUENTEI
Bem, agora que conhecemos os critérios que me levaram a avaliar os coworkings maternos, vamos conhecer mais a experiência neles!
SANTO ANTONIO DE LISBOA
Este coworking como eu comentei ainda não existia quando eu escrevi esse post.
Era apenas um projeto, o qual eu tive oportunidade de participar de algumas etapas.
Mas estou louca para vê-lo em funcionamento, porque o local proposto e a equipe envolvida e fantástico!
TREE – PANTANAL
Este coworking fica no bairro Pantanal, e eu o frequentei durante os meses de fevereiro e março de 2019, em especial durante minha experiência com o Coletivo Brotinhos, que eu contei aqui nesse post.
Essa empresa (a Tree) tem várias outras atividades além do coworking em si.
De todos os dias que passei lá (foram mais de 20), nunca teve ninguém no coworking além de mim, que usei de vez em quando.
Apesar de ser o coworking mais bem localizado para mim, isso é, o mais perto de casa, a minha experiência lá com a Naty foi decisiva para ele não ser parte das minhas opções.
Eu achei a casa em si pouco adaptada para crianças com a idade da minha filha;
E, como essa não era, ainda, uma atividade que rodava bem, eu ficava dependente de muitos agendamentos, pois precisava conciliar o meu horário com o horário da cuidadora de lá – o que nem sempre batiam.
Além disso, o fator preço foi um pouco acima do que eu esperava.
Além de pagar pelo uso do coworking em si – na época paguei R$ 30 pelo período já que eu fazia parte do coletivo; eu tinha que pagar R$ 25 a hora da cuidadora.
Essa soma inviabilizada minhas opções: era mais barato chamar um babá e ficar em casa com minha filha, economizando no deslocamento e ganhando no conforto da minha casa.
Por esse conjunto de motivos e, mesmo sendo o coworking mais perto de casa e o pessoal de lá ser super bacana, eu não o considerei como minha opção principal.
PANDORA – CAMPECHE
O Pandora, pelas minhas pesquisas, é o coworking familiar mais antigo da ilha e muito bem estabelecido.
Além do enfoque direto no coworking familiar, ele tem uma pegada interessante de empreendedorismo materno.
Pude participar de uma roda de conversa do Conexão Pandora, e achei bem interessante para mães que estão entrando no mundo empreendedor agora!
Foi com dor no coração que eu tive que descartar o Pandora das minhas opções, porque eu realmente gostei muito das pessoas que encontrei ali.
A Naty não teve uma boa adaptação na casa, e foi algo muito dela.
E olha que foram 3 dias intensos de tentativa, eu ficando com ela o máximo possível de tempo lá.
Parece que ela não sentiu boas vibrações do lugar, estranhou muito (algo que não é normal pra ela) e não desgrudava um segundo de mim.
Tanto que eu nem consegui trabalhar lá… O único dia que fiquei com meu computador foi quando fui sem ela.
Esse fator pesou muito na minha escolha.
Outro que também pesou foi o fato da distância.
O coworking fica, teoricamente, a 25 minutos da minha casa.
Um dia voltando de lá eu levei 2 horas para chegar em casa.
Sim, o trânsito inviabiliza demais o processo todo…
Então juntando esses dois fatores, eu conclui mais uma vez que não era a melhor opção para mim, e continuei minha busca!
ALDEIA – JURERE
Até que sim, eu encontrei um lugar ótimo para minha necessidade!
O coworking Aldeia, em Jurerê, é um espaço novo.
A Naty conheceu ele antes de mim.
Minha mãe a levou para participar de uma reportagem que teve lá, e foi super legal!
Com essa reportagem ganhamos uma semana de teste gratuito no coworking, e foi quando eu pude conhecer a Carol, dona do espaço; e as cuidadoras.
A Naty se adaptou super bem lá, já no primeiro dia ficou sozinha, se encantou com os brinquedos e os colegas do espaço baby.
Apesar de ser distante da minha casa, cerca de 20 minutos, é um trajeto com trânsito mais previsível…
Basta fugir dos horários de pico e eu realmente gasto esse tempo de deslocamento.
Eu estava totalmente decidida a ter essa opção de coworking como minha primeira opção – para minha solução criativa para o final de 2019.
Foi quando recebi uma notícia de que a Carol estava procurando uma sócia.
E daí juntamos a fome com a vontade de comer.
Mais do que ter uma participação ativa em um coworking familiar e, com isso, conseguir trabalhar enquanto cuido da minha pequena, eu encontrei um lugar para desenvolver minhas habilidades empreendedoras.
Surgiu então uma nova sociedade, a minha primeira sociedade em estabelecimentos físicos.
Mas isso é assunto para um novo post…
Neste aqui eu quis dividir com você minhas experiências nos coworkings familiares da Ilha.
E, apesar de ser sócia do Aldeia, não quero te dizer que o Aldeia é sua melhor opção.
Sua opção vai depender muito do seu fator deslocamento e da adaptação do seu filho/filha.
Aqui você tem o meu relato, e claro que a minha preferência!
Venha me visitar no Aldeia e experimentar essa vida moderna de maternidade/paternidade onde trabalhamos perto dos nossos bens mais preciosos!