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RECUPERAÇÃO DO PARTO, VISITAS E ALTA – COMO FORAM AS 48 HORAS DE MATERNIDADE

A chegada do bebê é uma alegria imensa!!

O mix de sensações (físicas e emocionais) é impressionante e por isso eu resolvi contar um pouco sobre como foram os meus dias na maternidade.

DIA 1 – A RECUPERAÇÃO DO PARTO

SEXTA-FEIRA, 1º DE DEZEMBRO DE 2017

Chegamos na maternidade às 3h30 da manhã e, por volta das 9h já estávamos no nosso quarto com nosso bebê (veja aqui o relato do parto).

Eu preciso dizer que, um dos fatores que nos fez escolher a maternidade do Ilha (Convênio) e não o HU (Público), foi o alojamento particular – como contei nesse post.

E eu não tenho a menor dúvida de que foi uma excelente escolha. Privacidade é um item fundamental, ao menos para mim, durante esse processo.

Como eu contei, o final do parto foi muito intenso para mim. Cheguei muito fraca, quase desmaiando…

E essa fraqueza me perseguiu o dia todo! Por mais 3 ou 4 vezes a pressão caiu, comer foi necessário.

Ir ao banheiro era uma luta. Dor forte no períneo… Dificuldade para andar, para sentar…

Mas ela tava lá!! Lindinha esperando a mamãe!!

E qualquer dor é superada nesse momento!

A euforia da chegada dela é realmente grande!

Depois que passou a primeira onde de fraqueza (por volta das 11h), tivemos o momento de “receber os parabéns”.

Eram dezenas de mensagens em todos os meios… Whats app, facebook, instagram…

Depois que escolhemos algumas fotos para publicar então, mais ainda!!

Um carinho sem tamanho, de gente que passou pela sua vida em vários momentos e agora está comemorando com você mais uma etapa!

A família, ansiosíssima por notícia! Perguntando toda hora!

Fizemos algumas ligações e, no meio dessa muvuca toda, lá se foi parte do dia!

Isso sem contar o entra e saí do quarto…

Hora vem alguém da prefeitura; depois a enfermeira; a consultora de amamentação; e a médica… Ah a médica…

Juro que aquela carinha pra mim estava quase se tornando a visão do inferno!

Quando ela entrou com um punhado de gase na mão… Meu coração disparou!

Lá vem a tortura novamente… Dito e feito! Mas vamos pular as partes sofridas porque, é impressionante, mas a gente esquece tudo…

A parte boa de tudo isso é que o bebê ajudou e muito nesse primeiro dia!!

Dormiu bastante e, na parte da tarde, consegui tirar um bom cochilo – de mais de 2 horas!

Confesso que a parte difícil foi de fato me entregar ao sono com a imagem que eu tinha na minha frente: papaizão segurando e conversando com o bebê até niná-lo!!

É daquele tipo de imagem que a gente nunca tira da mente, sabe?

Ao anoitecer ela acordou e começou toda a função de novo…

Daí quando ela sossegou, resolvemos deixar o papai descansar na cama – e nós ficamos no sofá escrevendo o post do relato do parto.

Lá se foram prazerosas horas – porque eu queria muito fazer isso!!

E lá para 1h da madrugada começamos a tentar dormir!

Mas logo ela acordou e terminou a noite dormindo ao meu lado na cama!

Por volta das 4h da manhã, embalou logo um cochilo de 4 horas, me deixando descansar bastante!

DIA 2 – AS PRIMEIRAS VISITAS

SÁBADO, 2 DE DEZEMBRO DE 2017

É impressionante como, nesses primeiros dias, mesmo com todo o cansaço físico, a gente acorda super aceso e não quer saber de dormir de novo…

Então levantamos por volta das 8h e às 9h não aguentamos e acordamos o bebê!

A parte da tontura e pressão baixa havia passado. Mas as dores não…

Fiz questão de tomar um banho sozinha – é muito incomodo fazer isso com a enfermeira junto!

E assim passou a parte da manhã…

Próximo ao almoço o bebê emendou um cochilão e a mamãe também!

E na parte da tarde chegaram as primeiras visitas!!

A primeira foi a tia Carine – que viu o neném mamar, ninar, trocar a fralda!

Depois chegou a tia Fabi louquinha!! Já queria ensinar o neném a chupar o dedo – e a mão inteira!

E junto com ela, veio também a tia Paulinha!

Foi uma delícia conversar com todas as tias, descontrair e babar um pouco no neném!!

No final da noite ficamos novamente a sós e, dessa vez, bem cansada, nada de post!

O objetivo único era dormir… Algo que não foi tão fácil assim!

A ausência de posição, ela já não queria mais ficar longe do corpo! Ou do meu, ou do Caio…

Então passamos a madrugada acordando a cada 2 horas, dando de mamar, tentando cochilar novamente.

A ajuda do maridão foi fundamental, mesmo que fosse só pela companhia – porque no momento de cansaço o mal humor vai te pegando!

E não, não foi tão ruim quanto eu pensei. Mas é fato que as madrugadas ficam super longas!!

DIA 3 – DIA DE ALTA

DOMINGO, 3 DE DEZEMBRO DE 2017

Sabíamos que esse era o dia da alta, então já levantamos extasiados com essa notícia!!

A família estava indo pra casa!

Ela ficou dormindo até quase 9h da manhã e, quando acordou, foi direto para o peito!

Mamãe queria tomar banho, mas foi uma agitação só – e o banho ficou pra casa mesmo!

Assim que coloquei o bebê no peito começou o entra e sai no quarto…

E aí foi a hora que deu muita dó… Porque as pessoas que entravam queriam nos examinar, independente de ela estar mamando ou não…

Então tiramos ela 3 vezes do peito – tadinha…

Por volta das 10h30 tivemos alta – mas ainda tinha toda a “mudança” para levar no carro.

Papaizão começou a levar tudo, enquanto a pequeninha continuava mamando.

Mas é impressionante como ela ficou incomodada com a agitação… Não parava de chorar, e saiu da maternidade aos prantos!

Só acalmou com o balançar do carro.

Ainda paramos pegar algo para comer e, por volta das 13h, a família estava reunida em casa, para seu primeiro almoço!

Foi tudo bem melhor do que eu pensava! Embora com bastante dor, saí bem descansada da maternidade!

E nada como estar no conforto de casa!

MINHA PERCEPÇÃO SOBRE VISITAS NA MATERNIDADE

Mudou completamente depois que eu passei por essa experiência!

Antes, eu achava educado fazer uma visita na maternidade – principalmente se ela fosse rápida!

Claro que só para pessoas muito chegadas, como parentes próximos e amigos bem próximos!

Agora eu vejo que tudo depende… Depende muito da proximidade que você tem com a pessoa – eu, por exemplo, adorei receber as 3 visitas que foram lá!!

E depende também de quantas outras pessoas irão querer visitar a nova família!

Se tiver muita gente para visitar, eu nem me preocupo mais em visitar…

As visitas que eu recebi são pessoas super queridas por mim e que deram um ânimo a mais no silencioso quarto da maternidade – onde só se ouvem bebês chorando e mães gritando em seus trabalhos de parto.

Mas confesso que a recuperação do primeiro dia foi fundamental sem ter entrado ninguém no quarto além das enfermeiras.

O simples fato de eu não precisar estar vestida… De não precisar ficar contando novamente tudo que havia acabado de acontecer (o parto)…

Isso sem contar que eu estava bem fraca. Tudo que eu não queria naquele momento é ver gente, independente da proximidade.

Eu sei que isso é meio frio da minha parte, principalmente porque haviam muitas pessoas que gostariam de estar na maternidade comigo naquele dia!

Mas não tem coisa melhor do que ficar sozinho, com o marido e a filhota, curtindo a recuperação!

E as visitas virtuais são muito bem vindas – aliás, em todas as fases, inclusive nos primeiros dias em casa!

Você se sente mais a vontade, fala na hora que for mais adequada, não precisa se vestir (só se esconder!).

Hoje, passada a experiência de ser mamãe, minha nova tática para visitar é: pergunte com muita sinceridade se a mãe deseja mesmo receber visita!

Nada como deixar a nova família escolher quem quer ver e com quem quer falar. E respeitar o posicionamento de cada um.

Cada família tem seu tempo e eu tenho a certeza que, uma conversa bem sincera pré-parto sobre visitas faz muito bem para todos!

(A ausência) de visita é fundamental para o processo de recuperação!

E basta a gente entender e ter parcimônia na escolha de visitar. Um áudio de whats app, uma chamada de vídeo são muito mais prazerosos nessa hora!

#ficaadica