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PREÇO, ESPAÇO, PROFISSIONALISMO: OS ITENS QUE EU CONSIDEREI PARA ESCOLHER A ESCOLINHA DA MINHA FILHA
Procurar escolinhas foi quase que uma tortura para mim… Não por causa da separação – isso eu estava é contente!
Mas porque levar minha filha para a escolinha não era algo que estava nos meus planos “contos de fadas” da maternidade. Não com 8 meses.
A primeira decisão não foi procurar escolinhas… Meu plano A era ter alguém em casa. E meu Plano B era a creche – e falei sobre esses planos aqui nesse post.
A escolinha em si era meu Plano C.
E, sabe de uma coisa… Tanto Plano A quanto Plano B tiveram indícios de darem certo… Mas na hora H eu desisti e caí na escolinha.
Essa provavelmente foi minha maior frustração em todo o processo.
Mas, com uma nova tarefa em mãos, no final de julho eu iniciei a pesquisa para escolher uma escolinha para minha filha entrar no berçário, com 8 meses.
Esse post faz parte da Categoria Mamãe Pri Nunes, onde eu divido relatos, experiências e estudos sobre a maternidade. Veja aqui mais posts da fase: “dos sorrisinhos aos primeiros passinhos”.
AVALIANDO ALTERNATIVAS
Então eu fiz o que eu acho que todos os pais fazem: comecei a procurar escolinhas.
Meu círculo social não é muito grande em Floripa – e quase ninguém tem filhos.
Então a parte de indicação acabou sendo bem pequena.
E eu me meu marido gostamos de ter várias alternativas para escolher a melhor.
Por isso visitamos várias escolinhas, na região da Trindade (onde moramos), Santa Mônica e Itacurubi – Florianópolis/SC.
Não quero aqui ficar fazendo um leilão ou impondo minhas impressões sobre cada uma das escolinhas que visitamos. Acredito que cada pai e mãe deve tirar suas próprias conclusões.
Mas é fato que comparamos. E comparamos sim todas elas!
Então estou deixando aqui alguns critérios que pesaram em nossa escolha.
PREÇO
De cara, esse é um fator super importante e que pesa na decisão.
Em termos de mensalidade, o valor das escolinhas variaram entre R$ 800 e R$ 1300/mês.
Só que não é só isso que você paga não…
- Tem também a taxa de matrícula – isenta em algumas, chegando a até mais de R$ 1 mil em outras;
- A alimentação – opcional em algumas, obrigatória em outras (acrescentando mais R$ 150 – R$ 250 / mês).
- E a variação dos horários de entrada e saída… 4 horas/dia na escolinha é um valor, e se você quiser buscar mais tarde ou levar mais cedo, estendendo esse horário para 5 ou 6 horas/dia, há taxas extras.
- Isso sem contar as outras cobranças que com certeza vem ao longo do ano… Lista de material escolar, atividade disso, atividade daquilo…
Então vai preparando o bolso aí porque não, não é barato levar seu filho para a escolinha particular.
Bem, dentro da minha pesquisa, estou colocando aqui as escolinhas em ordem da mais barata para a mais cara, levando em consideração apenas o quesito mensalidade:
Quando você coloca todos os fatores adicionais na balança (matrícula, alimentação, e taxa de horário de entrada e saída), essa ordem muda.
ESPAÇO
Esse não é um item que pesa muito na minha decisão…
Mas de fato o espaço físico muda muito de escolinha para escolinha…
Tanto em termos de área aberta (parquinho, área comum), até dentro da própria sala de aula.
Para mim, por exemplo, ter uma televisão dentro da sala do berçário é um crime…
Na verdade em qualquer lugar da escola eu abomino televisão… Mas dentro da sala de aula acho demais.
Pra deixar meu filho vendo TV eu deixo em casa… Não pago nada por isso.
Mas enfim… Vamos ao que interessa!
Aqui está a ordem das escolas em termos da minha avaliação quanto ao espaço, começando pelo espaço que eu mais gostei, até o espaço que eu menos gostei:
PROFISSIONALISMO
Esse critério para mim pesa muito! Mais até do que o valor em si.
Me sentir bem atendida e acolhida é fator fundamental na minha decisão.
Minha avaliação de profissionalismo na verdade começa no Google.
Escolinha que não tem site pra mim não existe… A qualidade e organização do site já diz muita coisa sobre o que vamos encontrar.
Depois veio o primeiro contato por telefone. E daí já foi um segundo filtro para saber com que tipo de profissional eu estava lidando.
A recepção na escolinha foi o terceiro contato – e também variou muito.
Sem citar nomes, mas teve uma escola que me deixou alguns minutos esperando sem ao menos me deixar entrar dentro da escola – isso porque eu tinha horário agendado para visitar. Eu nem entrei – virei as costas e fui embora…
E, pra finalizar, as professoras… A maneira como lidam com os alunos, como lideram as salas de aula.
Por menor que sejam as crianças eu acredito que elas precisam de atenção.
Falta de atenção por si só já basta a minha dentro de casa… Eu estava em busca de um lugar que minha filha pudesse ser bem tratada.
Então independente do preço e dos outros fatores, a questão de profissionalismo literalmente tirou algumas escolinhas do meu rol de possibilidades.
Das que sobraram, em relação ao atendimento, a ordem das que eu mais gostei para as que eu fui indiferente (porque as que eu não gostei já descartei dessa lista):
OPÇÕES PRONTAS, CHEGOU A HORA DA DECISÃO!
Então depois de visitar todas as escolinhas, tabular todos os valores, ver como funciona o dia-a-dia de cada uma delas, chegou a hora de decidir!
Ah, tem também um componente que teve que ser considerado na minha decisão: vaga.
Não foram todas as escolinhas que eu gostei que tinham vagas para o berçário, no período que eu estava procurando.
Então tiveram algumas que, digamos assim, se “auto-eliminaram”.
Na hora do vamos ver, minha dúvida ficou realmente entre duas escolinhas, que eu gostei muito: a Arcangelo e a Cubo Mágico.
Meus critérios de avaliação ficaram muito próximas em ambas, mas houve uma diferenciação que me tocou profundamente e me fez escolher a Arcângelo.
E essa diferenciação foi a maneira como eles lidam com datas comemorativas.
A pedagoga deixou bem claro que lá, eles comemoram Natal e Páscoa de forma lúdica, deixando para os pais “criarem” as histórias que julgarem adequado.
Também comentou que não se comemora dia das mães nem dia dos pais na escolinha – em respeito a crianças que sofrem com a ausência de algum deles.
Eu achei isso fantástico! De uma modernidade e uma sensibilidade incrível.
Não conseguia me ver mesmo participando de “festinha de dia das mães” na escolinha…
Acho que isso deve acontecer mais em casa, e no dia-a-dia.
E tenho um respeito muito grande a quem não tem a família estruturada, como manda o protocolo.
Criança nenhuma tem culpa de pais que não vivem junto, de pais falecidos, de terem sido adotadas, etc… Família para mim é com quem se convive, não necessariamente quem gerou.
Meus pais se separaram quando eu tinha 5 anos e eu nunca gostei muito dessas comemorações na escolinha. É frustrante.
Claro que eu fico muito feliz por ter minha família estruturada e espero que ela assim perdure pela minha vida inteira.
Mas tenho consciência que minha filha irá conviver com colegas que não tem, e eu espero que ela saiba entender e respeitar essa situação.
E achei simplesmente fenomenal essa postura da Arcângelo quanto a comemorar o “dia da família”, e não o dia dos pais ou das mães.
Esse para mim foi o pulo do gato, foi o divisor de águas que me fez decidir por essa opção.
Não foi dinheiro, não foi espaço físico, não foi profissionalismo no final das contas… Foram os valores e o respeito com a história de cada um que está ali dentro.
E dar esse passo de escolher a escolinha da minha filha tirou um peso das minhas costas que você não imagina!
Voltarei para contar sobre o período de adaptação e minhas impressões iniciais.
Afinal de contas, esse é apenas o primeiro de muitos anos (talvez mais de 20 anos!) que minha filha frequentará uma escola… Ou não…
Esse post faz parte da Categoria Mamãe Pri Nunes, onde eu divido relatos, experiências e estudos sobre a maternidade. Veja aqui mais posts da fase: “dos sorrisinhos aos primeiros passinhos”.