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NÃO FUI EU QUE A ESCOLHI… FOI ELA QUE SE ESCOLHEU!
Lembra que eu falei em um post passado que engravidar, para mim, foi um processo bastante semelhante com ficar noiva?
Pois bem, assim como no casamento, quando eu estava grávida eu tinha uma missão: escolher os padrinhos da minha filha.
Bah, e eu tenho que confessar que essa missão foi bem mais difícil do que escolher meus padrinhos de casamento.
QUAL O PAPEL DOS PADRINHOS?
Nossa discussão aqui em casa começou tentando entender e desmistificar o papel dos padrinhos.
O primeiro ponto que discutimos é que, vulgarmente, padrinhos são padrinhos de batismo.
Mas nós não queríamos batizar nossa filha, como contamos nesse post.
Então ela não teria padrinhos de batismo.
Mas teria padrinhos, porque achamos que essas são pessoas importantes na nossa vida – e queríamos que ela passasse por essa experiência.
Foram várias e várias conversas refletindo sobre o assunto… Sério, conversamos mais de 5 vezes para tomar uma decisão.
Na primeira, decidimos não batizar.
Na segunda, decidimos que mesmo sem batismo ela teria padrinhos.
Daí começamos a discutir quem poderia ser seus padrinhos.
E daí a conversa não acabava nunca, porque não chegávamos a um nome…
Então invertemos a conversa: decidimos definir o que esperávamos dos padrinhos da nossa filha, ou seja, qual o papel eles teriam.
O final dessa conversa foi muito interessante, principalmente quando comparamos esse papel com nossa escolha de padrinhos para o casamento.
Porque, quando escolhemos nossos padrinhos de casamento, nós olhamos para trás: tudo que já tínhamos vívido e quem tinha participado ativamente da nossa história.
Mesmo que não tivéssemos muitos contato na época do casamento, escolhemos pessoas que realmente fizeram parte da nossa história dali para trás.
Claro que essa escolha e esse significado acabou refletindo no fato de nossos padrinhos continuarem a fazer parte de nossas vidas dali pra frente.
E eu tenho muito orgulho dos padrinhos de casamento que escolhi!
Hoje, com mais de 5 anos de casado, ainda tenho contato grande com todos eles e são nossos amigos de coração.
Embora não seja um contato de vivencia tão intensa quanto era quando me casei, eles ainda fazem parte grande da minha vida – ao contrário de mais da metade da lista de convidados do casamento que, por motivos diversos do rumo da vida, foram sumindo…
O fato é que, para escolher nossos padrinhos de casamento, olhamos para trás.
Mas agora a situação era diferente.
Para escolher os padrinhos da minha filha eu precisava olhar para frente.
E precisava não apenas olhar para mim (e meu marido), mas para um serzinho que estava dentro da minha barriga e eu sequer conhecia.
Os padrinhos da minha filha precisavam ser pessoas que entendessem e respeitassem a nossa opinião sobre não batizar – ou seja, acabei excluindo aí pessoas que seguem fortemente a igreja católica.
Nós não queríamos que parentes próximos fossem padrinhos (como tios, avós, primos, etc). Pensamos que parentes já são parentes – e serão parentes também dos próximos filhos que vierem.
Queríamos alguém que pudesse criar um vínculo com nossa filha – e um vínculo que não seria importante no curto prazo, mas sim no longo prazo.
O que eu realmente espero é que os padrinhos da minha filha possam ser pessoas a quem ela possa recorrer quando estiver formandos eu caráter, sua opinião sobre a vida.
Lá com seus 11, 12 anos… Até ficar adulta, com mais de 30 anos. Esse eu acho que é o papel fundamental do padrinho na vida de alguém – uma opinião a mais e tão boa quanto a dos pais.
Não acho que os padrinhos são aqueles que vão cuidar da criança caso algo aconteça comigo e com meu marido – porque esse papel certamente ficará com familiares.
Eu queria alguém que tivesse valores, com quem ela pudesse contar.
E confesso que foi difícil, bem difícil chegar em um nome…
Durante as várias conversas sobre o assunto, nós listávamos várias e várias pessoas e nenhuma delas conseguíamos enxergar, daqui 10, 15 anos, tendo uma vivência intensa com nossa filha como gostaríamos.
Porque os padrinhos são para ela, não para nós.
O ESTALO
É fato, durante a gravidez nós não conseguimos escolher quem seriam os padrinhos da Naty.
Mas houve um episódio específico que facilitou e muito nossa escolha!
No dia do chá de fraldas da Naty em Floripa, o pós festa foi muito delicioso em casa, na companhia de duas grandes loucas amigas: a Quésia e a Fabi.
Foi justamente quando comecei a contar toda essa história de padrinhos para elas e, conforme eu fui verbalizando tudo isso que eu e meu marido já havíamos conversado, as ideias foram ficando mais claras.
Eu entendi naquela conversa que eu não escolheria os padrinhos da minha filha. Eles se escolheriam por conta própria.
Entendi que seriam pessoas que se aproximariam de forma natural a todo o processo.
E simplesmente deixei acontecer…
Naquela conversa, na verdade, eu lembrei de um nome que ainda não tinha entrado na nossa lista de possibilidades.
E, por incrível que pareça, um nome que atendia a todos os requisitos do papel de padrinhos que havíamos desenhado.
Só que era apenas um nome – uma madrinha. Não era um casal. Não eram padrinhos, mas sim, madrinha.
A CERTEZA
Esse nome ficou martelando na minha cabeça, minha filha nasceu e, quando ela já tinha quase 2 meses eu retomei esse assunto com meu marido.
Agora, diferente das outras vezes, eu tinha uma sugestão. Só precisava da aprovação dele!
Nesse tempo que se passou, esse nome sempre esteve presente!
Foi a primeira visita que ela recebeu… Mandava recadinhos toda semana perguntando como ela estava.
Foi ela que se escolheu para ser madrinha da Naty, e não nós que a escolhemos.
Nós apenas formalizamos o convite, mas independente do convite ou não, ela já se comportava como tal!
O CONVITE
Então o próximo passo foi escolher como seria o convite.
Como na vida nada se cria, tudo se copia, eu resolvi copiar o convite mais criativo de madrinha de casamento que eu recebi: um livro de fotos.
Então gastei algumas horas montando um livrinho de fotos, contando a história de como nos encontramos nesse mundão.
E olha que essa história começou bem longe… Já que a madrinha da Naty é amiga da nossa família há muito tempo.
Quem iniciou essa amizade foi a minha avó com a mãe dela. Depois a Fabi se tornou grande amiga da minha mãe.Depois minha.
E agora, madrinha da Naty – e com certeza no futuro/presente, grande amiga dela também!
Convite pronto e entregue em casa, a próxima etapa foi formalizar o convite.
Ah, detalhe que entre nossa decisão em convidá-la e o convite ficar pronto, foram 40 dias angustiantes hehehe…
Não é fácil esconder essa notícia quando a decisão já está tomada!
Mas conseguimos ser discretos!
A ideia era ir até a casa dela para fazer o convite, mas a logística não deu certo e ela acabou vindo nos visitar.
Foi num almoço, no famoso “Ostradamos”, que entregamos o livrinho convite!
Um lindo dia fechando o verão de Floripa, uma emoção que nunca será esquecida!
Uma mistura de surpresa com felicidade indescritível! Ela não esperava esse convite e ficou muito honrada de ter sido escolhida!
Foi o início de um novo ciclo de interação entre as nossas famílias, que cada dia mais se entrelaçam e formam novas histórias.
Fabi: eu sei que você vai ser a primeira a ler esse post! Quero que saiba que nossa família está muito feliz com nossa escolha e temos certeza que você já é e será ainda mais importante para a Naty durante toda a vida dela! Amamos você!
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Nossa Pri…como no dia do convite…novamente me emocionei…. tenho muito pra agradecer por vocês terem me dado este prazer Enorme…essa alegria imensurável… e como já disse e repito …espero estar a altura e q a Nossa Naty também tenha esse carinho e amor por mim como já tenho por essa família e especialmente por essa minha pequena…. bjos…amo vcs
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Aiiiiiii, que coisa mais linda!!! Não tinha como ser outra, não mexxxxmo! Até me emocionei de ver a última foto, perfeita!