Tempo de leitura: 6 minutos
A PAIXÃO ERA TÃO GRANDE QUE, NO MEU CASAMENTO, EU CHEGUEI A ESCANEAR MAIS DE 300 FOTOS QUE NÃO EXISTIAM NO FORMATO DIGITAL
Eu tenho muito orgulho da festa de casamento que eu fiz! Foi o maior evento que eu organizei na vida!
Coitado do meu cerimonial… Ele tinha tantas instruções que até eu ficava cansada…
Mas quando me pego pensando nesse momento, não tenho dúvida que a parte que eu mais gostei de fazer no casamento não teve quase nada a ver com a festa.
A parte mais divertida para mim foi organizar os mais de 50 clips, com mais de 30 mil fotos rodando durante a festa.
Não só separar as fotos, como também criar os clips, subir no youtube e divulgar no facebook – fazendo um esquenta para a festa!
Eu não sabia, mas essa era a minha despedida para algo que, no passado, foi uma paixão muito grande: a fotografia.
Neste post estou contando mais sobre como a foto deixou de ser minha paixão. Mas também contei aqui:
A TRANSIÇÃO PARA O DIGITAL
Depois daquele episódio no McDonalds (que eu contei no post passado), eu aposentei a minha máquina de filme.
As máquinas digitais já estavam na moda há alguns anos, e praticamente toda família tinha uma.
Eu não tinha. E não comprei.
Não achava graça na máquina digital. Achava que a qualidade das fotos que ela tirava eram piores do que a minha de filme – e no começo eram mesmo.
Mas, como muita gente já tinha, eu simplesmente “pegava emprestado”.
E daí veio a era do CD. Eram dezenas e dezenas de fotos em CD.
Eu ia na casa das minhas amigas só para entrar no computador delas e gravar no CD as fotos que eu queria.
Meus álbuns que antes ficavam no baú da minha beliche migraram para pastas no computador.
Eu ainda separava e organizava todas as fotos em categorias, por data… Agora tinha também uma pastinha da câmera de quem essa foto tinha sido tirada.
A quantidade de fotos tiradas nessa transição aumentou drasticamente.
O limitante agora era o tamanho do cartão de memória – que por incrível que possa parecer se esgotava relativamente rápido – ainda mais na mão de meninas no colegial.
Mas eu ainda revelava as fotos.
De pouco em pouco escolhia as que eu mais gostava e levava na loja para revelar.
É, dava mais trabalho fazer essa seleção agora pelo computador… Separar os arquivos num CD para levar para revelar. Pen drive nem sonhava em existir nessa época…
De tempos em tempos eu renovava todos os porta-retratos da casa, os murais de foto…
E, cada vez que eu tirava uma foto dos meus álbuns para colocar nesse porta retrato, eu revelava de novo a mesma foto para não deixar um buraco no meu álbum.
(de novo!) foi muito dinheiro investido em foto!!
E não foi só o dinheiro não… Foi tempo também!
O meu casamento foi um divisor de águas na minha relação com a fotografia.
Na minha festa de casamento tinham, pelo menos, 30 mil fotos passando nas televisões.
Todas aquelas que eu não tinha em formato digital eu escaneei.
Isso mesmo, coloquei no scanner, e editei – uma a uma.
Foram mais de 50 clips de foto rodando no casamento – e essa, inclusive, é uma das minhas melhores memórias quando lembro da organização da minha festa!
MINHA PRIMEIRA MÁQUINA DIGITAL
A paixão pela fotografia ainda era latente dentro de mim quando eu comprei minha primeira máquina fotográfica digital – foi no free shop indo para minha lua de mel (2012).
Agora mais leve, minha máquina digital andava na minha bolsa comigo!
Ainda tirei muitas e muitas fotos com ela, antes de ela ser substituída pelo celular.
Mas agora eu já não tinha mais o costume de revelar fotos.
Esse hábito migrou para a alegria de montar “foto-livros”.
Eram álbuns que eu montava on line e mandava imprimir. Ficavam como revistas, ou com capas duras.
Fiz isso entre 2012 e 2014 – quando fui para a África do Sul.
Lá, eu organizei fotos suficiente para montar 4 livros da minha viagem de 3 meses.
Mas só tive paciência de montar 2… E depois disso minha paixão pela fotografia definitivamente estava se esgotando…
Daquela viagem em diante comecei a achar uma perca de tempo ficar organizando fotos para montar foto-livros.
Sabe porquê? Porque dificilmente eu pegava esses foto livros para ver.
Se antes eu abria meu baú uma vez por mês, agora eu não via meus livros de foto sequer uma vez por ano…
Ver meus álbuns de foto passou a ser um hábito apenas quando eu recebia alguém que nunca tinha ido em casa – e faço isso até hoje, para mostrar coisas que já vivi…
Quando a fotografia digital chegou eu comecei a dar menos importância para as fotos que eu tirava.
A abundância de imagens foi algo que, de certa forma me incomodava, mas ainda assim eu fazia uso dela.
Um evento que antes geravam 5, 7 fotos, agora gerava 300-400 imagens. Só que dessas 300, não salvavam nem 5 boas. Pelo menos antes eram poucas fotos mas todas eram boas!
Com menos de 2 anos de uso minha máquina digital ficou completamente obsoleta, seja porque a qualidade do celular que eu havia recém adquirido era melhor do que a dela, seja pelo próximo motivo que vou comentar no próximo post.
Eu usei minha máquina de filme por mais de 10 anos.
Minha máquina digital não durou 2 anos. Ela ainda existe hoje – serve de suporte no meu tripé quando eu vou fazer gravações com meu celular!
Sou contra máquina digital?! Não, de jeito nenhum…
Mas na vida minimalista que vivo hoje, seja em termos de carregar trecos e cacarecos, seja em termos de investimento, não faz sentido para mim ter uma máquina digital, digamos, profissional, já que um celular que tira fotos suficientemente boas para o que eu preciso.
E, quando eu quero, eu uso a máquina da minha irmã que é bem top para fazer umas fotos melhores.
E quando eu quero mais ainda, eu contrato um fotógrafo para fazer fotos minhas.
Até porque me arrumar para um ensaio fotográfico faz parte do processo de ter uma foto bonita – em especial retratos de família, que agora são o foco das minhas melhores fotos.
E se eu não agendo, literalmente, um ensaio fotográfico com algum terceiro, eu acabo não me arrumando por conta própria dentro de casa – por melhor que seja a máquina que eu possua.
O fato é que, ao longo de toda essa história, minha paixão por fotos foi desaparecendo…
Mas teve um motivo ainda mais matador para que isso ocorresse… E estou contando tudinho no próximo post!
Link permanente
E agora tem uma tia babona que tira fotos quase profissionais da bebê mais linda do mundo e ainda revela e coloca no álbum!!! Só esquece de te dar, mas isso é um detalhe kkkkkkkkk
Link permanente
hahahaha e não é?!