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O SIGNIFICADO QUE A GRAVIDEZ ESTÁ TENDO NA MINHA CARREIRA PROFISSIONAL

A vida é feita de escolhas – todos nós sabemos disso. Algumas delas nós temos total controle; outras, nem tanto.

Meu ano de 2016 começou como tantos outros na minha vida; e como tantos outros na vida de tanta gente que eu conheço… Trabalhando, estável, fazendo mestrado.

Meus planos eram: defender meu mestrado, participar das Olimpíadas e engravidar.

Até que em março de 2016 eu fui demitida e, como já contei nesse post, reagi super bem a isso!

A mudança no rumo profissional mexeu com todas as esferas do plano…

Participar das Olimpíadas passou a ser uma prioridade, pois era algo que eu realmente queria – e a maior parte do investimento eu já tinha feito. Por uma questão de calendário, a recolocação do mercado ficava comprometida com o evento, mas no fim deu tudo certo!

O mestrado eu larguei… Sem o meu trabalho, não tinha mais sentido fazer o mestrado. Aliás, eu larguei não só o mestrado mas toda e qualquer carreira na vida acadêmica, como contei nesse post.

Agora, o plano de engravidar doeu… Doeu duplamente…

RECOLOCAÇÃO COM PLANOS DE ENGRAVIDAR

A primeira dor que eu senti foi me enxergar numa situação de injustiça… Da época que eu ainda fazia papel de vítima… Logo agora que as coisas estavam se estabilizando, que eu estava me adaptando a Floripa… Que a vida financeira tinha se equilibrado de novo… Porque?? Porque comigo??

Teria eu que ser protagonista de uma história que já ouvi tanta mulher contar arrependida: colocar a vida profissional na frente da vida familiar?

Eu realmente estava disposta a investir energia numa recolocação (que eu sequer sabia se eu queria) e logo em seguida sair para uma licença maternidade?

A dor era tanta que até nos treinos de entrevistas que eu fiz com ajuda profissional eu discutia isso…

A orientação que eu recebia de todos os lados era não dizer nada que eu queria engravidar. Mas eu pensava: como assim, vou mentir?? Eu quero engravidar, isso é minha prioridade!

Essa dor foi se amenizando conforme eu fui optando pelo caminho de não me recolocar em uma empresa tradicional – e fui traçando a rota de me tornar uma empreendedora.

Mas daí veio a segunda dor…

EMPREENDER COM PLANOS DE ENGRAVIDAR

Sim, você deve imaginar que todos os planos que eu desenhei para mim na época da minha decisão (entre março e maio de 2016) tinham várias e várias condicionantes… E tinham mesmo!

Em todos os caminhos eu tentava imaginar como seria ficar grávida, ganhar um bebê, ter ou não licença maternidade, etc…

E no final dessa parte da história eu escolhi o caminho do empreendedorismo. E cada dia que passa eu tenho mais certeza de que fiz a escolha certa!

Confesso que o estilo de vida que eu estava escolhendo para mim me agradava bastante…

• Eu não teria mais a estabilidade financeira que tinha antes, com salário caindo todo mês – mas isso era uma questão de fluxo de caixa, que eu sei lidar;
• Eu teria a agenda mais flexível e, como sou uma pessoa dedicada, também sei lidar com isso;
• Meu trabalho passaria a depender exclusivamente da minha dedicação – e uau, adoro esse tipo de desafio e me sinto muito bem com isso!

Muitas pessoas não me apoiaram na minha decisão. Muitas mesmo! Mas a parte boa é que, das pessoas que eu mais precisava de apoio, eu tive.

E o plano de engravidar?? Ele continuou…

Essa foi uma escolha que estava dentro daquelas que eu posso fazer por mim mesma. Eu decidi que nenhuma carreira profissional que eu escolhesse iria adiar meu sonho de aumentar minha família.

Mas mais que isso… No fundo no fundo, aquele senso de injustiça que eu contei há pouco virou para mim uma luz no fim do túnel…

Eu passei a acreditar com todas as minhas forças que a gravidez seria meu principal sinal. Que quando eu encontrasse meu caminho, eu engravidaria.

A segunda dor forte que eu senti foi passar a virada de ano de 2016 para 2017 sem ter ninguém crescendo dentro de mim… Internamente doeu muito não ter essa meta do ano batida.

E a dor foi uma mistura de ansiedade por estar há vários meses tentando e nada acontecer; junto com a consequência de ter feito tantas escolhas, ter colocado a gravidez como prioridade, e nada da cegonha me encontrar…

Só que a parte que eu não conseguia enxergar ainda é que eu também não tinha me encontrado profissionalmente… Eu também estava atirando sem destino em vários projetos… Eu estava sem o foco profissional que procurava.

Só que montar os planos de 2017 com essa incerteza foi tenso… Porque sim, uma criança já mudou e vai mudar ainda mais a minha vida… E o fato de eu não conseguir saber quando minha filha chegaria me angustiava…

Mas lá estava a meta nos planos de 2017: engravidar!

O final da história é feliz! E sabe o que mais: exatamente do jeito que eu pensei. Quando eu tomei um rumo profissional mais certeiro, eu engravidei. Tudo tão perfeitamente encaixado que inclusive aconteceu no mesmo mês!

O SINAL FUNCIONOU!

Final de fevereiro, início de março de 2017. Exatamente 1 ano após ter sido demitida.

Eu estava finalizando meu segundo processo de coaching e tinha bem claro minhas 4 principais frentes de atuação profissional:

• Meu projeto empreendedor (Liberdade Financeira);
• Meus investimentos próprios + Blog;
• Investimentos alheios;
• Consultoria.

Eu tenho a clareza que qualquer uma das 4 frentes será capaz de me sustentar daqui 2 anos. Se todas elas derem certo, melhor ainda!

Em março de 2017, depois de 1 ano angustiada, eu me senti em paz comigo mesma. Tudo na minha vida parecia ter se encaixado novamente e as milhões de dúvidas que habitavam a minha cabeça desapareceram.

Eu soube que era a hora de parar de atirar para todos os lados (como eu vinha fazendo) e colocar o pé no acelerador nesses meus planos principais.

No fundo no fundo, o pior cenário que eu poderia ter para mim era ter que trabalhar novamente de maneira formal em uma empresa. Algo que, apesar de ser uma coisa que eu verdadeiramente não queria no momento, não é assim tão o fim do mundo. Seria só mais uma fase.

E foi justamente nesse exato momento, quando o coração e a mente se acalmaram, que a cegonha apareceu!!

Coincidência? Não… coincidências não existem… O nome disso pra mim é lei da atração.

Descobrir a gravidez, da forma que eu descobri, no momento que eu descobri significou para mim um grande sinal verde: é esse meu caminho. Pisa fundo!

QUEIMANDO PONTES

Ficar grávida terminou de vez com as dúvidas que eu tinha sobre minha orientação profissional. Mas, mais que isso…

Engravidar me tirou o Plano B… Algo me diz que, recolocação no mercado com planos de engravidar é difícil… Agora, grávida, é quase impossível.

Hoje eu tenho a plena convicção de que meu único caminho, dentro dos próximos 12 meses, é fazer meus projetos darem certo. Por um ano eu não tenho mais a opção de me recolocar.

E essa convicção me traz um intervalo de tempo muito bem vindo, curto mas suficiente, para amadurecer meus projetos!

Em maio de 2018 voltamos a conversar e eu vou te mostrar como tudo vai ter dado certo, e como eu serei protagonista de uma das principais empresas de educação financeira no Brasil.

MAS E O BEBÊ??

O bebê é meu companheiro principal nessa jornada!!

Desde os primeiros meses já tem mostrado que veio para me apoiar nessa loucura toda, pois até agora estou ilesa de qualquer enjoo grave.

Ah Pri, você se sente bem todos os dias?? Não… tem dia que é f… Mal humor, estômago embrulhado, sono incontrolável… Mas não foram 10% dos dias até agora, nada que tenha atrapalhado minha produtividade.

E quando a Natália chegar ela vai entender que mamãe trabalha em casa e vai me ajudar com isso!

E eu confesso que estou radiante por não ter licença maternidade… Acho que eu seria uma séria candidata em entrar em depressão pós-parto caso tivesse que “apenas” cuidar do meu bebê por 4 ou 6 meses.

E já sei que tem gente que vai me dizer: “deixa nascer pra ver se você vai continuar com essa opinião e essa disposição”… Pra você que quer falar isso, eu te digo: conversamos daqui 1 ano.

Porque essa é uma escolha que é única e exclusivamente minha. E eu escolhi ter a vida pessoal e a profissional juntas… afinal de contas, sou uma só!

E é só o começo…