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GRÁVIDA E EMPREENDEDORA – É ASSIM QUE PASSEI A GRAVIDEZ INTEIRA ME DESCREVENDO!
Não tem como negar: a mulher tem sim escolhas a serem feitas entre a vida pessoal e profissional quando resolve se tornar mãe.
E não são escolhas fáceis…
Eu nunca tive aquele sonho de vida de ser mãe… Mas sempre quis ter uma família!! O que, pelas minhas escolhas, passa pela função de me tornar mãe!
Por outro lado, eu sempre fui do tipo ligadona no trabalho! Desde a época do estágio, sempre me envolvi muito com minhas atividades profissionais e dei o melhor de mim.
Porém meus valores em relação ao meu tempo sempre foram bem respeitados. Nunca gostei de trabalhar além do horário, nem de passar o final de semana trabalhando (isso enquanto eu era funcionária!).
E eu vi, ao longo da minha carreira profissional, essa conduta workaholic por parte de muitas pessoas – sejam colegas de trabalho, de faculdade, pessoas que eu conheci durante os projetos que realizei, parentes, enfim…
Desde muito cedo, eu admiro mais os profissionais que são felizes na sua casa e no seu trabalho; do que aqueles que são super bem sucedidos e ganham altos salários mas não tem bom relacionamento familiar.
E eu prometi pra mim, desde que me entendo por gente, que nunca deixaria nenhuma carreira profissional estragar o meu ideal de família.
Assim começou a minha decisão…
Durante a faculdade, eu optei por não fazer intercâmbio, por não participar de algumas festas porque não queria estragar o meu namoro – e a consequência disso são os 15 anos de parceria que tenho com meu marido hoje!
E o casamento, o intercâmbio, a mudança de cidade…
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O BEBÊ ENTROU NOS PLANOS FAMILIARES EM 2016
Depois de nos casarmos, em 2012, tivemos nosso tempo e em 2016 resolvemos engravidar!
Estávamos ambos trabalhando em Florianópolis, eu estava fazendo mestrado, e acreditava que havia chegado a hora de expandir nossa família.
Engravidar era o principal plano para 2016! Até que… fui demitida (e já contei bastante sobre esse episódio da minha vida).
Naquela fatídica caminhada na praia no dia da decisão, eu me questionei muito porque isso tinha acontecido comigo.
Nós ainda não estávamos tentando de fato, mas não entendia porque agora que eu estava prestes a dar um passo pessoal tão importante na minha vida pessoal, a vida profissional tinha desmoronado daquele jeito, de uma hora para outra.
Por alguns minutos o questionamento se tornou raiva e frustração. Porque comigo??
Mas ali, naquela caminhada, eu de novo refiz minha promessa: independente do meu caminho profissional daqui em diante, minha família está em primeiro lugar!
Meu objetivo aqui não é me gabar… Mas quando eu olho pra trás eu vejo que foi uma escolha muito firme a minha.
Tenho certeza que muitas outras mulheres no meu lugar teriam adiado os planos do bebê. Teriam se preocupado em se recolocar novamente no mercado, conseguir um emprego bom, se estabilizar novamente e daí sim retomar os planos.
Só que isso tudo demoraria pelo menos mais 1 ano, e eu não queria esperar mais um ano. Minha meta era clara: queria passar o réveillon 2016-2017 grávida.
Inclusive, durante as atividades de recolocação de mercado que fiz, muito me foi orientado a não falar nada sobre esses planos pessoais durante as entrevistas.
Eu entrava nas entrevistas torcendo para que esse assunto não saísse, porque me sentia muito mal em ter que mentir.
Seria muito fácil dizer da boca pra fora: não… filhos ainda não, sou nova, tenho apenas 27 anos e quero curtir meu casamento.
Mas dentro de mim isso estava muito forte e, contar essa mentira não seria fácil.
Sorte a minha que a pergunta não foi feita e eu pude passar ilesa dessa confusão mental.
Sorte ainda maior (ou melhor, essa parte não foi sorte não…). Escolha ainda mais nobre quando eu decidi que não me recolocaria novamente no mercado de trabalho. Eu queria empreender!
MULHER EMPREENDEDORA
A jornada com o empreendedorismo começou na metade do ano de 2016, mesma época que eu e meu marido de fato viramos “tentantes”.
Eu também nem preciso contar muito que fui contra a corrente de novo… Empreender querendo ter um filho parece uma loucura – e na prática é mesmo!
Todo novo negócio depende muito do seu fundador, pelo menos no início, até que pegue tração.
Engraçado que, na minha busca por histórias empreendedoras, encontrei muitas mulheres que tomaram decisões parecidas com a minha – algumas até um pouquinho depois, quando já tinham seus filhos no colo.
As duas decisões – empreender (ao invés de me recolocar) e engravidar foram totalmente conscientes.
Olhando pra trás, vejo que 2016 foi um ano de grandes aprendizados e, principalmente, de grandes erros tanto na vida pessoal quanto na profissional – os quais me permitiram chegar nos acertos que vieram em seguida.
Meu primeiro projeto empreendedor foi a série “Logística em 2 Minutos” que, depois de algum tempo, eu mesma desisti de tocar – e não porque estava dando errado, muito pelo contrário…
E durante o caminho foram várias outras tentativas e muitos caminhos abertos, até que eu me encontrei de uma vez por todas na educação financeira, na minha empresa: Método Liberdade Financeira.
O fato é que durante esses testes, eu me encontrei muito com o estilo de trabalho home office. Nunca gostei tanto de ficar em casa! E também nunca trabalhei tanto quanto estando em casa!
E na vida pessoal, durante 2016, foram 7 intensos meses de tentativa – e, a cada menstruação, uma nova frustração…
De verdade: o réveillon 2016-2017 talvez tenha sido o mais triste pra mim… Eu não sou do tipo que coloca meta do ano e não cumpre – mesmo que essa meta não dependesse exclusivamente apenas da minha vontade.
A meta passou para o ano seguinte…
E SE CONCRETIZOU EM 2017
Não foi num passe de mágica… Mas nos primeiros meses de 2017 os rumos da minha vida tinham mudado drasticamente.
Agora eu tinha uma empresa, um projeto sério sendo desenvolvido; e na vida pessoal, uma sementinha crescendo dentro de mim!
Não acredito em coincidências e vejo muito significado nesse “nascimento conjunto” da minha empresa e da minha filha (na maior parte de 2017 ainda em dentro da barriga!).
Era muito do sinal que eu precisava para saber que estava no caminho certo!
Eu também não tinha a menor ideia de como seria a gestação junto com o trabalho…
Tinha receio de passar mal, de não conseguir ser produtiva, de me tornar uma grande procrastinadora…
Mas a realidade foi totalmente oposta a tudo isso… Como eu já contei nesse post, a barriga me deu uma baita energia e eu trabalhei mais na gravidez do que nos últimos 3 anos!
Foi uma pegada forte e intensa, do jeito que eu gosto! E, como consequência, cheia de realizações!
De novo eu vejo que poderia ter feito escolhas diferentes. Poderia simplesmente aceitar que estava grávida e adiar minha meta empreendedora para depois da licença maternidade.
Teria sido mais simples, mais cômodo, mais dentro da minha zona de conforto.
E acho até que a maioria das mulheres que eu conheço teriam seguido esse caminho. Só que ele nem passou pela minha cabeça…
No meio de 2017 minha vida estava bem clara:
- Minha empresa se iniciando, com expectativa de dar resultados (financeiros) dali aproximadamente 2 anos;
- Minha fonte de renda principal eram dos meus investimentos e de consultorias esporádicas que eu dava (totalmente relacionadas a minha dedicação em horas);
- Tinha alguém crescendo dentro de mim e, cedo ou tarde, sairia do quentinho da barriga…
E daí chegamos na parte de pensar como minha vida ficaria quando minha filha nascesse.
Minha renda dentro de casa ainda era irrisória perto de quando eu era funcionária (o que me trazia dias e dias de frustrações internas).
Mas, ao olhar para frente, o horizonte era bastante positivo! Exceto pelo fato que eu teria que diminuir minha dedicação por causa de alguém muito importante que estava chegando…
E, enquanto escrevo esse post, ainda não sei exatamente o significado de “diminuir minha dedicação”. Só sei que isso me preocupa bastante!
E se você pensa que é fácil vencer aquela pessoinha da sua mente que fica te dizendo a todo momento que você não está colocando dinheiro em casa… não é não!
SE EU ME ARREPENDO?
Eu não sei qual é a sua fase de vida profissional e quanto você alinha isso com a sua vida pessoal. Não sei se você já passou por conflitos e decisões semelhantes a minha…
O que eu posso te dizer até o momento é que eu não me arrependo de nenhuma das escolhas que descrevi até aqui.
Não tenho a ilusão de que a vida será fácil… De que retomar a carreira profissional será na mesma velocidade que antes.
Mas tenho usado muito o que chamo de “muro de curto prazo”.
São 2 ou 3 anos da minha vida que passarei esse perrengue todo, essas dúvidas todas.
Depois disso, quando eu estiver com meus 30 e poucos anos, eu “já passei” por essa experiência que de maneira nenhuma eu deixaria de passar.
E, na minha visão, 30-35 anos ainda é uma idade nova para a mulher e o mercado de trabalho – ou o mercado empreendedor.
Dizem por aí que a vida começa realmente aos 30 não é mesmo?
Enfim, eu uso muito essa tática de olhar para o longo prazo e saber que, quando eu chegar lá, a realização do sonho de ter a minha família já estará concretizada.
Esse post não tem o objetivo de dizer o que é certo ou o que é errado sobre esse assunto. Nem de te convencer de nada. É apenas um relato de como foram as minhas decisões no quesito vida pessoal x vida profissional.
E ressaltar que tudo valeu pena! Até porque nada foi feito sem pensar, sem planejar… Sem estar presente e consciente para o rumo que eu estava direcionando a minha vida.
Um conselho? Siga seu coração. Ele tem todas as respostas que você precisa.
Quer outro? Esqueça o que os outros dizem. O que é certo ou errado para a sua vida só você pode dizer.
E boa sorte na sua jornada e nas suas decisões!!
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AMEI O SEU TEXTO!!! <3
ME SINTO NESTE CONFLITO DE QUE TER FILHO ATRAPALHARIA TODA A MINHA VIDA PROFISSIONAL E AS MINHAS OPORTUNIDADES FUTURAS. TIVE UM ABORTO E DEPOIS DE DOIS ANOS NÃO TIVE CORAGEM DE TENTAR OUTRA VEZ, ME PERGUNTEI E ME PERGUNTO MUITO SE NÃO ERA DE FATO O MOMENTO CERTO E SE APÓS ESSE TEMPO, SE CHEGOU O MEU MOMENTO!!
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Quem sabe né?! Super recomendo, a vida profissional se ajeita à maternidade! Fácil?! Não… Mas vale a pena!