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INICIAR MEUS ESTUDOS NA DOUTRINA ESPÍRITA NÃO FOI UM CHAMADO DE DOR, MAS SIM DE AMOR
A maior parte das pessoas com quem eu converso sobre espiritualidade acaba recebendo um chamado de dor para entrar nesse mundo.
Seja a morte de alguém muito querido, sejam mensagens que chegam por meio da pessoa e a transtornam…
São questionamentos internos de difícil resolução, muitas vezes inclusive tratada pela medicina tradicional como doença mental.
É pela dor que a maior parte das pessoas, infelizmente, se abre para a espiritualidade.
Mas no meu caso não foi… Meu chamado foi bem suave e recheado de energia.
E nesse post eu vim contar como eu comecei a estudar a doutrina espírita.
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PEDINDO E RECEBENDO SINAIS
Eu me lembro exatamente o dia que tudo começou – mas demorei um ano para entender que tinha começado naquele dia!
Eu havia sido demitida e, horas depois desse fato eu fui fazer uma caminhada na praia (já contei mais sobre esse episódio marcante da minha vida aqui).
Naquela caminhada, além de todos os agradecimentos que eu fiz, eu pedi um sinal.
Eu tinha certeza que algo muito bom iria acontecer na minha vida e eu pedi ajuda à Deus para que Ele me ajudasse a interpretar os sinais que eu receberia.
Meu pedido, muito racional, era voltado a área profissional e, porque não, familiar. Eu jamais esperaria que meu sinal viria para o lado espiritual.
Meu sinal veio no dia seguinte. Mas eu demorei 1 ano para entendê-lo e identificá-lo.
No dia seguinte de ter sido demitida eu estava na casa de uma amiga e, conversa vai, conversa vem, ela começou a contar da experiência dela no Centro Espírita.
Meu conhecimento sobre a doutrina espírita era zero… Eu era daquelas que morria de medo de ver um espírito.
Mas ela contava os fatos com tanta leveza… Era tanta emoção nas palavras dela e uma convicção tão grande de como ela poderia ajudar mais e mais gente que aquilo me comoveu.
Março de 2016: minha curiosidade sobre o espiritismo se aguçou de uma maneira que nunca antes na minha vida havia aguçado.
Só que eu não dei a menor bola para isso…
Estava muito preocupada com as decisões profissionais que teria que tomar por consequência da minha demissão e não entendi que aquela conversa era o sinal que eu tanto havia pedido no dia anterior.
Meses se passaram e sempre que eu encontrava alguém que eu sabia que frequentava um centro espírita, começava o interrogatório.
Foram mais 3 ou 4 pessoas que caíram na minha cesta de perguntas sem fim.
Eu queria saber tudo! Estava super curiosa com o caso e com quase nada de coragem de ir atrás daquilo que, para mim, ainda não era um chamado tão claro.
A confusão mental era tão grande que eu não sabia nem por onde começar…
O primeiro passo que eu acabei dando e, nem sei se posso chamar isso de um passo da doutrina espírita, foi visitar uma casa de umbanda – algo que fiz junto com meu pai, pois jamais teria coragem de fazer sozinha.
Essa experiência não foi muito marcante para mim – acho que minha expectativa estava muito elevada sobre o que eu encontraria ali, que eu não consegui me conectar direito com a mensagem.
Olhando para trás eu estava muito ansiosa por respostas. Demorei para aceitar que certas respostas demoram para amadurecer na nossa cabeça…
MAS… QUEM PROCURA, ACHA!
Ainda confusa com o rumo que eu queria dar para essa área da minha vida eu comecei um processo de coaching, meu segundo processo de coaching (que escrevi sobre ele aqui).
De novo, minha expectativa era exclusivamente profissional. Eu buscava respostas para a decisão de largar a logística que eu havia tomado semanas antes.
Mas com o auxílio de uma coach fora da curva de boa, foi possível trabalhar não apenas aspectos profissionais mas também de outras áreas da minha vida.
E uma delas foi a questão da aceitação, e das atitudes que eu tomava para ser aceita.
Foi esse processo de coaching que me mostrou o quanto ser católica, na época, me angustiava.
O quanto eu queria ser alguém que eu não era só para ser aceita pela minha família.
Aquelas descobertas foram um choque para mim.
Meu chão caiu no início de 2017 com aquele processo de coaching, mas eu precisava aceitar que mudanças tinham que acontecer.
O mais difícil, confesso, foi aceitar comigo mesma que eu não queria mais seguir a religião católica – como contei nesse post.
Não só foi, como ainda é difícil… Porque eu convivo com muitos católicos, familiares e amigos.
Católicos que acreditam que essa é a melhor opção quando se trata de espiritualidade – e nem sempre recebem com boa energia minha mudança de opinião;
Católicos que morrem de medo do espiritismo – como eu morria de medo.
Eu não acho que eles estejam errados – até porque eu já passei por isso. O medo é natural, o medo faz parte do desconhecido.
O que eu muito me questiono é a abertura para conhecer outras formas de pensamento, outras formas de estudo.
Demorei anos para quebrar essa barreira e hoje eu vejo quão importante isso foi na minha vida.
No início de 2017 eu sabia que não era mais católica. Mas não tinha a menor ideia do que eu era então…
ESPIRITUALIDADE VIROU LISTA…
Assim como todas as áreas na minha vida, tudo vai parar em uma lista…
São pequenas ações para definir meus próximos passos.
A espiritualidade não pulou essa fase e logo eu tinha muitos passos a serem dados.
O primeiro deles foi entender qual religião eu queria seguir. Eu sei que religião não é o termo adequado para se usar, mas é o mais fácil de se entender aqui nesse contexto.
Conversei com algumas pessoas de minha confiança e cheguei na doutrina espírita.
Confesso que eu não cheguei a frequentar outra religião para conhecer – eu gostei tanto da doutrina espírita que não saí mais dali.
Meu próximo passo foi fazer uma lista de todos os centros espíritas que tinham perto da minha casa para escolher qual deles eu gostaria de frequentar.
Com a lista pronta, descobri que tinha um bem pertinho da minha casa – e eu nunca havia reparado que aquela casa era um centro espírita.
Verifiquei os horários e fui até o centro no dia da palestra e atendimento fraterno.
Ao ser atendida, eu expliquei para a pessoa que estava conversando comigo sobre minha curiosidade em conhecer mais sobre o espiritismo. Meu desejo por conhecimento, por algo novo.
Ela me orientou que eu participasse das palestras (seguidas de passe) que aconteciam toda segunda-feira na casa espírita, e também do dia de estudos para iniciantes – que ocorria toda quarta-feira.
E assim eu fiz.
MEUS PRIMEIROS PASSOS NA DOUTRINA ESPÍRITA
Passado esse processo do chamado, da aceitação, da coragem de ir até um centro espírita eu comecei a frequentar o centro em março de 2017.
Eu estava lá todas as segundas e quartas-feiras.
Minha primeira segunda-feira foi inesquecível! Eu me senti extremamente bem naquele ambiente e, ao retornar para casa, agradeci imensamente àquela minha amiga que despertou minha curiosidade pelo assunto.
Exatamente um ano após eu ter recebido o sinal eu o entendi. Após um ano eu tomei coragem de seguir essa nova fase na minha vida.
De segunda, eu assistia à palestra e recebia o passe.
De quarta, estudava a doutrina, as obras (livros) que a moldaram para a forma que a conhecemos hoje.
Eu estava encantada, perplexa com o que eu estava descobrindo!
Encontrei um lugar que me acolheu muito bem, que me dava respostas para minhas angústias e, ao mesmo tempo, que não me cobrava por estar ali.
Uma ausência de cobrança não no sentido financeiro, mas no sentido presencial. Eu não era obrigada a estar ali toda semana.
Eu estava ali porque eu queria. Porque aquilo me fazia bem.
Na visão da espiritualidade, coincidências não existem… Mas, coincidentemente ou não, foi no meu primeiro mês de casa espírita que eu engravidei – algo que estava planejando há 9 meses.
No fundo no fundo, eu tenho absoluta certeza de que ter aceitado e ido atrás do centro espírita foi um dos fatores que contribuiu para minha gravidez.
Eu ainda não sei explicar de onde vem essa certeza, mas ela existe, desde o dia que eu descobri que estava grávida.
Eu me sentia muito bem estudando sobre a doutrina espírita. Porém…
Duas coisas começaram a me incomodar:
VELOCIDADE DOS ESTUDOS
Eu queria consumir mais e aprender mais rápido…
As informações que eu recebia na casa espírita eram ótimas mas um pouco desconexas…
Não havia uma linha de raciocínio claro entre os aprendizados que eu tinha.
Além disso, era uma velocidade de aprendizado muito lenta para o que eu estava acostumada… (lembra que eu assisto vídeos acelerados e amo estudar? #eternaaprendiz)
Eu queria ir mais rápido. Mas, agora gestante, isso (mais uma vez) não era uma prioridade na minha vida.
CLIMA
Além do incomodo da velocidade do aprendizado, o clima começou a esfriar e, principalmente, ficar chuvoso.
É, Floripa no frio é igual a chuva… Chove um monte aqui a partir de junho e, em 2017, não foi diferente.
Então eu confesso que tive uma preguiça imensa de sair do quentinho e sequinho da minha casa, toda segunda e quarta, às 20h (horário que eu já estava quase indo dormir nos outros dias), ainda mais com um barrigão que começou a aparecer.
Eu resolvi pausar minha experiência com a doutrina espírita naquele momento e, prometi para mim mesma que, assim que minha filha nascesse, eu voltaria a esse assunto.
E assim eu fiz! Quando minha filha completou 3 meses eu voltei com tudo nessa minha missão.
Mas vou deixar para contar sobre isso no próximo post, que esse já ficou longo demais…
E foi só o começo hein…
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Amiga lindaaa!!
Que DEUS abençoe todos os seus passos e que a Luz do nosso Mestre Jesus esteja sempre com vocês!
Um grande beijooo…
Saudadesss…
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Obrigada Gabi!!