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30 DIAS DE CHORO, RISADA E MUITA DIVERSÃO! O PERÍODO DE LICENÇA-PATERNIDADE DEIXOU SAUDADES!
Neste post eu estou contando como foi a minha experiência com a licença-maternidade do meu marido.
Embora a lei permita apenas 20 dias de licença-paternidade a empresa dele felizmente liberou por 30 dias.
Então, nos primeiros 30 dias com o bebê ele estava em casa. E eu já contei nesse post como foram os primeiros 30 dias.
QUANDO UM PAI SE TORNA PAI
Durante a gravidez eu li muito sobre quando uma mãe se torna mãe e quando um pai se torna pai.
Para mãe é mais fácil, já que todas as mudanças do corpo vem se preparando para chegada do bebê.
Porém, a vida do pai não muda muito na gravidez. Então é só quando o bebê de fato nasce que ele se torna pai.
E essa era uma preocupação que eu tinha porque eu queria envolver ele antes do bebê nascer.
Um dia, ouvindo um podcast do Sinuca de Bicos eu comecei a me dar conta de quantas atividades após o nascimento do bebê a gente tinha que combinar para que não houvesse conflitos durante esse período.
Especialmente as atividades domésticas, que aumentariam bastante!!
E então eu fui falar sobre esse assunto com ele… Gerou um certo stress porque ele entendeu que ele não fazia nada em casa e, muito pelo contrário, ele sempre fez muita coisa em casa!
Daí eu fiquei pensando em uma maneira de me redimir por ter sido mal interpretada, porque realmente não foi isso que eu quis dizer…
E então, lembrando dos bons tempos como namorados, eu criei os: “100 motivos pelos quais eu te amo, papai, mesmo antes de nascer!”.
Foram bilhetinhos quase que diários entre o sexto mês da gestação até o nascimento da nossa filha.
Cada bilhetinho agradecia uma coisa que ele já fazia e ainda tentava preparar para o que estava por vir em termos de mudança.
Cada bilhetinho ficava escondido em um canto da casa.
Todos os dias havia uma caça de bilhetinhos e foi muito divertido a comunicação dessa maneira!
Além disso, acabou servindo como uma espécie de contagem regressiva já que faltavam próximos de 100 dias para o bebê nascer.
E essa foi a preparação prévia que eu consegui fazer com o meu marido até que chegou o grande dia e a Naty veio ao mundo.
A PRIMEIRA QUIZENA
Para mim, faz muito sentido dividir a licença-paternidade entre a primeira e a segunda quinzena.
Os primeiros três dias passamos na maternidade como eu já contei nesse post. E os 15 primeiros dias em casa foram bastante intensos.
Intensos de atividade da casa, de adaptação do neném, e até de atividades que deixaram de ser feitas antes do nascimento.
Também foi a pior parte da recuperação do parto em si.
Eu tenho que confessar que meu marido trabalhou para caramba nesses 15 dias…
Desde a limpeza da casa, compras, até propriamente dito o trabalho oficial mesmo, que ele acabou fazendo por conta de não ter conseguido terminar ou por ter datas específicas para realizar (mesmo que ele tenha ficado em casa, não deixou de trabalhar…)
A parte boa é que esses primeiros 15 dias você ainda tá com uma adrenalina grande do trabalho de parto.
O que de fato nós dois fizemos coisas pra caramba nesses 15 dias ainda, junto com todas as dores da cicatrização e mais a dificuldade da amamentação.
A SEGUNDA QUINZENA
Mas depois melhorou!! Ficou mais agradável, ficou mais divertido, começou a ser ainda mais intensa a convivência com a nossa filha.
Na segunda quinzena a casa já estava em ordem, as atividades paralelas em dia, e nós passamos de fato a curtir o papel de ser pais.
Já estávamos mais acostumados com o bebê e as atividades começaram a criar algum padrão.
Então a gente começou a sair um pouquinho mais de casa, ir numa sorveteria, comer num restaurante e a vida em família começou a ficar muito boa.
Só que tudo que é bom acaba rápido e o final da licença-paternidade estava se aproximando…
Mas tinha um acordo aqui em casa: a gente só poderia reclamar e falar alguma coisa que a licença-paternidade estava acabando no penúltimo dia antes dele voltar a trabalhar. Antes disso só era permitido curtir a filhota!
Por isso os últimos dias foram de angústia pois a parte boa estava acabando e na verdade nós já estávamos até cansados do bebê.
A volta ao trabalho em alguns momentos já começou até ser desejada!
O FIM DA LICENÇA PATERNIDADE
O início do mês de janeiro marcou o retorno do meu marido ao trabalho.
Para ele, uma nova rotina, porque agora além de trabalhar ainda tinha os cuidados da filha quando chegava em casa.
A minha rotina então, ficou ainda mais nova, porque além de trabalhar em casa eu ainda tinha um bebê para cuidar sozinha o dia inteiro.
Mas confesso que no primeiro momento eu nem me preocupei muito com esse processo de adaptação.
Na semana seguinte do retorno do meu marido ao trabalho minha mãe chegou e duas semanas depois veio outra parte da minha família.
Então na prática foi um mês que nem deu muito para sentir como é que é o processo e a rotina de ter um bebê para cuidar em casa todos os dias.
Isso só foi experimentado mesmo no mês seguinte…
O fato é que somos e seremos eternamente gratos pelo que a licença-paternidade nos proporcionou.
Além de um primeiro mês fantástico para consolidar nossa família, foi por causa dela que também conseguimos ficar sozinhos em Floripa!
Se meu marido não tivesse tirado 30 dias provavelmente eu teria chamado alguém da minha família para ficar comigo.
É claro que essa ajuda também seria bem-vinda, mas eu e meu marido fazíamos questão conhecer o nosso jeito com o bebê.
Isso só foi possível graças à licença paternidade!!
30 dias que envolveram recuperação de parto, adaptação da amamentação e adaptação com o bebê.
Teve choro, teve risada, teve muita alegria e, como previsto, teve muita diversão!! Além de muitos saudáveis cafés da tarde!
Foi uma super companhia para distrair os momentos de tensão que passei nos primeiros 30 dias.
Dias desses que já deixam saudades…
E que foram só o começo…