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Chegou mais uma despedida – e a cada uma que alcanço, me sinto um pouquinho mais louca.
Só que a loucura vai se embasando de uma forma tão linda e estruturada, agora com minhas bruxarias já passando do nível de iniciante…
O tarô e a astrologia têm sido companheiros fiéis nessa jornada e, nesse post, quero falar especialmente dessa lua minguante.
Os amantes dos astros entendem e respeitam o momento do minguar da lua.
Respeitam o espaço de olhar para dentro, de entender, acolher a atender as próprias necessidades.
Entendem que coisas precisam morrer na nossa vida para o novo ter espaço.
E entendem que os ciclos se repetem, que não precisamos ter pressa para o plantio, pois viver o luto faz parte do processo.
Desde que comecei a estudar astrologia através do Calendastro, da Isabella Mezzadri, tenho me permitido viver minhas semanas de desaceleração.
Ela me guia de uma forma tão extraordinária aos movimentos da minha vida, que é impressionante a sincronicidade com que tudo acontece.
Mas nenhum minguar de lua foi até então foi tão intenso como está sendo esse na primeira semana de agosto de 2021.
Mas pra você entender a história direito, deixa eu contar o que me fez chegar até aqui!
Tudo começou quando entrei na faculdade, em 2007…
No meu segundo semestre entrei em um grupo de estágio e me deparei com um professor que mudaria minha vida para sempre: Caixeta.
Foram inúmeras as oportunidades que ele me abriu ao longo da nossa jornada – e já falei muito disso aqui no blog!
Aos 22 anos, ele me colocou em posições que sozinha eu provavelmente não alcançaria nem aos 40…
Por indicação e oportunidade aberta por ele, ministrei muitas aulas, participei de projetos e reuniões importantes, conheci o Brasil.
A vida era hiper confortável ao lado dele mas, como jovem ambiciosa que era, eu queria crescer.
E o crescimento não era ali naquele ambiente. Eu não sabia exatamente o que era esse crescimento.
Então em 2014 eu comecei uma parte da minha jornada sozinha.
E parte grande dessa jornada você pode conhecer através desse blog, que se iniciou em 2016 e pegou toda a minha trajetória empreendedora.
Além da vertente empreendedora, tive também a vertente espiritual.
E foram muitos e bastante nítidos os sinais sobre o meu caminho com esse grande mentor.
Tanto que, em 2020, naquela ligação que mudou a minha vida, não tive muitas dúvidas em aceitar o convite.
Meu combinado era claro comigo mesmo: ficaria nesse emprego, que não era meu trabalho, até o momento que ele também estivesse.
Afinal de contas, meu propósito para aceitar essa mudança de vida era estar próxima ao meu mentor.
Portanto quando ele saiu, o propósito de eu estar naquele emprego perdeu completamente o sentido.
E, independente de quem sentasse no lugar antes ocupado por ele, essa pessoa não era ele.
Desde o anúncio de sua saída em meados de julho, minha decisão já era clara e óbvia na minha cabeça – minha hora de sair também havia chegado!
Porém havia um pedido muito especial, feito por ele inclusive, de que era para ficar.
Esse foi o gatilho que me fez contar algumas histórias para mim mesma de que eu poderia ficar mais um tempo.
Talvez até o final do ano – o que seriam mais 5 meses?!
Eis que a nova gestão assume e o dia-a-dia começa.
Sabe aquela história de que palavras inspiram mas exemplos arrastam?!
Então, começou a rolar, dia após dia, nessa semana de lua minguante.
E o desejo de sair já consolidado na minha cabeça desde então, que estava apenas precisando de prazos e provas, começou a colher seus frutos.
No início da lua minguante o prazo já era claro: em 5 meses, no máximo, uma nova vida começaria para mim.
No segundo dia de lua minguante já não estava conseguindo me ver chegar até a próxima lua minguante.
No quarto dia chegar até o final dessa lua minguante passou a ser um desafio.
No quinto dia a solução foi começar a chegar no fim de um dia de cada vez!
E a parte da loucura vem no sentido de esse tipo de decisão estar tão clara, mas tão clara na minha vida, que até dá dor nos olhos olhar para ela!
Quando você tem clareza do seu caminho, do seu propósito, usa o tarô e a astrologia para te guiar nos seus passos… Ah, meu amigo! Não tem quem te segure!
Infelizmente vivemos em um mundo onde o vitimismo impera. Neste meu atual/último emprego então, nem se fala!
Eu não tenho nada contra funcionários públicos – exceto o fato de que quem faz um concurso, ESCOLHE esse caminho.
Se tem iniciativa para estudar para uma prova, se inscrever, pagar inscrição, ir e fazer.
Se conquista uma vaga no poder público, que lhe garante estabilidade e segurança.
E mata-se dentro de si próprio a coragem que lhe fez chegar até esse local.
Daí em diante, tudo passa a ser vitimismo.
As pessoas sentem que precisam do trabalho, que a segurança e a estabilidade é tudo.
Tem medo do que tem lá fora – afinal, crises não faltam e a pandemia acentua tudo.
As pessoas tem medo do próprio despertar e de assumir o comando de suas próprias vidas.
No mundo em que eu escolhi viver, eu vejo esses movimentos e deixo-os ir.
No meu mundo, eu escolho viver ao lado daqueles que prosperaram na pandemia. Que viram oportunidades, que cresceram para dentro e para fora de si.
No meu mundo, o universo é abundante e, se algo de ruim está acontecendo, é porque algo muito melhor há por vir.
A segurança de que coisas boas virão é tão grande dentro de mim que não existe medo no passo a ser dado.
A exoneração é uma consequência de assumir o comando da minha vida. De viver de acordo com os meus valores (taurinos entenderão melhor!). De honrar minha palavra.
Essa lua mingua com o sol em leão, trazendo de volta meu brilho, minha vontade de viver, meu entusiasmo de fazer, minha energia de construir.
A gratidão pelo caminho e pelas pessoas que passaram por mim é gigantesca.
A sensação de estar pronta para o que virá é evidente.
Sem medo, sem receios, sem olhar pra trás.
É hora de deixar morrer tudo que não serve mais.
Ansiedade não faz parte desse contexto, pois o plantio começa apenas quando a lua se tornar nova. Aí sim sementes serão jogadas em terra fértil para fazer florescer o novo caminho.
Curtir e viver o luto faz parte do processo.
E assim a bruxinha em formação que vos fala vai desenhando seu próprio caminho.
Sim, eu volto para contar da lua nova.
Mas antes de ir embora queria te perguntar: o que ainda não morreu dentro de você que está na hora de tomar coragem e deixar ir?