Mãe Produtiva

Tempo de leitura: 11 minutos

O GRANDE SEGREDO PARA MIM TEM SIDO: SEPARAR AS ATIVIDADES QUE POSSO FAZER COM ELA E SEM ELA

“Como você consegue dar conta de tudo?” – é uma pergunta que eu escuto com frequência…

A resposta que dou para fora é: dou conta, uai…

Mas, para dentro, penso: e ainda poderia estar fazendo muito mais!

A maternidade mudou e muito minha rotina e, com isso, minha produtividade.

Nesse post vim contar para você como eu faço para ser uma mãe produtiva, dividindo alguns segredos que podem lhe ajudar. Fica comigo ate o final!!

Ah, e saiba que escrevo esse post quando minha filha completou um ano. Talvez mais pra frente a sensação de produtividade será outra, já que minha experiência se aplica basicamente ao primeiro ano de vida dela.

Esse post faz parte da Categoria Mamãe Pri Nunes, onde eu divido relatos, experiências e estudos sobre a maternidade. Veja aqui mais posts da fase: “dos sorrisinhos aos primeiros passinhos”.

PORQUE SER UMA MÃE PRODUTIVA

Vamos combinar que vivemos em uma geração bem diferente da de nossas mães e avós, não é mesmo?

Naquela época não existia internet no celular. Na verdade, não existia nem celular, nem internet.

Lembra de quando você ainda não era mãe?! Aposto que uma parcela grande (talvez gigante) do seu dia você passava com o celular na mão.

E sabe o que acontece quando você vira mãe? Você ainda consegue resolver um milhão de coisas com o tal do celular.

Só te faltam mãos (pequeno grande detalhe…).

Minha geração (que hoje tem por volta de 30 anos), tem a necessidade de estar sempre fazendo alguma coisa – seja ela no nível pessoal, ou no nível profissional.

Ser produtivo para mim significa estar conquistando minhas metas de vida – e tenho elas todas escritas e bem estruturadas.

Muitas das minhas metas são profissionais e, como eu sou coach e empreendedora digital, grande parte das minhas metas estão relacionadas a ficar na frente do computador.

Por isso a sensação de estar sendo produtiva, em outras palavras, está relacionada a estar a frente do computador, trabalhando e/ou me divertindo!

Mas essa é uma missão que ficou bem desafiadora depois que a Naty nasceu…

E eu não me refiro apenas a, literalmente, sentar na frente do computador.

Me refiro também a:

  • Estar com o humor adequado e com vontade de realizar minhas atividades quando eu estou sentada na frente do computador;
  • Ter resiliência para ser interrompida quantas mil vezes forem necessárias – e retomar de onde eu parei;
  • Aceitar e aprender que, o que antes eu resolveria em 2 horas, agora eu vou resolver talvez em 2 dias, de maneira picada e com várias interrupções…

Quando desistir não é uma opção, nós damos um jeito.

Prova viva disso para mim é este blog.

Coloquei como meta escrever 100 posts no ano de 2018, o primeiro ano de vida da minha filha.

Pra você ter uma ideia, eu levo aproximadamente 2 horas para concluir o ciclo completo de cada post.

Ou seja, minha meta era dedicar 200 horas no blog ao longo do ano – meta um tanto quanto ousada para quem tem um bebê no colo.

E, meta data é meta cumprida por aqui! Esse é o post número 95 do ano e, tenho certeza que nada disso teria sido possível caso eu não fosse uma mãe produtiva.

Ser produtiva para mim não é questão de precisar. Desistir de muita coisa seria mais fácil e mais cômodo.

Ser produtiva para mim é questão de ser “algo mais”, além de “apenas mãe”.

É ser mulher, é ser empreendedora, é ser profissional.

SEGREDOS DE UMA MÃE PRODUTIVA

Para mim, ser produtiva é muito importante!

Não posso negar que, o fato de saber e dominar técnicas de produtividade antes da maternidade chegar me ajudou e muito a continuar a ser uma pessoa produtiva, mesmo depois de ser mãe.

Se você tem interesse em conhecer mais as técnicas de produtividade que eu uso, clica aqui!

Então eu vim dividir aqui com você meus 3 principais segredos para ser produtiva no meu contexto de maternidade.

#1 – PROGRAMAÇÃO SEMANAL

Dentro das minhas técnicas de produtividade, eu tenho minhas metas anuais, derivadas em metas mensais, semanais e diárias.

Até a Naty nascer, eu entrava em metas diárias.

Mas, depois que ela nasceu, passou a me consumir tempo demais preencher as técnicas diárias e não conseguir executar tanta coisa assim.

Cansei de colocar lá amamentar 1, 2, 4, 8, 10 vezes ao dia… Trocar fraldas 1, 2, 5, 8, 10 vezes!

Então eu passei a me contentar e fazer melhor minhas metas semanais.

Toda semana tiro um tempo para listar todas as minhas atividades da semana.

Isso me ajuda a ter clareza de tudo que precisa ser feito.

Quando listo as atividades, estão incluídas nelas não só as atividades profissionais, mas as da casa também.

Cozinhar, limpar a casa, lavar e passar roupa entram no meu planejamento semanal – afinal de contas, irão disputar meu tempo.

Todas as minhas metas vão sendo “ticadas” conforme são concluídas.

Eu tenho uma dimensão clara de tudo que consigo ou não realizar na semana.

#2 – ATIVIDADES COM E SEM O BEBÊ

Depois de ter claro todas as minhas atividades, eu divido elas em atividades que eu posso realizar com minha filha, e atividades que eu preciso estar sem ela para realizar.

Isso é muito importante!

Chamo isso de “tempo nobre”.

Foram poucos os momentos em que eu usei meu “tempo nobre”, ou seja, o tempo que estou sem ela comigo, para realizar atividades que podem ser realizadas na companhia dela.

E esse para mim é o maior segredo!

Agora, na prática, como tudo passa muito rápido no primeiro ano de vida dos bebês, as atividades mudam muito de acordo com o período.

Então o que eu consigo ou não fazer junto dela teve inúmeras versões ao longo deste ano.

Vou falar mais sobre essa divisão mais adiante.

#3 – PENSE COM O BEBÊ, EXECUTE SEM O BEBÊ

Depois de claras as atividades e separadas entre o que eu consigo fazer com ela e sem ela, chegou a hora de colocar as atividades em uma ordem.

Só que a ordem agora, pós-maternidade, é mais ou menos assim: no meu próximo tempo livre.

O meu próximo tempo livre pode ser que aconteça só amanhã… Pode ser que dure apenas alguns minutos…

Mas é meu próximo tempo livre.

Então eu sempre tenho em mente o que eu vou fazer na próxima oportunidade que eu tiver de ficar sozinha.

E não é apenas ter essa clareza – é organizar mentalmente essa atividade.

Por exemplo, eu sei que no meu próximo tempo livre eu vou escrever um post no blog.

Logo, enquanto estou com ela, estou pensando o que eu vou escrever.

Como vai ser o post, qual vai ser a estrutura dele, como será o texto.

Quando eu sento e escrevo, é apenas tirar tudo da cabeça e colocar no computador. Já está tudo pensado, é só executar.

Atividade de pensar para mim, é sempre com ela.

Executar depende – tem atividades que eu faço com ela, e atividades que eu faço sem ela.

PRODUTIVIDADE DIFERENTE DE ACORDO COM IDADE

Então vamos lá…

Já te disse que eu separo as atividades a serem realizadas com minha filha e sem minha filha. E que isso mudou muito ao longo do ano, certo?

Vou tentar ser mais clara e didática quanto a essa mudança.

DOS 0 AOS 3 MESES

Nesta fase, o bebê ainda dorme bastante e, meu próximo tempo livre sempre era o intervalo da próxima dormida – que poderia durar 10 minutos ou 2 horas.

O grande desafio dessa fase era tirar ela do meu colo.

Então eu sempre me organizava para que ela pudesse dormir no meu colo, mas de uma forma que eu conseguisse fazer esse tempo ser produtivo.

Perdi as contas de quantas vezes eu trabalhei com ela dormindo no meu colo.

Quando ela estava dormindo era mais fácil. As vezes ela estava até acordada, mas quietinha, me permitindo trabalhar.

Nesta fase também eu separava atividades que eu conseguia fazer com as duas mãos livres, ou com apenas uma mão.

E tudo dava certo no fim da história…

Ficar com ela para cima e para baixo na casa não era uma tarefa muito simples – já que o bebê ainda é muito molinho.

As atividades da casa eu não fazia muito – isso ficou sob responsabilidade do meu marido.

Então cada tempinho que eu tinha livre, mesmo com ela no colo, era dedicado a produzir.

Mas ela foi crescendo, ganhando movimentos… Dormindo cada vez menos…

E daí as atividades começaram a ficar demasiadamente interrompidas e isso começou a tornar meu dia pouco produtivo.

Foi aí que eu literalmente desisti de fazer determinadas atividades junto com ela.

DOS 4 AOS 8 MESES

Esse foi, de longe, o período mais difícil para mim.

Ela estava um grude, não queria sair do meu colo por nada.

Eu ainda não tinha nenhuma opção de deixar ela com outra pessoa.

Então meu tempo produtivo foi alocado para as noites, depois que ela dormia.

Meu horário de trabalho passou a ser das 9h da noite até a 1h da manhã.

Esse era o período mais produtivo e de maior concentração.

Durante o dia, eu usava caminhadas com ela no carrinho para resolver coisas no whats app, especialmente enviar e escutar áudios.

Em casa, eu conseguia colocar ela no “piuí” (nosso bercinho com rodinhas) e ia distraindo e fazendo coisas da casa, como lavar e estender roupa, limpar e organizar a casa.

Mas quando ela dormia… Ah, direto e reto para o computador para produzir.

Foi cansativo, como foi!

Um exercício intenso de resiliência…

Na melhor parte do trabalho ela acordava chorando e eu parava tudo para ir amamentar e depois, 11h da noite, já cansada, levantava para continuar trabalhando.

Mas sobrevivi!

DOS 8 AOS 12 MESES

Nessa idade ela entrou na escolinha e eu consegui ter um tempo livre mais bem definido.

Não que fosse muito maior – são corridas 15 horas na semana.

Mas isso me permitiu realizar coisas que antes eu não conseguia, como atender meus clientes de coach.

O tempo com ela e sem ela foi ficando cada vez mais claro.

Nessa fase ela também já engatinhava – então ficou mais fácil deixar ela no chão da sala e ficar mexendo no celular, resolvendo coisas por ali.

Claro que com toda atenção do mundo para nada de errado acontecer.

E organizar a casa continua sendo uma atividade para fazer quando ela está junto.

Acredito até ser uma forma de ir incentivando ela a fazer isso junto comigo!

Ela está sempre me vendo organizando roupas, varrendo a casa. Tenho certeza que logo logo será minha ajudante oficial.

Cozinhar?! Só quando meu marido está em casa e ajuda com ela.

Tomar banho?! Só com ela acordada.

Cada atividade otimizando o tempo que eu tenho só para mim.

TEMPO: QUANTIDADE X QUALIDADE

Ser uma mãe produtiva para mim significa ter qualidade de tempo com a minha filha.

É muito fácil, para nossa geração, ficar com os bebês conectado, mexendo no celular.

É tempo com eles, mas não dedicado a eles.

Tem várias horas do meu dia que eu estou com ela e não estou – estou conectada.

Mas eu separo, todos os dias, pelo menos 1 ou 2 horas para me dedicar estritamente a ela.

Desconectada, desligada do mundo. Só eu e ela.

É pouco? Pode até ser.

Mas eu preciso das horas para mim.

No meu mundo, de nada adianta eu dar um tempo de qualidade para ela e não estar feliz comigo mesma.

Por isso me sinto muito bem conseguindo ser produtiva e dividindo meu maior ativo: meu tempo.

E é só o começo…

Cada idade com seus desafios, com suas épocas produtivas e improdutivas.

E você, faz o que para ser produtiva mesmo sendo mãe?

Esse post faz parte da Categoria Mamãe Pri Nunes, onde eu divido relatos, experiências e estudos sobre a maternidade. Veja aqui mais posts da fase: “dos sorrisinhos aos primeiros passinhos”.

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