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SABE AQUELE DIA QUE ESTÁ TUDO TÃO BOM QUE PARECE BOM DEMAIS PARA SER VERDADE?
Sabe aquele tal de puerpério?! Então, resolveu bater na porta daqui de casa…
No fundo no fundo eu sabia que cedo ou tarde ele chegaria – e que bom que estava preparada para recebê-lo.
Melhor ainda que, no meu caso, ele durou pouco…
Mas agora eu entendo o que é aquela tristeza profunda que as mães sentem quando era para estar tudo bem, tudo feliz!
Chegou e foi embora rápido (ainda bem!).
E vim aqui nesse post te contar como que a minha melhor e a minha pior semana desde que a Naty nasceu resolveram acontecer juntas!
NOSSA PRIMEIRA SEMANA DE ROTINA
Parece brincadeira mas, desde que a Naty nasceu, 5 meses atrás, a segunda semana de maio foi a primeira que eu passei inteira e sozinha com ela…
Em dezembro, meu marido estava em casa, de licença paternidade.
Entre janeiro e março, recebemos uma visita a cada duas semanas: minha mãe, meus avós, meus tios, minha irmã, meu irmão, a madrinha da Naty.
Em abril tiramos férias e fomos para Americana.
Juntando tudo isso com os feriados que apareceram no meio do caminho, ainda não tinha tido a oportunidade de passar 5 dias consecutivos sozinha com minha filha.
Até que esse dia chegou!
E chegou na hora certa!
Porque no começo, quando ela tinha 2, 3 meses, pensar em ficar sozinha com ela me apavorava.
Eu ainda era insegura quanto a cuidar dela e, especialmente, o que fazer para ela não chorar o dia inteiro.
Antes de passar férias em Americana, nos dias em que fiquei sozinha com ela, estava contando os minutos para chegar alguém, nem que fosse apenas para me fazer companhia.
Mas depois que entramos no quarto mês de vida dela, parece que chegou o filé mignon da maternidade de bebê!
Especialmente quando estivemos em Americana, percebi o quanto era precioso poder ficar sozinha com ela – e quanto isso a colocava em sua própria rotina, acalmando-a e deixando-a em seus próprios horários.
Então quando eu voltei de férias, no início de maio, estava bem contente e segura de já saber o que fazer com ela nos nossos momentos juntas.
O FIM DA LICENÇA MATERNIDADE
E eu já havia decidido que a segunda semana de maio simbolizaria o fim da minha licença maternidade.
Fim por quê? Porque eu não tive licença maternidade…
Primeiro porque não estava afastada de trabalho nenhum – dos meus projetos empreendedores, continuei tocando todos eles!
E então, tudo que eu conquistei nos primeiros 5 meses de vida da minha filha me pareceram acima da minha obrigação.
Eu poderia simplesmente ter parado tudo, mas não… Fiz muita coisa nesses 5 meses, o que me encheu de orgulho profissional!
Mas essa era a semana para, de verdade, passar a ter mais resultados e de fato conhecer minha rotina como mãe empreendedora.
Rotina? Sim, aquela que não existe muito com um bebê no colo… Ou melhor, que muda com uma frequência tão grande que mal dá tempo de se acostumar com a anterior e, já chegou uma nova.
Mas eu fiquei feliz de ter conseguido estabelecer uma rotina boa aqui em casa!
Acordamos entre 8h e 9h da manhã, eu troco a fralda, tomo café, amamento…
Daí consigo estudar cerca de 30 minutos e resolver alguma coisa bem rápida profissional (escrever um email, pagar uma conta, algo do tipo).
Dependendo do dia nesse intervalo de tempo ela tira um cochilinho de 15 minutinhos e dá para colocar mais alguma coisa em ordem.
Então, por volta das 10h-11h saímos para uma caminhada em família: eu, neném e Paçoca.
Caminhada que dura uma hora, uma hora e meia e serve para:
- Eu não pirar dentro de casa com cachorro latindo e bebê chorando;
- Fazer meu exercício diário;
- Passear com o cachorro;
- Passear com o bebê – que acaba dormindo a maior parte do tempo;
- Trabalhar pelo Whats App;
- Pensar na vida.
Sabe aquela velha história que mulher faz um monte de coisa ao mesmo tempo?! Então, bem por aí…
Depois que voltamos da nossa caminhada eu almoço e dou banho nela.
Na parte da tarde tiramos nosso cochilão gostoso e ficamos aguardando o papai chegar.
E, de noite, cada dia é um dia, mas é muito legar curtir esses momentos em família!
Por volta das 21h eu coloco ela para dormir.
Tem dia que mal acabou o ritual da noite ela já apagou – e esses são os melhores dias!
Mas tem dia que fico 40 minutos, 1 hora tentando fazê-la se entregar ao sono.
E depois que tudo isso aconteceu, daí eu começo a trabalhar…
Não sei te dizer de onde vem energia suficiente para, depois das 21h ou 22h iniciar meu dia de trabalho.
Mas sei que tem e que me deixa muito feliz!
Então eu vou até por volta das 23h30, meia-noite, quando me deito.
Dormir? Hum… daí já fica difícil né…
Primeiro porque acabei de contaminar minha mente com trabalho e fico pensando nele quando deito na cama.
Segundo porque ela não tem mais dormido gostoso como há alguns meses, e acorda de 3 a 4 vezes por noite se mexendo…
Mesmo que eu consiga acalmá-la sem amamentar, eu fico acordada.
Então meu sono principal acaba sendo mesmo o da tarde, porque a noite o sono é bem leve…
E a minha cobrança interna é essa: ser uma boa profissional nas 8h, 10h semanais nas noites que me sobram.
Essa era minha expectativa.
A PIOR SEMANA DA MATERNIDADE
Ela aconteceu justamente por causa dessa pressão que eu coloquei sob mim mesma.
O primeiro dia foi legal. O segundo passou… No terceiro, nesse ritmo, eu já estava exausta.
Simplesmente não consegui ficar acordada e produzir o que eu queria.
Daí passo o dia seguinte inteiro me sentindo uma inútil…
Pior ainda pelo fato que, de todos os projetos que eu toco atualmente, nenhum deles tem uma remuneração fixa e nem sequer conhecida.
Ou seja, todo o esforço que eu faço não me traz retorno financeiro, pelo menos não agora no curto prazo.
E o pilar financeiro é um pilar importante para mim… Saber que não estou contribuindo em casa me atormenta.
Saber que isso é uma escolha minha, me perturba ainda mais.
E não importa as milhões de outras tarefas que eu exerço, incluindo a maternidade por si só – que já é tarefa mais do que suficiente para uma mãe sozinha.
Eu não consigo me contentar em não colocar dinheiro em casa.
Milhões são meus planos para que isso mude, mas isso exige uma mudança.
A MELHOR SEMANA DA MATERNIDADE
Ao longo dessa semana, foram incontáveis os momentos de felicidade junto a minha filha.
Cada sorrisinho, cada parte do crescimento dela que eu me permiti acompanhar de perto.
Ficar sentada sozinha, se virar sozinha, nascer o primeiro dentinho.
Cada dia é uma conquista e, a cada noite que ficamos em família em casa, mais um momento de celebração.
Tem dia que, depois que ela dorme, eu e marido deitamos no sofá e ficamos apenas agradecendo esse momento delicioso que estamos passando!
Todas as escolhas que nos permitiram ter essa nossa casa, essa nossa rotina.
Foram alguns pequenos momentos que me encheram de realização interna!
É como um sonho sendo realizado… Na verdade, é um sonho sendo realizado!
É a minha família sendo construída, com os valores que eu quero dar, com a rotina que eu valorizo.
Não tem nada melhor do que ficar nós 4, em qualquer canto da casa, curtindo uma noitinha juntos!
A mais completa realização me preencheu nesses dias e eu me senti plena e feliz.
Exceto pelo fato que, nos momentos seguintes, eu lembrei que era hora de começar o expediente – e pouco importava se já passava das 22h…
E encerrei os momentos mágicos para trabalhar… Um trabalho que, no curto prazo, não me remunera.
Exceto pelo fato de que eu sei que, se nada mudar na minha vida, eu vou continuar com o pilar financeiro abatido e sentindo essa angústia e essa frustração.
Mas está tudo tão bom, tão delicioso, tão intenso… Que eu não tenho nem vontade de mudar nada…
Ah, como é difícil equilibrar todos os pilares da vida ao mesmo tempo…
Como é duro viver com esses questionamentos, inseguranças e incertezas.
Ninguém disse que seria fácil né… Mas quando estamos no meio do furacão, parece ainda mais difícil…
Então eu me apego ao meu muro de curto prazo, onde sei que nos próximos 3 anos terei que me contentar com baixa realização profissional e financeira.
E me apego mais ainda àquela frase que toda mãe diz e eu assino embaixo: curte que passa rápido.
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Oi Pri… conforme conversamos muito este fds… é só ter calma e dar tempo ao tempo… assim que você se encontrar e SEI QUE VAI RAPIDINHO … tudo se encaixará… a maternidade, o retorno financeiro e essa paz interior que tanto almeja…. Já te disse que pra mim você é uma mulher surpreendente e que admiro cada vez mais… e posso te garantir e falar com toda convicção do mundo, você é uma mamãe incrível e será para Nati com certeza o que minha mamis é pra mim…. Conte comigo sempre…. Amo muito essa família….