Tempo de leitura: 7 minutos
NÃO É DO DIA PRA NOITE… MAS ALGUMAS COISAS MUDARAM COM A CHEGADA DOS 30! ESPECIALMENTE ÀQUELAS RELACIONADAS A VALORIZAÇÃO DO MEU TEMPO
Nada né… Só que não!
Essa brincadeira (sem graça) do dia anterior ao nosso aniversário para o dia seguinte, nos dando a impressão de que a vida não mudou nada quando mudamos nossa idade, passou por aqui…
Talvez quando eu fiz 18, ou 21, até poderia ter tido essa impressão.
Afinal de contas, são tantas mudanças acumuladas nessa idade que realmente parece que fazer aniversário não muda nada na nossa vida.
A cada semestre uma novidade, uma conquista diferente – a gente vai até se acostumando a ter sempre coisas novas acontecendo.
Mas lá para os 20 e tantos anos a vida vai tomando seu próprio ritmo, conhecendo sua própria dinâmica.
E pum! Chegou o dia de apagar as velinhas do 3.0!
3 décadas de existência nessa encarnação, muitas histórias para contar, muitos aprendizados, muitos erros…
Se eu fosse ficar aqui falando sobre como foram meus 30 primeiros anos daria um livro kkkk
Então resolvi focar em apenas 3 mudanças. “Apenas” porque, na minha visão, foram as 3 principais.
O “resto” pode ficar nessa categoria aí de que não muda nada…
#1 – A MANEIRA DE ENCARAR MINHAS AMIZADES
Sem sombra de dúvida o que mais mudou com a chegada dos 30 foi a forma como eu encaro minhas amizades.
Não foi uma mudança assim, do dia para noite – foi construída ao longo dos últimos 2, 3 anos. Mas foi uma mudança radical sim!
Me lembro muito bem quando eu ainda estava no colegial, rodeada de amigos e compromissos em todos os finais de semana…
De repente eu olhava para um primo, ou até mesmo para amigos da minha mãe – na época nos seus 30 e poucos anos e pensava: “nossa, como eles são cheios de mimimi pra amizade…”
“É tão fácil pegar o telefone, ligar para a pessoa e combinar de sair”
“Eita… o que aconteceu com aquela turma que postava foto todo final de semana no orkut e agora não existe mais?!”
É, pois então… Não é apenas o orkut e o telefone que não existem mais…
Instagram e whats app estão com funcionalidades mais avançadas de combinar o que fazer com os amigos, e depois colocar uma foto no seu perfil.
Mas o que mudou?! Ah, foram os 30 aninhos…
A proximidade dos 30 me fez encarar minhas amizades de uma forma diferente, dando um valor muito maior ao meu tempo.
Aos 20 e poucos, eu queria pertencer. Queria pertencer a um grupo de amigos, e pagava um preço por isso.
- Esse preço era traduzido em roupas que eu não me sentia bem de vestir;
- Em frequentar lugares que não necessariamente me faziam feliz;
- Sair em dias que eu queria ficar em casa;
- Comer e beber coisas porque todo mundo fazia assim;
- Discutir assuntos que não me interessavam;
- Em achar que eu estava errada porque era diferente dos demais integrantes do grupo.
Meu único objetivo era pertencer. Ser aceita.
Com a chegada dos 30 eu entendi que eu precisava ser aceita, primordialmente, por mim mesma!
E, para que isso acontecesse, eu preciso andar com pessoas que me aceitem do jeito que eu sou e me fazem evoluir ainda mais.
Ou, em outras palavras, investir meu tempo em pessoas que vale a pena esse investimento – que me trazem novos conhecimentos, boas energias, desafios!
Aqueles amigos da infância/adolescência continuam e sempre terão um lugar privilegiado no meu coração.
Afinal de contas, dá um orgulho imenso aos 30 saber que tenho amigos que me acompanham há mais da metade da minha vida.
E se você é um deles e está lendo esse post, saiba que eu amo você!!
- Mesmo que a gente não se encontre mais todo final de semana…
- Mesmo que os assuntos que eu gosto hoje não te interessem mais…
- Mesmo que tudo que você sabe de mim é o que eu posto no Instagram (e vice versa).
Toda vez que tiver a oportunidade de te ver e te dar um abraço vai ser com o mesmo carinho que sempre tive por você.
Aos amigos que fiz mais recentemente – vocês também moram no meu coração!
Com certeza se eu me aproximei de você nos últimos 3, 4 anos, é porque você agrega algo na minha vida.
Até porque, com a chegada dos 30, fui ficando bem seletiva nas pessoas de que me aproximo…
E está tudo bem se agora, ao invés de sair no sábado a noite, eu passo algumas horas do meu dia conversando por whats app com você!
A maneira como eu encaro minhas amizades mudou e você faz parte disso tudo.
E talvez aos 40 mude tudo de novo…
E está tudo bem se você não fizer mais parte da minha vida até lá – vamos curtir o momento que temos caminhadas parecidas!
É assim que me parece ser a vida – gente entrando, gente ficando, gente saindo…
#2 – ENCARANDO MELHOR O MEU TEMPO
Tempo é dinheiro né?!
Pois então… Com a idade isso vai ficando cada vez mais claro para mim!
Ainda mais depois que eu comecei a empreender e ter a dimensão de que qualquer hora do dia pode ser hora útil.
Não é mais só aquelas 8 horas do trabalho…
Ah, o dia passa literalmente a ter 24 horas né!
Até dormindo é possível fazer alguma coisa – e tenho certeza que faço bastante coisa dormindo!
Valorizar mais meu tempo é algo que mudou muito na minha vida com a proximidade dos 30.
Escolher melhor meus hobbies, meu momento “sem fazer nada”.
Com a chegada dos filhos então… Uau, fiquei ainda mais seletiva na gestão do tempo.
Isso me fez conhecer, estudar e usar intensamente técnicas de produtividade.
Me fez ser mais focada, mais assertiva. Saber melhor o que eu quero da vida e como eu estou andando para esses objetivos.
Gestão do tempo: como eu queria ter aproveitado melhor ele no passado… Mas que bom que agora tenho a impressão de aproveitá-lo super bem!!
#3 – O QUE EU FAÇO NO MEU TEMPO “INÚTIL”
É, você já percebeu que as grandes mudanças com a chegada dos 30 estão relacionadas a como usar meu tempo, né?!
E olha que eu achava que já era expert nisso aos 20… Mas entendi que sempre dá para melhorar!
A proximidade dos 30 me mostrou uma forma ainda mais intensa de usar meu tempo inútil, ou tempo livre.
Ainda mais com a maternidade…
Aquele tempo que a gente chama de “hobby”, tá ligado?!
Então, no passado eu tinha hobbies diferentes dos que eu tenho hoje.
Uma parcela grande dos meus hobbies eu transformei em trabalho.
Será que hoje eu trabalho mais do que antes? Não tenho dúvida!
Mas não é assim que eu encaro isso não…
Encaro como tendo mais tempo para me divertir, fazendo algo que eu amo.
Ainda sem ganhar todo o dinheiro que eu quero, mas isso é passageiro, tenho certeza!
O fato é que eu troquei muito a maneira como encaro meu tempo de hobby.
Um exemplo prático disso é a televisão.
Eu nunca fui de assistir televisão, nunca gostei.
Mas assistia para pertencer…
E, especialmente, para agradar meu marido.
Um filminho aqui, um cineminha ali…
Hoje já sou bem direta e reta: não quero assistir nada… Prefiro fazer outra coisa.
A gente vai ficando mais “chato” e seletivo com o que gostamos ou não de fazer, com quem gostamos ou não de estar.
E essas para mim foram as principais mudanças que a terceira década de vida me trouxe.
E por aí, quais foram as grandes mudanças?