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ENTRAR NO MUNDO DAS BABÁS FOI UM TESTE PARA MIM – QUE FOI APROVADO!
Resolvi entrar no mundo das babás e, vim neste post, te contar como foi minha experiência.
Porque eu acredito que na vida tudo é teste!
E, se algo está bom mas podemos ter uma ação para melhorar, é isso que devemos buscar.
E foi por isso que eu cheguei nesse teste.
Esse post faz parte da Categoria Mamãe Pri Nunes, onde eu divido relatos, experiências e estudos sobre a maternidade. Veja aqui mais posts da fase: “do andar ao falar”.
PORQUE EU RESOLVI ENTRAR NO MUNDO DAS BABÁS
Minha filha frequentou a escolinha dos 8 aos 12 meses – mesmo sendo essa uma alternativa que eu era contra desde o princípio.
Mas com a virada do ano resolvi tirar ela da escolinha – e já contei sobre isso nesse post.
Ela saiu da escolinha dia 15 de dezembro.
No dia 17 começaram as visitas que eu costumo receber no verão na minha casa.
Elas se estenderam até o final de janeiro então, por 45 dias, eu tive suporte de família para me ajudar.
O que foi não só ótimo, foi excelente!
Além de conseguir trabalhar bastante, ainda curtimos e aproveitamos muito minha família!
Porque uma coisa é ir até eles – e eles estarem em sua rotina normal.
Outra coisa é eles virem até mim, em clima de férias.
Foi sensacional!
E, como tudo que é bom acaba, hora de voltar a vida normal.
Fevereiro seria meu mês de teste com babás – já sabia disso há algum tempo.
Teste pelo seguinte: no meu plano inicial, meu marido tiraria férias em março.
Então, caso eu colocasse minha filha na escolinha, eu teria que pagar mensalidade de janeiro, fevereiro e março e, como as aulas começavam no meio de fevereiro, ela acabaria em, 3 meses de mensalidade, frequentando apenas 15 dias – que ainda seria o período de adaptação.
Economicamente dizendo, nada inteligente essa opção, certo?!
Por isso eu juntei o fator econômico com a vontade de testar outra opção e resolvi que, em fevereiro, eu testaria como seria o mundo das babás.
Diante desse teste, eu tomaria minha decisão final quando voltássemos de férias.
O fato é que as férias do meu marido mudaram no meio do caminho, e o período de teste se estendeu.
Mas o teste em si foi o mesmo!
FINANCEIRAMENTE FALANDO
Minha hipótese inicial era a seguinte: pago R$ 1.000 por mês para a escolinha (sim, é um absurdo para um bebê de 1 ano).
Com esse valor, tenho 15 horas por semana livre e, toda dor de cabeça de logística, acordar cedo, montar lanche e mochila todo dia – que já contei aqui.
Além disso, quando a virose/gripe/conjuntivite rola solta na escolinha, uma coisa é certa: 15 dias em casa, mais médico, mais farmácia – e isso acontece pelo menos 1 vez por semestre (pelo menos, repito! – há quem diga que é 1 mês na escolinha e 15 dias em casa…)
Então, se eu arrumasse uma opção que me custasse menos que R$ 1000/mês e me desse mais benefícios do que o que eu tinha na escolinha, financeiramente valeria a pena. Certo?!
Essa passou a ser minha meta financeira.
MAS NÃO É SÓ A PARTE FINANCEIRA
Não, não é só de financeiro que vivem as decisões na maternidade.
Dentro do meu teste, além da parte financeira, ainda estava incluso testar:
- Se eu ia gostar da(s) pessoa(s) que eu escolhesse para ficar com minha filha;
- Se eu ia conseguir trabalhar tranquilamente fechada num quarto enquanto elas ficavam em outro lugar da casa – algo que agora era possível, após a minha mudança.
Portanto o teste era composto do tripé: financeiro + a babá + minha adaptação.
ENTRANDO NO MUNDO DAS BABÁS
Eu não tinha a menor ideia por onde começar a buscar babás…
Então comecei pelo jeito que achei mais óbvio: pedindo indicações em grupos de mães no Whats App.
De lá, me surgiram dois contatos.
Estou aqui contando minha experiência e, por isso, vou preservar nomes. Não quero, de forma alguma, ofender ninguém – até porque entendo o profissionalismo de cada um que participou da minha vida.
Meu único objetivo aqui é compartilhar minha experiência com outras mães que possam estar passando por decisões parecidas com as minhas.
A babá 1 me atendeu super bem, mas não tinha disponibilidade – e me indicou a babá 3.
BABÁ 2
A babá 2 também me atendeu prontamente, e tinha disponibilidade.
No dia combinado ela veio e se deu super bem com a Naty.
Uma moça jovem, bem quieta e na dela.
Soube lidar bem com algumas situações, mas nem sempre tinha a iniciativa de resolver o chororô do desaparecimento da mamãe de uma forma eficiente.
E sim, dói ficar ouvindo seu filho berrar do outro lado da porta.
Não há fone de ouvido que te faça se concentrar com os berros logo ali.
Eu gostei dela.
Mas, logo na segunda vez que ela veio até minha casa, disse que não poderia mais vir pois havia arrumado um emprego fixo.
BABÁ 3
A babá 3 eu fui conversar com ela em um dia.
Uma mulher com um pouco mais de idade, bem decidida, faladeira!
Gostei muito dela, da maneira como ela se expressou. Ganhou minha confiança.
No dia combinado de ela iniciar as atividades em casa eu tinha 3 reuniões agendadas.
Uma hora antes de ela chegar eu mandei mensagem para ela me avisar quando estivesse chegando para eu descer receber ela.
Daí ela respondeu que estava doente e não viria.
Acho que nunca mais na vida eu vou me esquecer desse dia. Eram 9h30 da manhã – minha primeira reunião começava às 10h30.
Foi uma superação para mim.
Eu verdadeiramente não sei se ela estava doente ou não, e não cabe a mim julgá-la.
Só não concordo com a postura de me avisar 1 hora antes, só porque eu perguntei.
Eu sei que nesse dia respirei fundo, e absorvi toda a responsabilidade para cima de mim.
Relembrei internamente que entrar no mundo das babás foi uma escolha única e exclusivamente minha, e que não adiantava nada eu jogar a culpa em ninguém.
Eu tinha 1 hora para resolver meu problema até minha sequencia de reuniões começar.
Eu poderia cancelar meus compromissos? Sim, poderia. Mas… até quando isso ocorreria?
Respirei fundo de novo e comecei a buscar soluções.
Chamei a babá 2, e ela não podia me ajudar naquele momento.
Chamei outra amiga que de vez em quando quebrava um galho para mim, e ela também não podia me ajudar.
Entrei na primeira reunião com minha filha – foi a saída que eu tive.
Felizmente ela se comportou super bem e eu, não sei de onde tirei forças, mas consegui ficar concentrada na reunião e fazer um ótimo trabalho!
Ao terminar a reunião, respirei fundo de novo. As próximas duas reuniões eram impossíveis de eu fazer com ela.
Coloquei o rabinho no meio das pernas e pedi socorro pro papaizão.
Era minha última opção.
Tá, é claro que ele adorou sair do trabalho numa sexta-feira a tarde pra ficar com nossa pequena né?!
Mas a questão não era essa. Isso não poderia se tornar um hábito. Foi apenas um quebra galho.
Eu não posso negar que, nesse momento, apesar de não ter ninguém da família por perto eu tenho um super parceiro!
Se não fosse a ajuda dele, meu dia teria sido outro.
Às 13h ele estava em casa e, logo em seguida, foram mais 2 reuniões intensas.
Esse foi um dia de superação para mim – sim, já falei isso. Mas precisei repetir e me parabenizar muitas vezes ao longo do dia.
Vejo que, quantas outras mães na mesma situação que teriam jogado toda a culpa em cima da babá 3… E ficariam o final de semana inteiro xingando ela.
É nesse momento que eu gosto de focar na solução e não, nunca, no problema.
Nem preciso dizer que a babá 3 nunca mais me contatou e vice-versa, né?!
BABÁ 4
Então, superado esse episódio de ter ficado na mão, eu fui para a última alternativa que entendia ter no mundo das babás: a agência de babás.
E sim, a agência (Kanguru), superou todas as minhas expectativas – de atendimento, claro. Porque o bolso doeu!
Fui super bem atendida e, em menos de 1 dia, tinha tudo resolvido para a minha situação.
Me custou caro?! Sim, bem caro. De forma mais específica, o dobro do que me custava as babás de 1 a 3.
Só que a babá 4, indicada pela agência, veio para dar um show!
Totalmente treinada e comprometida, me fez perceber que essa opção realmente era uma opção válida na minha vida.
Ela não só cuidou muito bem da minha filha, como teve firmeza para distraí-la nos momentos de despedida e me deixar tranquila enquanto trabalhava.
Só que não parou por aí…
Tudo que ela usou na casa, ela guardou no lugar…
Se brincou e bagunçou, tudo voltava ao seu lugar antes de ela ir embora.
Até a louça que eu deixei do almoço ela lavou!
Uma pessoa de uma educação fantástica, extremamente comprometida.
Eu não tenho palavras para descrever a minha satisfação com esse serviço! Foi fantástico, me deu toda a segurança que eu precisava para continuar meu processo de decisão.
VOLTANDO AS DECISÕES
Meu teste do mês de fevereiro foi concluído.
Relembrando minhas hipóteses iniciais…
Eu precisava ver se encontraria uma pessoa que eu gostava.
Depois de 4 testes e de pagar bem mais caro do que eu pensei sim, eu encontrei uma pessoa que atendeu e superou minhas expectativas.
Alguém com quem, 6 dias depois de ter ficado com minha filha, eu deixaria de olhos fechados.
Alguém que me deixou segura e confortável com a decisão.
Então sim, esse teste passou!
A segunda hipótese era se eu conseguiria trabalhar em casa, ao mesmo tempo que tivesse alguém cuidando da minha filha.
E a resposta também foi sim!
É claro que as vezes dói um pouquinho ouvi-la aos berros me procurando, mas tudo bem – eu já sabia que isso ia acontecer.
Sabendo que tem alguém do outro lado da porta que sabe lidar com a situação, é super confortável para mim trabalhar no aconchego do meu lar e, nos intervalinhos do trabalho ir dar um cheiro na minha pequena.
Portanto, em termos de hipóteses não econômicas – o teste foi aprovado!
Muito melhor ter alguém que vem até mim e eu não preciso pegar trânsito, arrumar lanche, mala, nem acordar cedo.
Na prática, se a questão financeira não fosse necessariamente uma restrição, eu teria sim uma babá em casa o dia todo.
É maravilhoso – ainda mais para mim que trabalho em casa.
É melhor do que levar na escola? Há controvérsias.
Mas eu gostei muito desse modelo, não posso negar.
Mas… Tem a questão financeira.
VOLTANDO ÀS CONTAS
Esquecendo toda a parte emocional da decisão e focando apenas no lado financeiro, falando de forma extremamente fria… A conta final é a seguinte:
Na escola, são R$ 1.000 por mês e eu ganho 15 horas úteis por semana para trabalhar (sendo 3 horas por dia) – mais o stress de acordar cedo, pegar carro, arrumar mochila e comida.
Com a babá, são R$ 1.000 por mês e eu ganho 9 horas úteis por semana para trabalhar (três* horas três dias por semana) – isso considerando a babá 4, que eu gostei!
E eu não tenho que me preocupar em levar na escola, e minha casa fica toda arrumada quando ela vai embora.
* Só para constar, minha babá fica 4 horas em casa. Mas uma hora eu sempre acabo utilizando para recebê-la, despedir dela e conversar um pouco – afinal de conta, são seres humanos dentro da minha casa e merecem atenção!
Com as outras opções de babá que eu tive, eu estaria pagando os mesmos R$ 1.000 por mês mas teria cerca de 15 horas úteis para trabalhar – o que na prática então, daria elas por elas.
Só que, infelizmente, eu não achei ninguém que me satisfizesse a este preço.
E cuidar da minha filha não é algo onde o fator financeiro é o mais alto peso.
CONCLUSÃO FINAL
Chegando ao final da minha análise e do meu mês de teste, eu conclui que ter uma babá em casa, no formato que eu tive neste mês, melhora minha qualidade de vida frente a ter minha filha na escolinha.
Pelo mesmo preço, eu perco algumas horas por semana (fato!) mas, felizmente, tenho conseguido adaptar minhas atividades e desenvolver mais atividades com ela junto.
Ou seja, as horas que eu “perdi” não tem me feito tanta falta assim.
O ponto é, eu gostei sim do modelo de babá. Gostei mesmo!
Se pudesse contrataria para todos os dias!
Então teste por teste, temos um resultado final, que será replicado mais um mês enquanto não chegam as férias do meu marido.
Teste por teste, já tenho meus argumentos prontos pra minha tomada de decisão, que será quando retornarmos das férias.
Só tem um pequeno detalhe…
De todo o teste que meu coração me manda fazer, ainda está faltando uma experiência: ter uma au pair.
E esse dia chegará, estou ansiosa por ele!
Quando acontecer, eu volto aqui para te contar como foi!!
Esse post faz parte da Categoria Mamãe Pri Nunes, onde eu divido relatos, experiências e estudos sobre a maternidade. Veja aqui mais posts da fase: “do andar ao falar”.