Tempo de leitura: 6 minutos
CONTINUO RESPEITANDO MUITO TODOS OS SACRAMENTOS DA IGREJA CATÓLICA. MAS NÃO SOU MAIS UMA CATÓLICA…
É, vamos com calma e muito cuidado com esse assunto!
Religião é algo difícil de discutir, porque cada um tem suas crenças.
E eu não quero magoar ninguém com esse post – especialmente meus avós, que tanto me instruíram para este caminho.
Eu simplesmente encontrei um novo caminho na minha vida – e demorei muito para aceitar isso dentro de mim.
Nesse post, eu estou contando como aconteceu essa decisão e porque eu deixei de ser católica.
E você pode acompanhar a continuação dessa história na categoria Pri Nunes Espiritual.
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OS SACRAMENTOS NA MINHA VIDA
O batizado é um sacramento para a Igreja Católica, o primeiro que recebemos.
Eu fui batizada ainda bebê e meus padrinhos são meus avós maternos.
O papel principal dos padrinhos de batismo, ao meu ver, é orientar seu afilhado nos caminhos da Igreja Católica.
Sem a menor dúvida isso meus padrinhos fizeram bem! Bem até demais…
Eu fiz toda a carreira católica possível… Fui batizada, fiz primeira eucaristia, crisma, me casei na igreja…
Mas sentia um vazio imenso… Uma cobrança interna enorme dentro de mim.
Seja porque eu mesma me cobrava, seja porque meus padrinhos me cobravam.
Até minha crisma, eu até frequentava a igreja relativamente bem – ia às missas uma vez por semana, levada por meus avós ou pela minha mãe.
Entre a crisma e meu casamento, eu sumi da igreja. Achava que tinha coisa mais legal para fazer no final de semana do que ir à missa (eh saudades da adolescência!).
Quando eu me casei eu assumi novamente, para mim, o compromisso de frequentar a igreja – mas agora já de maneira consciente, já que eu já era adulta e dona da minha própria vida.
Então depois do casamento, eu comecei a carregar comigo uma culpa sem fim.
Culpa por não ser a católica que eu deveria ser. Culpa por não ir à missa todos os finais de semana.
A cada missa que eu frequentava (geralmente no final do ano), eu me sentia mais e mais culpada – e a promessa de melhorar no ano seguinte retornava.
Quando eu me mudei para Florianópolis, eu aumentei minha frequência na igreja – e até comecei um curso de estudos bíblicos.
Aí vida vai, vida vem e, no meio do meu segundo processo de coaching a ficha caiu.
Eu identifiquei que eu não frequentava a igreja por mim. Eu frequentava para atender às expectativas que minha família tinha colocado em cima de mim.
Eu não sentia prazer em ir à missa. Sim, me trazia um momento de paz, mas a cobrança interna era muito maior.
Eu adorava ir à missa para cantar! Até por isso as celebrações de final de ano eram as mais legais, porque tinham as músicas mais conhecidas!
Porém, eu me revoltava com a forma como certas coisas eram tratadas na igreja católica. Não conseguia concordar com mais da metade das atitudes que vivenciava.
Achava uma perca de tempo as horas que eu tinha que passar dentro da igreja. Sentia estar tirando de mim horas que eu poderia estar fazendo outra coisa mais interessante.
Durante esse exercício de autoconhecimento eu olhei para dentro de mim e me questionei porque eu era católica.
E a resposta que eu encontrei foi: porque esse é o caminho que desenharam para mim.
Porque quando eu nasci eu fui batizada. Ainda criança, fiz a primeira eucaristia.
Já adolescente, fui orientada e estimulada a fazer a crisma.
E, quando me casei, não tive a menor dúvida de me casar na igreja – todo mundo casava, porque eu não?
O INÍCIO DOS QUESTIONAMENTOS
Ao longo de toda minha vida, eu não tive nenhuma oportunidade de conhecer outras religiões.
Muito pelo contrário, outras religiões eram vistas como algo ruim, pejorativo, errado.
Eu nunca fui a um culto. Até então, não havia entrado em uma casa espírita – além de ter medo disso…
Sequer tinha conhecimento de outras religiões.
Só conhecia o catolicismo. Só o catolicismo era correto para mim.
Foi nesse processo de conhecimento de mim mesma que minha cabeça se abriu – e eu identifiquei que não queria mais seguir o catolicismo.
Eu não deixei de acreditar em Deus. Meus valores não mudaram. E eu não deixei de ser uma pessoa do bem.
Eu apenas identifiquei que ser uma católica mais ou menos não era para mim. Eu não gosto de ser mais ou menos. Gosto de fazer bem tudo que eu faço, e eu definitivamente não era uma boa católica.
Por isso, definitivamente, deixei de ser católica.
Deixei de frequentar a Igreja e, principalmente, deixei de ter culpa por não ter ido a Igreja.
Confesso que no final do ano ainda é estranho para mim não ir à missa…
Mas, no restante do ano eu sequer me lembro que deixei de ir à Igreja…
Eu não tenho nada contra quem é católico. Simplesmente sei que isso, hoje, não é para mim.
Se eu voltasse no tempo e me casasse de novo, existem chances enormes de meu casamento não ocorre na igreja.
E O QUE EU SOU AGORA?
Não sei… Talvez nada?! E porque teria que ser?
Desde quando é necessário pertencer a uma religião, isto é, ter um rótulo para acreditar em Deus? Para ter suas próprias crenças, exercer sua gratidão, fazer o bem?
E outra, não sei se é extremamente necessário ser excludente: sou dessa religião e por isso não sou daquela, e vice-versa (na verdade acho que isso de excluir é regra de igreja católica).
O fato é que, no momento que escrevo esse post, faz aproximadamente 1 ano que eu não me considero mais católica.
Mas até o momento não decidi se sou frequentante de outra religião ou não.
Tenho me simpatizado (e estudado) muito o espiritismo – veja aqui como eu iniciei meus estudos na doutrina espírita.
Mas não quero colocar rótulos em mim mesma, nem para mim mesma. Até porque eu queria fugir da cobrança, lembra?
E o mais importante de tudo é que hoje eu me sinto bem comigo mesma. Em paz. Tranquila.
Pratico meditação e exerço a gratidão de maneira muito mais intensa do que quando me considerava católica.
Me sinto muito mais conectada com a natureza e com as pessoas.
Eu me aceito assim! Eu me amo assim!
E sei que ainda tem um mundo para descobrir sobre esse assunto dentro de mim.
Viajar para dentro de mim mesma e encontrar respostas que estão lá escondidas… Nos caminhos não óbvios da vida.
É só o começo…
PS: Muita coisa aconteceu depois que eu escrevi esse post. Se quiser conhecer mais da minha jornada espiritual, cadastre-se para receber meus emails!
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Oi minha linda… me conhece muito bem para saber que compartilho dos mesmos sentimentos que vc sobre a minha ” escolha religiosa”… creio muito em DEUS, rezo do meu jeitinho pra ele todos os dias e falo muito com minha mãe ..acreditando que está ao lado Dele me ouvindo….
Espero que se encontre, se achar necessário ” ter uma religião”, ou que se encontre acreditando no que lhe faz feliz…. conte sempre comigo…
bjao
te amo
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Obrigada Fabi!! Sabe que você tem papel fundamental nessa jornada e sou muito grata a você por isso!! E é só o começo…
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Compartilho os mesmos sentimentos. Já faz alguns anos que frequento a religião Espírita e ao mesmo tempo estudo a Espiritualidade em geral, a física quântica. Meu esposo me convidou para ir ontem na Católica com ele e eu achei que me sentiria bem e que apesar de me considerar espiritualista seria capaz de frequentar qualquer religião. Mas me enganei. Não me senti nada bem na missa e no momento só pedia perdão pra Deus por ter esse sentimento. Mas depois refleti bem e vi que não me encaixo mais na Católica e que na verdade nunca me encaixei. Quando vou na Espírita consigo sentir a vibração dos seres de luz e me concentro nisso. Na católica é cheio de rituais, fala do pecado, do sofrimento. Não é que quero pra minha vida.