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AGUENTAR A MÃE: O PRINCIPAL DESAFIO DA PATERNIDADE!
Nesse post eu estou vindo contar algumas experiências que estão ocorrendo na paternidade dentro de casa.
Meu marido não vai invadir o blog para escrever o relato dele… Então eu estou tomando as opiniões dele e vindo aqui compartilhar alguns sentimentos dele que conversamos bastante.
É, porque a maternidade é sim difícil – e isso, tudo mundo está cansado de saber!
Mas eu estou chegando a conclusão de que a paternidade também não é fácil viu…
Claro que existem pais e pais! Felizmente meu maridão é super companheiro e participativo!
Ele me ajuda muito na criação da nossa filha e eu tenho uma plena sensação de responsabilidades divididas.
Por isso talvez estejamos encontrando tantos desafios, tanto na maternidade quanto na paternidade.
TORNANDO-SE PAI
Quando a Naty nasceu, a dificuldade da paternidade era dar conta das atividades da casa – e eu já contei mais sobre isso nesse post.
Foi muito bom poder contar com ele! Ele deu conta de tudo sozinho: roupa, limpeza de casa, comida, Paçoca (nossa cachorrinha), compras externas (supermercado, farmácia)…
Por vários dias no início dessa fase eu me sentia inútil por “só” cuidar de mim, recuperando do parto, e da bebê – embora eu soubesse que essa também não era uma tarefa fácil, e era a minha tarefa do momento.
Mas ver ele para lá e para cá o dia inteiro era um desafio para mim, que sempre fui muito companheira em todas as atividades – inclusive as domésticas.
Na verdade até hoje, com a neném com 6 meses, ainda tem muitas coisas que temos que fazer em separado.
Sempre tentamos fazer companhia um para o outro – pelo menos estando no mesmo ambiente, já que nem sempre dá para colocar a mão na massa junto.
É, dá saudades de cozinhar com calma a dois… Limpar a casa mais rápido por fazer o serviço em 4 mãos.
Mas… Faz parte das mudanças da estrutura da família, as quais já sabíamos que iriam ocorrer.
Depois desse início, ele voltou da licença paternidade.
Entre o segundo e o terceiro mês a Naty ainda ficava bastante com ele (sem choro) – ela ainda não me reconhecia exatamente (como é hoje!).
Então a ajuda dele era fundamental para dividir não só as tarefas de casa como também os cuidados com ela: banho, troca de fraldas, entre outras.
DIVIDINDO A NENÉM
Depois de um tempo, nós conseguimos equilibrar os papéis em casa – e restabelecemos uma nova rotina de atividades de cada um.
O novo desafio da paternidade passou a ser a divisão de ficar com a neném.
Nossa realidade há alguns meses é a seguinte: eu passo o dia todo sozinha com a Naty, literalmente contando os minutos para ele chegar.
Embora ela fique super bem comigo, não chora durante o dia, eu fico esperando a chegada da companhia.
Quando ele chega, eu quero correr ir tomar um banho, ir no banheiro…
Quero ter um diálogo de adulto – e não ficar falando com criança como já fiz o dia todo!
O que eu mais quero é que ela saia do meu colo. E tudo que ela mais quer é continuar no meu colo…
Eu já contei aqui como foi nosso processo de adaptação para que ela pudesse ficar melhor com ele – o que é um alívio!
Agora, ela já está se divertindo ficando com ele! Tem dias até que ela pula para o colo dele, o que me deixa feliz da vida!
E não é só a necessidade de tirar do colo e evitar choros. É a necessidade de ficar o dia todo de bom humor, dando sorrisinhos, conversando de modo infantil.
É a carga mental de ficar ligada em todos os movimentos, não deixar cair, machucar, mudar de posição quando se irritou com a que estava.
É uma energia gigante que vai embora dia após dia, só de ficar lidando com a situação.
É uma delícia passar o dia com uma criança, mas esgota a gente!
Tem hora que tudo que eu quero é ficar em silêncio, sem dever satisfação para ninguém.
Ou apenas assistir um vídeo sem um fundo de choro.
E confesso que meu marido tem sido fundamental em muitas dessas horas!
Por isso eu fico literalmente contando os minutos para que ele chegue e eu tenha minha 1 hora de paz, recarregando as energias para iniciar o turno da noite – que entra colocar a bebê para dormir, outro dispêndio enorme de energia!
Agora, de longe, a principal dificuldade da paternidade é… aguentar a maternidade!
SUPERANDO O PUERPÉRIO
Puta merda, o puerpério é terrível! E olha que eu sou calma hein…
Por muitos dias eu tive vontade de jogar meu marido pela janela…
Tinham dias que eu fazia contagem regressiva para a chegada dele (esperando literalmente na varanda), e logo que ele chegava, fazia contagem regressiva para o momento que ele fosse embora novamente.
Como é instável o humor da mãe…
Porque eu fico o dia inteiro sozinha esperando ele chegar. E, daí quando ele chega, pega a neném e começa o choro, isso me sobe a cabeça…
Aquilo me dá uma revolta interna, uma sensação ruim.
Eu sei que não é culpa dele, é a situação como um todo. Mas é bem difícil não jogar a culpa diretamente em cima dele.
Daí eu fico querendo que ele faça mais, se esforce mais… E muita vezes eu não tenho a empatia suficiente para me colocar no lugar dele.
Porque se é chato para mim ela sair do meu colo e chorar no dele, pensa para ele…
Que quer ajudar, que quer me dar esse tempinho… Que também chegou do trabalho cansado, quer apenas um momento de paz… E já está começando o novo turno, agora em casa.
Tem hora que é bem difícil reconhecer as necessidades do outro. Tem hora que e difícil praticar a tal da empatia.
E olha que eu estou escrevendo esse post e já faz alguns dias que nenhum desses episódios aconteceram – por isso estou super calma quanto a esse assunto!
É engraçado porque muitas vezes que isso aconteceu, acabou gerando um certo stress aqui em casa.
Pensa, eu fico sozinha o dia todo, esperando alguém para conversar. Quando ele chega, acontece tudo isso e tudo que eu quero fazer é espumar a revolta que eu estou sentindo pela situação – e acabar muitas vezes jogando a culpa em cima dele.
É inevitável a geração de conflitos quando um casal se torna pai. Aquela máxima que o casamento tem que estar bom para a chegada de um novo membro faz todo o sentido!
Acabam acontecendo vários desentendimentos no dia a dia é a conversa entre o casal é fundamental.
Aqui em casa felizmente estamos nos saindo muito bem nesses desafios! Bastante serenidade para tratar esses assuntos, bastante respeito ao que o outro está sentindo.
Muitas vezes o silêncio acaba sendo o principal remédio, nos fazendo pensar melhor antes de jogar a culpa em cima do outro.
Olha, não é fácil e acredito que de todos os desafios que eu tenho vivenciado com meu marido com a paternidade, o mais difícil deles é me aguentar!
E olha que eu não me considero uma pessoa de difícil convivência hein (conheço muita gente mais difícil do que eu…).
Eu seguro muito antes de explodir, penso muito antes de tomar uma decisão, escuto bastante antes de falar… E ainda assim não acho tudo isso muito fácil – ainda bem que estávamos preparados!
E no final das contas, está sendo tudo muito gostoso!
Nossa família de fato está formada, nós temos essa concepção familiar, que não somos mais apenas um casal, mas sim uma família!
As prioridades mudam, coisas que faríamos sem ela já não fazemos mais e temos nossa lista de prioridades para curtir ao máximo cada etapa dessa vidinha que vive junto com a nossa!
Os cansaços que nós tínhamos hoje são diferentes, sabemos que esses esgotamentos (físico e principalmente mental) fazem parte do papel de ser pai e mãe e o que muda é a maneira como reagimos a eles.
Para você que ainda vai se tornar pai, segure as pontas aí que a barra é sim pesada – mas é bom demais!
A recompensa da noção familiar é deliciosa e é isso que nos faz ser melhores a cada dia!
E só se passaram 6 meses! Ainda há muito por vir!