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SEJA MÃE… O RESTO, O UNIVERSO SE RESPONSABILIZARÁ DE FAZER POR VOCÊ!
Estava eu em uma roda de amigos onde todos já estão casados e querem ter filhos.
Uns mais cedo, outros mais tarde, mas o fato é que eu era a única mãe de fato da roda.
E o assunto desse grupo, desde algum tempo, tem sido a maternidade/paternidade.
Eu estava comentando sobre meus aprendizados de frustração, que tem sido constantes na minha vida desde que a Naty nasceu.
E sai de lá recebendo vários elogios, da minha coragem, da maneira como eu lido com a maternidade.
Sendo que, dentro de casa, muitas vezes, eu mesma não consigo reconhecer tudo de bom que eu faço por mim, pela minha filha e pela minha família.
Uma amiga em especial me disse: “acho que vou ser uma péssima mãe”.
E eu respondi para ela: “é bem fácil ser uma péssima mãe!”.
Quer saber como faz?! Fica aqui que eu vou te contar…
Esse post faz parte da Categoria Mamãe Pri Nunes, onde eu divido relatos, experiências e estudos sobre a maternidade. Veja aqui mais posts da fase: “dos sorrisinhos aos primeiros passinhos”.
PASSO 1: TENHA UM FILHO
Não precisa engravidar não… Também não precisa ser filho gente…
Serve cachorro, gato, passarinho, peixe…
Mas serve também engravidar, adotar, ser responsável por uma criança por alguns dias ou algumas horas do dia.
Enfim, estar no papel de responsável de alguém.
Pronto, isso já basta para ser uma péssima mãe!
Nada mais precisa ser feito – o universo fará o resto para você!
PASSO 2: ESCUTE
Se você já tem alguém para chamar de filho, pronto, agora é só escutar.
E não precisa ser uma escuta ativa, ou seja, aquela que você vai atrás de receber informações.
Muito pelo contrário, a escuta provavelmente será passiva e muitas vezes indesejada.
Familiares (mais próximos e mais distantes), amigos, conhecidos e qualquer outra pessoa que passar na rua e te ver com um filho no colo: todo mundo tem algo a lhe dizer.
Basta você escutar que você deveria fazer isso, deveria fazer aquilo, que desse jeito está errado…
A escuta passiva infelizmente não temos como ignorar – ela vai acontecer de qualquer jeito.
Mas, se você está em busca de ser uma péssima mãe, basta deixar essa escuta entrar dentro de você e te influenciar.
Se você der bola para tudo que falam ao seu redor, fechou – um péssimo papel como mãe está garantido!
PASSO 3: INSPIRE-SE
Como se não bastasse toda a escuta passiva que você já ganha de brinde do universo da maternidade, você provavelmente irá atrás de uma escuta ativa, certo?!
Vai lá nas mídias sociais (aquela que antes você tinha tempo para ficar bisbilhotando a vida alheia) e procura mães exemplares.
Sim, eu tenho certeza que você vai atrás das mães exemplares… Até porque elas são as que mais tem nas mídias.
Aquelas que deixam seus filhos sempre lindos e arrumados, que fazem comida fresquinha todo dia para eles, que brincam sorridentes o dia todo, que estão sempre de bom humor.
Gaste alguns minutos do seu dia vendo elas, ou melhor, a parte boa do dia delas (que é a parte que elas divulgam).
E tente fazer igual.
E agora, sabendo o que é o “certo” para você, dentro do seu conceito de maternidade, você está com o prato cheio para ser uma péssima mãe.
Porque na maternidade real, nem sempre você vai conseguir fazer o “certo”.
PASSO 4: SE ESCUTE
Aqui está o grande segredo para ser uma péssima mãe: basta você se escutar.
Todo dia… Hum… Ou melhor, todo dia não, todo dia é pouco…
Várias vezes ao dia, vai vir uma vozinha lá no fundo: você está fazendo isso errado.
- Fulano disse que era para fazer assim…
- Ciclano faz assado no Instagram…
- Já vi Beltrano fazer dessa forma e deu muito certo.
Só que, na prática, você não consegue fazer daquela maneira que julga ser certo.
Não consegue porque não tem tempo, porque não é sua prioridade, porque você não sabe fazer, ou simplesmente porque você de fato não quer fazer.
Ou as vezes pelo simples fato de não saber exatamente a melhor maneira de agir em cada situação que a maternidade te coloca.
Dia sim dia sim também, a vozinha interna vai te cobrar, vai te dizer que você está errada, que existe uma forma melhor de fazer as coisas.
E dia sim dia sim também você vai se sentir uma péssima mãe.
Porque é muito fácil ser uma péssima mãe… Basta ser mãe! O restante o universo faz por você.
Agora… quer ser uma boa mãe?!
Inverta os passos!
COMO SER UMA BOA MÃE
Bem, aí eu vou te dizer que não tem segredo.
Tem dias que eu me sinto uma boa mãe, como minha amiga me elogiou.
Mas tem dias que eu me sinto sim uma péssima mãe.
Não sei dizer se meu modelo de maternidade é bom ou suficientemente bom para você.
Só sei que eu me esforço para fazer tudo o contrário do que eu te disse aqui.
Quer ver como?!
PASSO 4: SE ESCUTE GENUINAMENTE
Eu converso muito comigo mesma.
Coloco meus parâmetros, minhas regras, meus desejos.
E me sinto grata e satisfeita com o que eu tenho de retorno das minhas ações – independente se elas são ou estão da forma mais correta possível.
PASSO 3: PROCURO INSPIRAÇÕES
Mas tenho clareza que não são aquelas inspirações lindas das mídias sociais não… Aquelas que só mostram a parte boa da maternidade.
Busco inspirações reais, postagens de blogs, podcasts (amo o tricô de pais e o sinuca de bicos)…
Procuro influenciadores que me instigam a questionar a forma como as coisas são feitas, que me dão argumentos para encontrar o “meu certo”.
Entendo e me lembro diariamente que todos tem tempo ruim – inclusive aqueles que aparentam sempre estar bem.
PASSO 2: NÃO ESCUTO
A escuta passiva?! Exclui da minha vida.
Simplesmente não escuto…
Quando posso, me organizo para que a escuta passiva não chegue até mim.
Quando, por amor e/ou educação preciso ouvir, estou bem treinada para deixar a informação que entrou sair…
Não acho que as pessoas fazem por mal. Elas fazem por amor.
A questão é que muitas vezes os conselhos mais te atrapalham do que te ajudam.
Porque lá no fundo você quer ser aceita…
Para mim, a escuta passiva é extremamente seletiva. E eu sou muito feliz assim!
PASSO 1: TORNE-SE MÃE
É… para ser uma boa mãe não precisa começar sendo mãe…
Porque a boa mãe é a consequência de um preparo psicológico intenso antes (e durante) a maternidade.
Estar de bem com você mesma, devidamente combinada, vai te fazer uma boa mãe – mesmo que você ainda não tenha filhos.
A maternidade não começa quando seu filho nasce. Ela começa quando você decide se tornar mãe.
E não termina nunca.
Dias melhores, dias piores…
O fácil você já tem: ser uma péssima mãe.
O resto, você corre atrás diariamente.
Boa sorte!
Esse post faz parte da Categoria Mamãe Pri Nunes, onde eu divido relatos, experiências e estudos sobre a maternidade. Veja aqui mais posts da fase: “dos sorrisinhos aos primeiros passinhos”.