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SIMPLICIDADE, INDEPENDÊNCIA E PREGUIÇA… ESSES FORAM OS FATORES DECISIVOS QUE ME FIZERAM SEGUIR O MÉTODO BLW NA INTRODUÇÃO ALIMENTAR
É… chegaram os 6 meses e, junto com ele, a necessidade de começar a alimentar minha filha…
E aí, como será que foi essa experiência?
Nesse post eu estou contando porque eu escolhi o método BLW para fazer a introdução alimentar da minha filha.
Também escrevi outro post contando como foi a minha experiência (clique aqui para ler).
Esse post faz parte da Categoria Mamãe Pri Nunes, onde eu divido relatos, experiências e estudos sobre a maternidade. Veja aqui mais posts da fase: “dos sorrisinhos aos primeiros passinhos”.
ESTUDANDO (PRA VARIAR…)
Você já sabe que eu adoro estudar sobre tudo que acontece na minha vida…
Não só sobre a maternidade mas sobre tudo, tudo, tudo…
Durante a gestação, eu inclusive fiz um curso on line com os temas que achei importante estudar (e você pode dar uma espiada aqui)…
Mas depois que minha filha nasceu, eu entrei num jejum de estudos…
Foi uma mistura de preguiça de estudar com uma necessidade de me desligar. Na prática, eu comecei a me sentir melhor sem estudar, sem querer achar motivo para cada choro, para cada reação dela (e eu escrevi mais sobre isso aqui).
Então, de uns meses para cá faz um tempo que eu não estudo.
Mas confesso que isso me fez muita falta quando chegou o momento da introdução alimentar.
Diferente de outras fases da maternidade que eu estava mais preparada, como parto, amamentação, eu senti uma grande insegurança quando tive que fazer escolhas para alimentar a minha filha.
Acabei consultando poucas fontes para tomar as minhas decisões e, embora a intuição realmente nos ajude muito e nos dê a orientação necessária para o que devemos fazer, eu gostaria de ter estudado mais sobre isso.
Numa próxima oportunidade, com certeza introdução alimentar será um tópico mais avançado dos meus estudos…
Mas… do pouco que eu estudei, cheguei a conclusão que existem muitas frentes e muitas teorias sobre a introdução alimentar.
Não há um padrão sobre o que é certo e o que é errado fazer…
Mas, basicamente, eu entendi que existe uma linha da “papinha” e a linha do método BLW.
A linha da “papinha” vai no raciocínio de você cozinhar os alimentos, triturá-los e oferecer na colher para o bebê.
Já a linha do BLW incentiva a oferecer os alimentos inteiros, não só para a criança ter a experiência de tocar neles, mas também para que ela aprenda a mastigá-los.
E, até por ter essa postura “do contra”, eu resolvi encarar a linha do método BLW.
ATRATIVOS DO BLW
Algumas coisas de fato me chamaram muita atenção nessa técnica para eu ter seguido ela.
A primeira delas é a questão da sensibilidade, do toque.
Deixar a criança experimentar os alimentos com as mãos, de sentir eles e não apenas comê-los.
Vejo que aguçar esse sentido, o tato, é uma linha que já é incentivada até para os adultos. Hoje, já existem experiências gastronômicas que tem esse princípio de comer sem talheres.
Nossa cultura impõe o uso de talheres e eu não tenho nada contra isso, mas acho que para as crianças é bem importante o tato.
Sentir a textura de uma fruta, de uma carne, de um legume… Brincar com o alimento, e não apenas ter a obrigação de engolir.
Essa experiência do toque com certeza foi um fator importante na minha decisão.
E… é claro que isso faz uma sujeira danada… E faz mesmo! Mas ok, faz parte da minha escolha de ter encarado esse método.
Um segundo fator que me atraiu muito é a questão da independência de mobilidade da família.
Muitas vezes você está numa viagem, ou em um local que você não consegue cozinhar, triturar os alimentos… Ou apenas nem tem uma colher disponível…
E, pelo BLW, você fica mais independente de todos esses “apetrechos”.
Eu gostei muito dessa liberdade, dessa independência que eu consegui inserir na minha própria rotina.
Um terceiro atrativo foi o aprendizado imediado da criança para mastigar.
Pode até parecer intuitivo para nós, mas não é para os bebês.
O método BLW estimula a criança a mastigar desde o início… As caretas são o máximo mas, desde o início, eles precisam aprender o movimento de mastigar para conseguir engolir os alimentos.
Quando você dá a papinha tudo bonitinho, triturado, o único movimento que ela precisaria aprender é a engolir – não teria necessidade de aprender a mastigar.
Eu consultei alguns sites e me informei sobre a questão do bebê engasgar.
Fiquei bastante segura que realmente não há perigo do bebê engasgar, desde que ele esteja sempre sentado e nunca deitado.
Eu até contei mais nesse post sobre a experiência da introdução alimentar e, é muito legal e muito gratificante eu ver hoje, minha filha comendo há apenas 1 mês e já sabendo mastigar e engolir todos os alimentos.
É uma satisfação enorme ver esses resultados!
O FATOR DECISIVO PARA A ESCOLHA DO BLW
Eu não tenho a menor dúvida de que foi a minha preguiça…
Eu não gosto de ficar na cozinha e ponto final.
Eu tenho preguiça de fazer comida para mim, imagina para minha filha…
Aqui em casa não rola essa história de ir para a cozinha todo dia não…
Aqui rola a “comida da semana”. Cozinhamos uma ou, no máximo 2 vezes na semana, e no resto dos dias viva o micro-ondas!
É claro que eu sei que isso não é bom nem pra gente, quiça para o bebê…
Mas, apesar dessa “preguiça” de ter alimentos frescos, nós nos alimentamos muito bem aqui em casa!
Nosso cardápio tem muitas frutas, verduras, legumes… Nossa alimentação, especialmente durante a semana, é bem saudável.
E eu confesso que eu senti uma preguiça imensa de pensar em ter que cozinhar para o bebê…
Quando ela estava com 5 meses eu já estava meio frustrada e deprimida porque eu sabia que essa hora ia chegar, e seria mais uma responsabilidade em cima de mim.
Conforme eu fui decidindo e optando pelo método BLW eu fui ficando presente de que essa escolha ia de encontro a minha preguiça de cozinhar…
Até agora, ela já está com 7 meses quando eu escrevo esse post, eu só dei comida fresca para ela (o que eu considero uma vitória interna!!).
Só que é muito fácil para mim pegar uma cenoura, uma batata, descascar, cortar em palitinho e colocar para ferver em um canecão com água.
Eu não preciso sujar a cozinha inteira, ter um cardápio completo… É muito simples!
A introdução alimentar que eu escolhi aqui em casa é simples e prática – o que combinou com o meu estilo de vida, com o meu jeito de ser mãe!
E, para falar bem a verdade, eu não me senti “menos mãe” por me sentir tão preguiçosa na cozinha.
É claro que um filho muda muito nossa rotina e a gente tem que aceitar isso.
Mas eu também acho que o filho tem que se adaptar a rotina da casa e, nossa rotina aqui em casa não é ficar muito tempo na cozinha e, nada mais justo que ela se adaptar a essa realidade também!
Enfim, esses foram os motivos pelos quais eu usei o método BLW aqui em casa!
Quer saber como foi essa experiência? Confira aqui nesse post.
Esse post faz parte da Categoria Mamãe Pri Nunes, onde eu divido relatos, experiências e estudos sobre a maternidade. Veja aqui mais posts da fase: “dos sorrisinhos aos primeiros passinhos”.