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AMAMENTAR NÃO É INSTINTIVO E PODE SER UMA DAS PRINCIPAIS DIFICULDADES NO NASCIMENTO DO BEBÊ
Uma parte muito importante da gestação é a preparação para o parto! Mas o parto é só o início do processo…
Os maiores desafios (dizem) que vem depois que o parto acontece e, sem sombra de dúvidas, o maior deles é a amamentação.
Nesse post eu estou contando como foi meu processo de preparação para amamentar e depois quando as coisas acontecerem na prática eu volto para contar como foi o resultado!
NEM TODAS AS MÃES QUEREM AMAMENTAR…
Essa hipótese nem passava pela minha cabeça: não amamentar…
Mas no meio das pesquisas vi que uma parte grande das informações sobre amamentação referem-se a importância dela para o desenvolvimento tanto do bebê quanto da mãe.
Eu participei de um congresso sobre aleitamento materno e a maior parte das palestras foram direcionadas para esse convencimento da mãe da importância de amamentar.
Primeiro porque não é fácil, e você em muitos motivos para desistir no processo – por isso tem que querer muito desde o início, para ser insistente mesmo!
Segundo porque muitas mães acabam colocando outras atividades em prioridade além da amamentação: o cuidado com o corpo, a satisfação sexual, a indisponibilidade de amamentar em função de atuação profissional, entre outros…
Definitivamente essas nunca foram preocupações que passaram na minha cabeça… Mas as orientações sobre amamentar exclusivamente até os seis meses e manter a amamentação até 2 anos não eram tão claros assim pra mim no início da gestação.
Eu também não sabia que o leite materno tem fases… seja as fases entre o parto e o momento que o leite realmente desce, seja as fases durante a mamada – que tem que zerar um peito antes de começar outro.
Aprendi também (mas já esqueci…) sobre a composição do leite materno, gorduras, proteínas, etc…
E cansei de estudar a parte teórica da coisa!
A TAL DA PEGA…
Já querendo ir pra parte prática do processo, começaram os estudos sobre a “pega”.
Dizem que esse é o segredo: uma pega adequada garante o sucesso da amamentação.
Mas amamentar não é intuitivo, nem para a mãe, nem para o bebê – que não nasce sabendo mamar.
Então existem várias técnicas, orientações e sugestões de posições e movimentos que devem ser feitos para melhorar a pega.
Como eu fui aprendendo tudo isso? Assistindo vários vídeos, visitando banco de leite e vendo amigas próximas darem de mamar.
Chegou um momento que eu confesso ter cansado de estudar sobre o assunto… As dicas já me pareciam repetitivas e, ainda assim, parece uma coisa um tanto difícil pois não tem como prever a reação do bebê…
O LADO EMOCIONAL DA AMAMENTAÇÃO
E daí chegou um momento que o lado emocional me pegou!
Primeiro porque eu entendo que, para o organismo funcionar bem e o leite descer “rápido”, é preciso estar estável emocionalmente!
Controlar o humor, a ansiedade, o cansaço da ausência de sono e, principalmente, a insegurança, são fatores fundamentais para garantir um emocional equilibrado.
E uma das decisões que eu tomei, baseado nesse aspecto emocional, foi parar de estudar sobre amamentação.
Informação é sim muito importante na gravidez. Me sinto super privilegiada pelas informações que tenho acesso, seja por ser ligeira nas buscas do google, seja pelas pessoas que estão próximas de mim e participando do processo.
Mas ao longo da jornada entendi que estudar demais me deixaria estressada…
Saber de todas as posições, todas as possíveis reações, todas as consequencias de cada ação iriam me bitolar.
E, ao invés de me trazerem a calma que eu preciso, me trariam uma cobrança exagerada…
Por isso, me sentindo segura com o nível de informação que eu tinha, eu decidi parar de estudar, e relaxar…
Torço muito para que meu processo de amamentação seja tranquilo, que minha filha pegue o peito de primeira e já nasça sabendo mamar – e nesse positivismo tenho meu plano A.
Se algo der errado, já tenho carta na manga das pessoas que devo consultar para me assessorar.
Mas resolvi deixar os estudos sobre o que pode dar errado para a prática.
Não tenho a menor ideia se vai funcionar essa estratégia, descobrirei em poucos dias… Mas foi assim que eu decidi!
AJUDA PRÁTICA
Outra coisa que eu entendi ao longo dos meus estudos é como a ajuda é importante na amamentação – por vários motivos.
Primeiro porque você passa várias horas do dia amamentando – e isso pode envolver stress, dor, cansaço.
Segundo porque dá sede e fome… E é sempre bom ter alguém para trazer uma água, um suco, um lanchinho!
Terceiro porque deve ser um alívio alguém que pegue o bebê depois da mamada para arrotar… Pelo menos pra você se vestir de novo, se precisar se lavar, enfim…
A sensação pós-mamada (ainda mais no calor) não deve ser a mais gostosa do mundo.
Então é por isso que o maridão está a postos para essa fase da vida! Dar de mamar realmente é só a mãe, mas as ajudas podem ser muito bem vindas no processo do antes, durante e depois!
E, claro, não preciso nem dizer que o apoio é fundamental quando ele for positivo!
Me refiro principalmente àqueles pitacos que podem surgir que, ao invés de te incentivarem e te fazerem continuar no processo tendem a te derrubar e te fazer se sentir uma incapaz.
Também rolou preparação para eles também… É bem provável que muita gente vai saber fazer melhor do que eu, e isso não vai fazer de mim uma mãe melhor ou pior…
Também é possível que o próprio médico seja um dos que mais me desestimule a dar o peito… Com informações mais técnicas sobre perca de peso, cor do bebê, etc…
Enfim, fiz o máximo que eu pude para me precaver de informações que podem não ser úteis e apenas me deixar para baixo num momento que essa será uma das minhas piores reações.
De resto, das informações que me interessarem, aqui está o Dr. Google para me ajudar a aprofundar.
E não, não me sinto 100% preparada para iniciar esse processo… Mas sei que alcança o sucesso quem começa antes de estar pronto e, nesse caso, já me sinto suficientemente informada para os próximos dias.
O resto é na prática e vamos ver como será… E eu volto para te contar!