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FOI UM ANGUSTIANTE PESADELO QUE ME TROUXE UM DOS PRESENTES MAIS LINDOS QUE GANHEI NA VIDA
Hoje é dia 6 de junho de 2020 e eu finalmente consegui coragem e tempo para escrever sobre um episódio que aconteceu comigo há alguns dias.
Claro que, o fato de já ter se passado mais de 2 semanas traz uma clareza maior sobre o ocorrido, uma interpretação mais plena e um nível de sentimento mais distantes do que o dia que eu vivi tudo aquilo.
Mas de forma alguma eu poderia deixar de relatar esse presente que ganhei do Universo (ou como você quer chamar quem me deu), que veio no formato do pesadelo mais angustiante que eu tive na vida.
O QUE ACONTECEU EXATAMENTE?!
Vou narrar os acontecimentos em uma ordem cronológica para facilitar a vida!
Primeiro eu preciso que você saiba que eu estou bastante conectada com minha espiritualidade e com o pouco que consigo acompanhar de astrologia – e sei que este era um momento propício para esse tipo de acontecimento.
Segundo eu quero lembrar que minha vida inteira tive sonhos e pesadelos.
Eu gostaria muito de ter tido a coragem de enfrentá-los nos meus 13, 14 anos, quando eram mais intensos.
Sempre quis conversar mais sobre isso, saber mais informações… Mas, via de regra, a orientação que eu sempre tinha é: “é só um sonho/pesadelo, vai passar”.
Na semana do acontecimento em especial, eu já vinha de 3 ou 4 dias tendo pesadelos – sempre comigo.
Eu já perdi as contas de quantas vezes morri nos meus pesadelos…
- Assaltada – esse é de praxe!
- Afogada – só de vez em quando…
- Sofrendo um acidente de avião – com muita frequência…
- Ou só mesmo sofrendo agressões físicas.
E olha, não dá para culpar o que eu assisto hein… No passado até tudo bem, pra agradar o marido/namorado eu assistia algumas coisas assim.
Mas hoje não, definitivamente não entra absolutamente nada desse tipo no meu dia-a-dia.
Bem, feito esse breve contexto, chegamos a madrugada do dia 20 de maio de 2020, dia do acontecido.
No meu pesadelo do dia, depois de muitas idas e vindas – as quais me acordaram e, ao dormir, me faziam voltar no mesmo ponto do pesadelo, chegou o acontecido.
Eu estava andando de carro com meu marido e, não sei quem, não sei como, alguém (ou alguma coisa) veio e instalou uma bomba relógio em mim.
Ela marcava 1h de vida – a última hora da minha vida – e foi dado start a angústia.
Nos primeiros minutos, eu não acreditava direito que aquilo estava acontecendo, e duvidava que não era só uma brincadeira de mal gosto.
Ficava me questionando se aquilo realmente iria explodir.
Depois de alguns minutos caiu a ficha de que aqueles realmente eram meus últimos minutos de vida.
Meu marido, no sonho, entrou em completo desespero, começou a chorar compulsivamente – o que me trouxe uma calma imensa.
Nesse momento, estávamos estacionados na frente da casa da mãe dele, só nós dois.
Eu comecei a refletir sobre tudo que tinha vivido até aquele momento.
Já estava recolhida sozinha, na calçada, longe dele e do carro.
Pairou em mim em sentimento de gratidão profundo!
Eu sou tão grata a minha vida, às minhas escolhas, à minha intuição.
Sigo tanto minha vida da maneira como eu acho que tenho que seguir, sem me importar muito com a opinião alheia.
Eu senti uma paz e uma gratidão enorme dentro de mim por me permitir viver tudo que eu vivi e chegar até aqui.
Era só felicidade que transbordava de mim no meio daquele momento agoniante e com o relógio correndo contra mim – literalmente.
Foi aí então que eu me lembrei que estava grávida.
E aquele sentimento todo de gratidão se transformou numa culpa gigantesca.
Eu estava levando embora comigo um bebê que sequer teve oportunidade de chegar ao mundo.
Eu não queria e sabia que no fundo não merecia ter aquela bomba relógio implantada em mim.
Mas no fundo eu não fui resistente a ela.
Me pareceu que, naquela vida que eu vivi no sonho, eu não lutei o suficiente para evitar que aquela situação acontecesse. Eu fui passiva.
E eu comecei a pedir perdão para esse bebê, pois estava tirando dele a oportunidade de ter uma vida.
Detalhe que meu pedido de perdão era para essa vida atual – porque, no momento do sonho, não ficou claro para mim se eu sabia que estava grávida, ou se iria explodir sem saber que carregava um bebê no meu ventre.
E então quando faltava 30 minutos para a bomba relógio explodir (ou não), eu acordei.
Passava um pouco das 7h da manhã.
Se o acontecido tivesse acabado aí, seria apenas mais um pesadelo para a minha coleção.
Acontece que aquele pesadelo mexeu tanto comigo que, assim que eu acordei, cai numa crise de choro enorme.
Chorava de forma inconsolável, soluçando, não tinha nada nem ninguém que conseguia me acalmar.
Aquele pesadelo mexeu comigo em camadas internas que eu definitivamente não sei explicar.
Fiquei uns minutos na cama e depois fui chorar no sofá.
E continuei aos prantos incansáveis enquanto pensava quem poderia me ajudar.
Eu precisava de uma explicação. Precisava entender o que havia se passado comigo.
Eu não podia simplesmente ignorar o fato.
Eu até podia – como fiz muitas vezes.
Era questão de começar o dia, colocar trabalho em cima de trabalho e eu esqueceria.
Mas não hoje, não dessa vez.
No meio das lágrimas sem fim consegui escrever mensagens para duas amigas que eu acreditava que, de alguma maneira, poderiam me ajudar.
Por volta das 8h a Naty acordou, eu já estava mais calma e consegui, ao ficar com ela, cessar momentaneamente a crise de choro.
Então tomamos nosso café, nos trocamos e fomos para a Aldeia.
Ao deixar ela lá, por volta das 9h, notei que uma das pessoas a quem eu havia pedido ajuda tinha me respondido.
Ao apertar o play, uma mensagem que, ao mesmo tempo que confortou meu coração, me trouxe a tona tudo novamente.
Começou de novo o choro inconsolável, os soluços sem fim, mas agora com uma resposta.
Minha terapeuta havia me dito que, ao consultar a minha mesa quântica, entendeu que o sonho representava o acesso a uma vida passada que eu tive com esse bebê.
Que, por algum motivo, nós fomos privados de viver juntos naquela vida, e que eu estava tendo, nesse momento, uma nova chance de viver ao lado dele.
Meu coração transbordou de alegria e gratidão, seja pela nova chance, seja pela minha primeira oportunidade de acessar uma vida passada.
Eu estava literalmente dividida entre sentir a alegria de estar tendo uma nova chance e carregar a culpa de ter proporcionado algo tão grave em uma vida passada.
Pedi a minha mãe se poderia ir para a casa dela, para que ela me aplicasse barras de access – e assim o fiz.
Cheguei daquele jeito inconsolável lá… Mal conseguia explicar o que tinha acontecido.
O máximo que consegui dizer para ela foi: escuta esses áudios – que no momento já eram praticamente 10 minutos de áudio.
Enquanto eu continuava chorando, ela escutou tudo e eu fui me acalmando.
Fomos para o quarto onde ela começou a aplicar as barras – o que durou cerca de 1h.
No começo, eu não consegui muito esquecer tudo que aconteceu nem parar de chorar.
Mas depois de um tempo fui meditando, focando na respiração e no exercício em si e comecei a melhorar.
Lá para o final das barras eu já estava mais descansada, talvez até tenha cochilado um pouco.
E tinha uma ação muito clara a fazer: queria gravar um áudio, naquele mesmo dia, com o calor de toda aquela emoção, contando o que aconteceu comigo.
Mesmo que isso implicasse em uma nova crise de choro…
Bem, o dia tinha que continuar né…
Fui buscar a Naty, fomos para casa, almoçamos e chegou o momento das tardes em que a Naty fica com o Caio (às vezes dorme, as vezes não), e eu vou descansar no meu quarto.
Quando me vi ali sozinha me veio a oportunidade esperada: é agora que vou gravar!
E assim saiu esse áudio, de cerca de 10 minutos, bastante emocionante, contando o que tinha me acontecido.
Ainda antes de dormir, enviei para cerca de 10 pessoas, que acompanham de perto essa minha jornada espiritual.
A missão me parecia completa.
Deitei e relaxei – afinal de contas, depois de uma noite como essa, precisava de descanso.
O final do dia foi relativamente normal em termos de rotina.
O sentimento que o dia se encerrou foi como se eu tivesse ido a um velório de manhã.
Como se meu telefone tivesse tocado cedo e me dado a notícia.
Como se eu tivesse levantado para ir a um velório seguido de um enterro.
E depois de muito choro e gratidão, eu tivesse passado o dia tentando me reerguer e me animar de novo – afinal de contas, a morte faz parte e a vida tem que continuar.
A única diferença para um velório tradicional é que quem havia morrido dessa vez era eu mesma. E o velório tinha sido o meu.
QUEM MORREU E QUEM NASCEU
Do final da tarde deste dia e até hoje, eu ainda fico pensando em quem morreu e quem nasceu neste dia 20 de maio de 2020.
Essa nova versão de mim mesma que eu encontrei depois desse dia tem 3 grandes certezas:
#1 – CHEGA DE IGNORAR MEUS SONHOS
Neste dia eu prometi para mim que nada, nem ninguém, vai me impedir de entrar a fundo nos meus sonhos e em toda a mediunidade envolvida nisso.
Por 31 anos da minha vida eu ignorei que isso é um dom, que isso me traz sabedoria, informações e que eu preciso acessá-los melhor.
Há cerca de 3/4 anos eu até tentei começar um movimento, logo escondido pela maternidade.
Mas o dia do basta chegou.
Chega de ignorar tudo isso e acreditar na frase que tanto ouvi quando mais nova: “É só um sonho/pesadelo, vai passar”.
Sim universo, eu sei que vai passar. Mas eu preciso aprender a entender o que senti nele, e aproveitar essa reflexão para o meu dia.
Não, não vou ficar dando significados para todos os sonhos, nem pirando com isso.
Mas o que acontece durante a noite é sim mágico, impressionante, e eu posso usar desse dom para alguma coisa que ainda não sei exatamente o que é.
Mas vou descobrir, assim que cumprir com minha missão atual de parar de ignorá-lo.
#2 – BEM VINDA, PRI NUNES ESPIRITUAL
Já presente em minha vida desde 2017 e relatada aos pouquinhos aqui neste blog, esta foi a versão de mim que eu tive mais certeza de ter nascido.
Já há algum tempo namorando questões espirituais e até fazendo movimentos para me aproximar disso, chegou o momento de eu realmente assumir esse novo gosto, essa nova paixão.
Chegou o momento de gritar para o mundo todo que:
- Eu amo conhecer a doutrina espírita profundamente e todas as outras religiões que me ensinam coisas que façam sentido;
- Que eu tenho muito interesse em conhecer melhor a astrologia e como todo esse movimento do Universo influencia em mim;
- Que eu sou viciada em numerologia desde a primeira vez que tive contato com ela, em 2018, e que agora vou estudá-la intensamente;
- Que amo conhecer outras terapias holísticas e, cada uma no seu tempo, vou experimentar muitas delas, assim como eu já experimentei: umbanda, barras de access, constelação familiar, mesa quântica, aura soma, mapa de projeção… e é só o começo;
- E que, se o Universo quiser de mim e me permitir, terei ainda algumas formações espirituais – também não sei exatamente para que, mas terei!
Cansei de esconder esses sentimentos num casulo como se estivesse fazendo algo errado, ou incorreto, ou qualquer tipo de bruxaria.
Isso já faz parte de mim há pelo menos 3 anos, e agora chegou o momento de gritar para o mundo o quanto eu amo pertencer a tudo isso.
E o gritar para o mundo significa ter um espaço aqui no blog para falar sobre isso, e também divulgar no meu instagram todos esses sentimentos.
É uma nova versão de mim que não quero mais esconder, muito pelo contrário…
#3 – AH ESSE BEBÊ…
Essa gravidez tem sido uma montanha russa de emoções desde a descoberta, como contei aqui.
Nos últimos dias, antes desse acontecimento, tive algumas pequenas complicações na gestação.
Sangramento e corrimento com cheiro forte, acompanhado de cólicas, me levaram ao médico preocupada.
Graças a Deus não era nada diferente de sintomas normais da gestação.
Era só uma forma de me mostrar, no meu corpo físico, esse encontro espiritual que estava para acontecer.
Desde esse presente em formato de pesadelo, eu senti uma conexão ainda mais especial com este bebê.
Ele, que tanto está me ajudando a me transformar em uma mãe ainda melhor, agora me mostra que temos uma vida toda pela frente.
Uma vida que nos foi privada no passado e que agora teremos a chance de vivenciar novamente!
Uma vida linda nos esperando.
O coração está transbordando de alegria de estar gestando essa criança tão amada, desde meu ventre.
Essa conexão está sendo super intensa, muito maior do que na minha primeira gestação, e é só o começo!
PRA FECHAR COM CHAVE DE OURO
Toda ação, tem uma reação.
Eu quis escrever esse post na sequencia cronológica que as coisas aconteceram (sim 4, você ainda é forte em mim – amantes da numerologia entenderam…)
Porque uma coisa foi levando a outra e, a tranquilidade de decidir gravar aquele áudio durante a aplicação das barras me levou a uma ação que eu não podia imaginar a reação.
Eu recebi muito (mas muito!) carinho nas mensagens de respostas a este acontecido!
Tive uma abertura enorme para conversar com pessoas que gostam das mesmas coisas que eu, e altos áudios rolaram soltos no restante da semana.
Recebi também alguns (poucos) conselhos que de nada me serviram, mas fui grata e continuei.
Mas houve uma pessoa em especial que resolveu continuar investigando o meu sonho – algo que eu já tinha me dado por satisfeita em fazer.
E nessa investigação (preciso dizer que foi uma investigação espiritual?!), uma nova mensagem chegou até mim que veio fechar com chave de ouro toda essa experiência.
A mensagem dizia que essa experiência que eu experimentei foi uma oportunidade incrível de dar um “reset” na nossa vida (minha e do bebê).
Que nesta encarnação, nós nos comprometemos a vir com uma lição cármica a ser vencida.
E que, devido a boa conduta que eu tive até o momento, seja como mãe, como pessoa, como membro de um universo espiritual…
Devido a boa conduta que alguns membros da minha família tiveram com a espiritualidade, fazendo o bem e seguindo seus próprios corações…
Essa “bomba-relógio” veio para indicar que zeramos essa lição cármica que viveríamos.
Que fomos absolvidos de ter uma vida um pouco mais sofrida, porque já fizemos por merecer uma vida nova, mais livre, sem tantas amarras ao nosso passado.
Que eu não só estou ganhando o presente de viver, nessa encarnação, uma história de mãe e filho que fomos privados no passado;
Como também viveremos a dádiva de ter superado uma lição cármica que cairia sobre nós e agora não irá mais cair, ou pelo menos não com tanta intensidade como havia sido programado.
Fantástico ou não?!
Eu não tenho dúvida de que esse foi um dos melhores presentes que ganhei na minha vida, mesmo que disfarçado de pesadelo…
E sou muito grata ao Universo e a Deus por me permitirem viver tudo isso!
Que assim seja!
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