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Minha filha tem 1 ano e meio enquanto escrevo esse post.
Resolvi relatar um pouco, para guardar de recordação, as experiências que estamos passando com as primeiras palavrinhas.
De antemão já te digo: que fase deliciosa!
Acredito que chegamos naquela fase que ter um bebê em casa vai dar saudades!
Esse post faz parte da Categoria Mamãe Pri Nunes, onde eu divido relatos, experiências e estudos sobre a maternidade. Veja aqui mais posts da fase: “dos sorrisinhos aos primeiros passinhos”.
A PRIMEIRA PALAVRA
Na minha visão, a primeira palavra que ela falou de forma consciente foi “pa-pa”, referindo-se a nossa cachorrinha Paçoca…
Que, inclusive, ganhou o apelido “pa-pa” por causa da Naty!
E achei essa uma palavra bem óbvia heheh…
Desde a barriga provocamos tantas interações entre as duas que nada mais justo que a Paçoca ser a primeira a ser chamada pela Naty.
Isso aconteceu pouco antes de ela completar 1 ano.
Depois “pa-pa” virou muitas coisas… Papai, pa-pa (de comida).
Até pouco tempo atrás era difícil diferenciar.
Tanto que meu marido dizia para ela: Naty, é papaííííí!
Até que ela aprendeu a chamá-lo de forma diferente da “pa-pa”.
Agora mamãe… Hum… Nunca a incentivei a me chamar (de propósito, inclusive!)
E ela acabou aprendendo a me chamar no período que frequentamos o coletivo, quando ela tinha 1a3m.
E hoje, com 1a6m ela me chama sim, com bastante frequencia (mais até do que eu gostaria kkkk).
Mas confesso que enche o coração de alegria ouvir aquela vozinha doce de criança me chamando!
Seja mamãe, seja mãe, é tudo muito gostoso e bonitinho!
O NÃO E O SIM
Qual veio primeiro?!
O não, claro! Afinal de contas, falamos muito mais “não” para nossos filhos do que sim!
E olha que eu, desde sempre, me policio para falar o menos possível essa palavra – pois acredito que ela ainda não a entende.
Mas ainda assim, o não apareceu aqui por volta de 1a2m.
E a chegada do não mudou e muito nosso processo de comunicação.
Em aprendendo a falar não, ela aprendeu também a expressar alguns desejos – em especial de coisas que ela não queria.
Então se ela não queria uma comida, ela indicava;
Se ela não queria fazer alguma coisa, ela indicava.
Foi a primeira mudança brusca, quando você de fato começa a entender e validar a opinião do seu filho – sem precisar provocar uma situação de choro.
O choro, aliás, é uma coisa que, chegando nessa fase, fica mais fácil de ser controlado!
Neste período, quando só tinha o não, a ausência de resposta passou a ser interpretada como sim!
E o sim chegou com 1a5m, deixando definitivamente para trás uma criança que não tem opinião.
Desde que ela conscientemente tem dito sim e não, é possível saber o que ela quer o que ela não quer fazer.
A parte engraçada da história é que a gente começa a ter que readequar nossa comunicação.
Antes (do sim e do não), podíamos perguntar coisas como: “vamos tomar banho?”.
Depois que o sim e o não apareceram, fazer perguntas se tornou um risco: a resposta pode ser o oposto do que você está querendo!
Então passamos a ter que afirmar algumas coisas ao invés de perguntar!
E esse processo foi divertido até que a gente se adequasse a esse novo formato de nos comunicar.
Demos algumas gargalhadas com opiniões inversas da que estávamos esperando.
Até porque ela ter opinião é uma coisa. A gente respeitar a opinião dela é outra.
E por mais que a gente tente, ainda não temos total liberdade de fazer isso sempre.
TAGARELINHA
Pra mim a tagarelisse chegou por volta de 1a5m, quando ela começou de forma muito doce a repetir, do jeito dela, no vocabulário dela, tudo que a gente fala.
Ah, é uma diversão ver como as palavrinhas vão se formando!
Eu tenho comigo que minha filha sempre foi extremamente comunicadora, desde os primeiros dias.
Lembro daquele olhar profundo que já expressava algumas opiniões.
Depois os movimentos foram se expressando por si só, até que as palavrinhas chegaram.
Ela ainda não combina palavras, não forma frases – mas comunica-se extremamente bem!
Quando pais de bebês de 1 ano e meio me diziam: “ah, ele não quis fazer isso”, eu não acreditava como essa opinião acontecia.
Agora já entendo perfeitamente que sim, mesmo ainda sendo bebês, eles tem sua própria opinião e vontade!
Hoje várias palavrinhas saem de forma extremamente dócil e, cada dia é dia de aprender mais várias delas!
“Peixe” é a palavrinha mais bonita do momento, porque é uma das únicas que ela fala bem direitinho!
Mas entendemos bem o chamar toda a família: vovó, Tati, bisa, biso;
Algumas comidas: tetê, pã (pão), á-á-á (água), aboba (semente de abóbora), su (suco) e peixe!
Objetivos diversos: ca-ca (carro), mo (moto), ô-ô (ônibus), pa-que (parque).
Comédia mesmo é o tchau… Você ameaça começar a se despedir de uma pessoa lá vem o tchau acenando e mandando beijos!
É de fato uma tagarelinha, no seu momento, no seu tempo.
Mais quieta em ambientes desconhecidos, começando a falar conforme vai se soltando.
Em casa, tagarela completa!
Anotado: outra fase que vai deixar saudades!
CORAÇÃO SE PREPARANDO
O início dessa comunicação verbal tem me feito olhar com outros olhos outras crianças mais velhas, que já se comunicam.
Uma coisa que eu sei é que, quando ela começar de fato a falar, algumas coisas precisarão parar de ser ditas em casa – em especial falar mal de outras pessoas.
E olha que esse nem é um hábito tão grande nosso; mas o fato de depois ela poder reproduzir, nos incentiva a ser ainda melhores nisso!
Mas o que eu tenho pensado de fato é como a vida é uma trajetória perfeita!
Nessa fase que estamos passando, o amor por ela já é algo incondicional!
Ficar horas longe já bate uma saudade daquele sorrisinho, daqueles bracinhos correndo para você!
Acredito que as crianças são projetadas para serem tão fofas de maneira que a gente as ame tanto, que quando a comunicação chegar, já não tem como voltar atrás nesse amor todo.
Porque se tem algo que eu tenho certeza que irá acontecer, é que muitas palavras irão doer.
Que talvez vai bater saudades da época que não falava. Não pelas palavras ou pelo barulho em si…
Mas por escutar coisas que doem lá dentro, lá na alma.
E que faz parte de ouvir quando se materna.
O coração está aqui se preparando para essa fase, enquanto continua curtindo essa doçura deliciosa que são as primeiras palavrinhas!
Junto com uma gratidão enorme por essa maternidade maravilhosa que estamos tendo – definitivamente, o pior já ficou para trás!
E o melhor acredito que está por vir (sempre!).
Afinal de contas, é só o começo…
Esse post faz parte da Categoria Mamãe Pri Nunes, onde eu divido relatos, experiências e estudos sobre a maternidade. Veja aqui mais posts da fase: “dos sorrisinhos aos primeiros passinhos”.