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QUANDO A BUSCA DE RESPOSTAS NO CAMPO PROFISSIONAL SE VOLTA PARA O CAMPO PESSOAL, POR DUAS VEZES SEGUIDAS, É HORA DE REPENSAR ALGUMAS CRENÇAS…
Há alguns meses eu escrevi sobre 6 processos de autoconhecimento que eu passei em 2016 – se você não viu, veja aqui.
Entre os 6 processos, 2 deles foram processos de coaching propriamente dito.
E nesse post eu vim contar o que eu aprendi no meu segundo processo de coaching, realizado com a coaching Roberta Luckemeyer.
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O COACHING POR SKYPE
Sim, eu confesso que fiquei receosa no início por contratar um serviço de coaching por skype. Das 8 sessões que fizemos, 5 delas foram a distância.
Mas foi um receio bobo da minha parte… Para o processo de coaching, é preciso estar com a cabeça e o coração aberto – independente do local que você esteja.
Eu confesso que as sessões feitas a distância foram mais intensas do que as presenciais, até porque, quando terminava, eu não tinha que entrar no carro e ir embora – eu já estava em um local onde eu podia ficar refletindo e digerindo tudo que conversamos.
E isso fez muita diferença! De pelo menos 3 sessões eu aí completamente destruída com as constatações que fiz e, nesses casos, nada melhor do que estar na minha casa para assimilar tudo que aprendi naquela uma hora.
PROMETENDO NÃO APENAS PARA VOCÊ
Toda sessão teve tarefa de casa. É impressionante como a gente executa as atividades quando temos uma promessa e um prazo para cumprir com outra pessoa. É mais forte do que quando nos comprometemos apenas com nós mesmos.
E foi muito legal encontrar uma coach que tem uma pegada tão acelerada quanto a minha! Quando eu achava que já estava bom, vinha ela e me dava mais váaaaarias atividades para fazer.
Literalmente foi um processo construindo a quatro mãos, não apenas com os meus anseios e questionamentos, mas com muito conhecimento e experiência que ela trouxe para o processo.
Desde conselhos, “tapas na cara”, exercícios de reflexão, perguntas e respostas, até a indicação de livros.
Quando você está de coração aberto para receber orientação e tem um profissional capacitado do seu lado, os resultados sem dúvida são bastante potencializados.
Dá até uma tristeza quando o processo acaba e você sabe que não vai mais contar com aquelas conversas que doem e aliviam a cada quinze dias.
IDENTIFICANDO TALENTOS
Todos nós temos dons que, quando desenvolvidos, transformam-se em talentos. E quais são os meus talentos foi uma pergunta chave no meu segundo processo de coaching.
Sabe o que eu descobri?? Que o meu dom é escrever… Desconsidera a parte que eu sou filha de jornalista…
Escrever com emoção, transmitir em textos escritos mensagens que eu não sou capaz de transmitir falando.
Isso talvez explica as centenas de cartões de natal e cartas de aniversário que eu distribui na vida. Mais do que a minha satisfação em escrevê-los, a satisfação de quem os lê.
Um dom treinado vira talento… Isso talvez explique porque eu tive, durante 10 anos, diário. Porque eu tenho tanta facilidade de escrever relatórios, revisá-los.
Talvez explique porque hoje eu tenho um blog e trabalho com marketing de conteúdo.
Porque eu encontrei, dentro do marketing digital, uma forma de me expressar usando meu talento em diversas ferramentas: posts no blog, nas mídias sociais, ferramentas de autoresponder, documentos muito bem escritos.
E isso está no chip interno faz tantos anos, e eu nunca tinha me atentado ao poder que tenho nas mãos, ou melhor, nas palavras.
O PONTO A E O PONTO B
Eu não sei se você sabe, mas o processo de coaching consiste em levar a pessoa do ponto A, onde ela está hoje, até o ponto B, que é onde ela deseja estar no futuro.
Em alguns processos está incluso desvendar qual é o ponto B, porque as pessoas entram sem saber onde querem chegar.
Nos dois coachings que eu fiz, meu ponto B era extremamente claro desde o início do processo: estava em busca de respostas sobre minha vida profissional.
E, nos dois processos, eu tive grandes surpresas no caminho, já que o que mais me marcou não foram as respostas profissionais que eu obtive, mas sim as pessoais.
No primeiro processo, a decisão profissional foi assumir a veia empreendedora que sempre correu dentro de mim.
Mas, maior do que a decisão profissional do processo, o que mais me marcou foi ficar em paz comigo em relação a meus estudos sobre liberdade financeira; ao meu papel de esposa, filha, neta, nora; e a minha saúde física e mental.
Quem me acompanhou durante o ano de 2016 sabe o tamanho dos avanços que eu obtive nessas áreas, que confesso terem sido muito maiores do que os profissionais em si – o que foi o motivo para iniciar o segundo processo de coaching.
Então, no segundo processo, lá estava eu em busca de decisões profissionais, relacionadas a largar ou não a área de logística, a assumir ou não empregos com empreendedores digitais, me tornar ou não uma infoprodutora.
Durante o processo eu identifiquei, conscientemente, muitos caminhos que eu não vou e não quero seguir.
Mas se eu te disser que eu achei o caminho que eu quero seguir, estaria mentindo para você. Ainda é um conflito na minha cabeça dizer quem sou eu profissionalmente falando.
Sou trader, sou consultora (de grupo de extensão e/ou de logística), sou consultora de marketing digital, sou blogueira, sou infoprodutora.
É difícil ser um monte de coisa… até porque o senso comum é ter um emprego, é ser uma pessoa só, como eu era antes: economista que trabalhava em grupo de pesquisa de logística.
Ainda é difícil aceitar a relação que existe entre ser apaixonada por operar na bolsa de valores e amar desenvolver um plano de marketing digital para um ateliê de enxovais.
Encontrar conexão entre escrever a história de vida de uma fotógrafa e construir indicadores de logística portuária com alunos que estão iniciando sua carreira profissional.
É difícil aceitar uma qualidade de vida fora do normal (de boa!), com direito a ritual matinal, cochilos a tarde… Trabalhar mais de 12 horas por dia e ser profissionalmente realizada mesmo tendo dificuldade de explicar para os outros o que eu de fato faço da vida.
Aceitar ser multitarefas não está sendo um processo fácil, mas estou me acostumando com isso.
E o que eu de fato estou levando desse segundo processo de coaching é que, mesmo com todas as atividades profissionais que exerço – que num primeiro momento não fazem sentido nenhum, mas na minha cabeça estão completamente conectadas – não é nenhuma delas que vai e trazer a realização que eu estou buscando.
Porque essa realização está no campo pessoal. Está na aceitação das minhas ideias frente ao meu círculo de convívio social e na minha espiritualidade.
Está no momento de eu aceitar ser eu mesma independente do que os outros pensem. Está em bater no peito e dizer que eu não quero, nunca mais, usar salto alto, independente do que toda sociedade e os amigos vão dizer de mim.
Está na liberdade de agenda, de trabalhar em casa, de ter flexibilidade de horários. Em sair sem culpa na sexta-feira de manhã apenas para refletir… Porque muitos acham que isso não é trabalho, mas isso muda o meu jogo – porque são nesses momentos de reflexão que eu me conecto com meus objetivos e traço minhas metas para a próxima semana.
Está em buscar respostas em forças maiores do que nós mesmos… Nos livros, nas pessoas que transmitem mensagens, no que está no ar, no que se sente e não se pega.
Na prática, os dois processos de coaching me mostraram caminhos muito parecidos: as respostas que eu estou buscando não estão no âmbito profissional, mas sim no âmbito pessoal.
E a pergunta que mais me indaga hoje é: porque que o pessoal e o profissional tem que ser diferentes? Não somos a mesma pessoa?
Algo me diz que, quando você sai com mais perguntas do que respostas, é porque foi bom.
Como disse uma das minhas amigas, se foi intenso, se doeu, se eu chorei e repensei em muitas coisas da vida, é porque valeu a pena!
Então sim, foi bom, foi ótimo, valeu a pena!
E eu não preciso ter todas as respostas que estou procurando agora… Só de estar presente para elas, naturalmente elas vão aparecer.
Afinal de contas, é só o começo…
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