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TENHO 3 SÓCIOS PORQUE CANSEI EM EMPREENDER SOZINHA
Esse é o resumo da ópera!
Mas não, não foi fácil chegar a essa conclusão… Muitos menos achar pessoas com quem eu me identifico tanto!
E nesse post eu estou contando um pouco mais das duas empresas que sou sócia atualmente.
Esse post faz parte da categoria Empreendedora Digital, onde eu divido os bastidores da minha experiência no empreendedorismo e, especialmente, no empreendedorismo digital através do Fórmula de Lançamento. Para ver outros posts dessa categoria, clique aqui.
SE VOCÊ QUER IR RÁPIDO VÁ SOZINHA MAS, SE QUER IR LONGE, VÁ ACOMPANHADO
Essa máxima do empreendedorismo me perseguiu por aproximadamente 1 ano, justamente entre o período que eu decidi empreender e até o momento que eu comecei o Liberdade Financeira.
Eu entendia e concordava com essa frase. Porém… Era difícil colocá-la em prática.
Primeiro por causa de mim mesma… Sempre fui perfeccionista, gostei de fazer as coisas do meu jeito.
Logo que comecei a exercer atividades de liderança no ESALQ-LOG, ainda antes dos 20 anos, eu pensava comigo: “meu tempo é limitado e eu consigo desenvolver bem a atividade x. Se eu passar essa atividade para fulano que tem 3 vezes mais tempo que eu para desenvolver a mesma atividade, logo os resultados serão 3x”.
Doce engano o meu… A prática foi me mostrando uma realidade bem diferente.
Depois de 5 anos liderando equipes, minha percepção passou a ser: “vou delegar. Se vier 70% do que eu faria em 1/3 do tempo, já fico contente!”.
Então por muitos anos na minha vida profissional eu vivi esse traid-off entre fazer bem feito (usando o meu tempo) ou delegar.
Até o momento que eu trabalhava para os outros, essa decisão era mais fácil de tomar.
Mas quando eu comecei a empreender, delegar começou a ser um processo complexo.
Se por um lado eu entendo que, para prosperar, eu preciso conhecer muitas áreas e isso envolve minha dedicação com muitas horas de esforço, por outro eu sei que o que eu faço “mal feito” ainda é melhor do que muitos “bem feitos” por aí…
E quando tudo isso é meu, vai com o meu nome e a minha assinatura… hummm… daí eu penso mesmo, muitas e muitas vezes antes de delegar, dividir, terceirizar…
Na verdade hoje eu penso que o bom líder é aquele que consegue fazer com que seus liderados exerçam um trabalho melhor do que aquele que ele mesmo conseguiria fazer.
Mas o fato é que até agora eu só falei de liderança… E nada de sociedade!
Só que eu não consigo pensar nessas duas coisas de forma dissociada. Porque estar em uma sociedade é desenvolver algum tipo de liderança e, no limite, uma boa divisão de tarefas.
No meu primeiro projeto empreendedor, o Logística em 2 minutos, eu fazia tudo. Tudo tudo tudo…
Foi bom? Foi…
Mas a velocidade que eu queria imprimir para o projeto era mais devagar do que a que eu conseguia…
E esse era o menor dos meus problemas… O negócio fervia mesmo quando batia aquela crise de ansiedade.
Esses são, sem dúvida, os piores momentos do empreendedor…
Aquele dia que você tem um milhão de coisas para fazer e só consegue ficar se questionando de porque está fazendo tudo aquilo.
Será que vai mesmo dar certo? E o que os outros vão pensar? Porque está demorando tanto?
E daí vem o conjunto de: “e se….”
E se eu ainda estivesse no meu emprego anterior? E seu eu procurasse outro emprego? E se eu direcionasse meu negócio para outro caminho? E se…? E se…? E se???
Por incrível que pareça uma das principais dificuldades do empreendedorismo é seguir o que você acordou com você mesmo!
Meu, como isso é difícil! Manter sua própria palavra, seguir seu próprio cronograma, chegar ao fim de um plano que você mesmo traçou.
Você é o seu maior vilão dentro de um negócio que é só seu…
E é justamente nesse ponto que entra a visão de uma sociedade!
Porque daí, embora o negócio continue sendo muito seu, você tem alguém do seu lado para dividir as conquistas, os tombos, as dúvidas e principalmente, as angústias do negócio.
Parece bobo o que eu vou dizer, mas só o simples fato de você colocar seus planos em palavras para contar aos seus sócios, já muda seu próprio comprometimento na hora de colocá-lo em prática.
Hoje eu enxergo que, mais do que dividir tarefas, as sociedades que eu estou envolvida me permitem atuar de forma mais assertiva e intensa do que se eu estivesse indo sozinha.
Além de tudo isso, no meu atual período de vida (com um bebê no colo), é bastante provável que eu descontinuasse determinados projetos, pois não tenho mais o mesmo gás para desenvolvê-los.
Com meus sócios, estou garantindo a continuidade e crescimento de cada um deles e, juntos iremos colher resultados!
Algo aqui dentro me diz que, dificilmente, eu entrarei em novos negócios sozinha.
Não vou dizer que não tem pontos fracos em ter sócios, tem sim! Mas até o momento e, com as escolhas de pessoas tão especiais do meu lado, os pontos fortes tem prevalecido e muito!
MACAN E FARIEL: MEUS SÓCIOS NO LIBERDADE FINANCEIRA
Na minha empresa de educação financeira, eu tenho dois sócios – e já contei a história de como nossa sociedade começou nesse post.
Desde o início nós temos divisões de tarefas bem claras e, de tempos em tempos, revisitamos essa divisão para atualizá-la.
Conversamos semanalmente e executamos as atividades à distância.
Nossa dinâmica é bastante interessante porque, como já trabalhamos juntos em outra empresa, vemos o quanto nós conseguimos evoluir quando a empresa é realmente nossa!
Como somos mais produtivos, mais motivados e, mesmo com alguma pressão, não é algo ruim como acontecia antes.
Estamos sempre preocupados com o desenvolvimento pessoal de cada um dos três e o quanto isso está agregando em nossas vidas.
Na nossa sociedade, nós já definimos nossa política de reinvestimento e divisão de lucros – mas isso aconteceu quando o projeto tinha quase 1 ano.
Por um lado ficamos felizes que nossa empresa consegue pagar suas próprias despesas. Por outro, ainda não tivemos nenhum resultado financeiro para aplicar nossa política de divisão de lucros.
E o que sabemos mesmo é que o que fazemos aqui não busca unicamente resultados financeiros.
Busca nosso próprio desenvolvimento, nosso próprio autoconhecimento.
E o resultado financeiro vem como consequência de tudo isso.
QUÉSIA: MINHA SÓCIA NO VIAJANDO COMIGO MESMO
Essa é a segunda empresa que eu atuo – e, diferente do Liberdade Financeira onde estou literalmente no palco, aqui eu estou bem escondidinha nos bastidores!
Ah, e como eu me realizo nesse tal desse bastidor!
Cada dia que passa eu entendo como é bom estar no papel de orientar, ensinar, ajudar a passar os momentos ruins!
Em termos de execução, eu não faço quase nada no VCM. Apenas auxilio minha sócia em tudo que ela faz!
Mas eu não vou entrar em detalhes aqui porque escrevi um post contando mais sobre nosso relacionamento!
Política de divisão de lucros? Não temos não…
Desde o começo, deixei bem claro para a Quésia que dinheiro não me interessa nesse projeto.
O que me interessa e ela me proporciona todos os dias é ver a realização que ela tem em trabalhar com algo que verdadeiramente move o coração dela.
É ver a transformação de alguém que entrou na corrida de ratos, assim como eu, e eu ajudei a sair de lá!
É uma sociedade misturada com amizade difícil de explicar, de tão bom que é!!
Eu agradeço todos dos dias ter encontrado essas 3 pessoas maravilhosas que fazem parte da minha média de convivência hoje, e deixam minha atuação profissional mais feliz!
Já há mais de um ano convivendo intensamente com eles eu tenho certeza que nossas sementes virarão lindas árvores, mesmo que demore um pouco!
E consigo curtir o caminho, já que a jornada é tão importante e desafiadora quanto a linha de chegada!
E é só o começo…