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CONHECE AQUELA: QUANDO O BEBÊ DORMIR DURMA VOCÊ TAMBÉM? FÁCIL FALAR…
“Quantas horas consecutivas de sono você já teve?” – pergunta ridícula a ser feita a um pai ou uma mãe…
E pior que eu nem recebi perguntas assim… Mas, antes de me tornar mãe, eu fazia essa pergunta!
Sempre que descobria um pai ou uma mãe que tinha filho pequeno, jogava lá a “brincadeira” de saber quanto tempo de sono a pessoa conseguiu ter.
Eu não imaginava o quanto isso nos perturba… E nem é a privação de sono em si, mas o esgotamento de não conseguir descansar.
Fica comigo até o fim que estou contando nesse post como tem sido minhas noites de sono com minha filha.
MEU BEBÊ É DORMINHOCO?
Eu sempre gostei de dormir! Amo dormir! Dormir está em primeiro lugar das minhas atividades favoritas da vida!
Quando eu estou feliz, eu durmo para comemorar!
Quando eu estou triste, eu durmo para passar…
Quando eu estou cansada, eu durmo… Ou melhor… Eu dormia…
Tudo mudou quando minha filha nasceu!
É, eu sei, é clichê!
Você sabe que seu sono vai mudar quando seu filho chegar…
Mas o que você não sabe é que não é a quantidade do sono…. E, se bobiar, nem a qualidade do sono.
A privação do sono vai um pouco além de onde você imagina…
Desde a barriga eu conversava com minha filha para que ela fosse um bebê dorminhoco!
Na prática, acho que ela entendeu bem meu recado – e eu a acho bem dorminhoca!
Ela tem 6 meses hoje, quando escrevo esse post.
Desde que ela nasceu, não posso reclamar da privação de sono…
Nos primeiros meses, com certeza absoluta dormia mais com ela do meu lado do que quando ela estava na barriga – e seus chutezinhos me faziam ir ao banheiro muitas vezes de madrugada.
Até agora, ela ainda dorme entre 11h e 14h de noite… E tira uns 3 cochilos durante o dia – que variam de 15 minutos a 3h.
Até aqui, foram 6 meses criando rotinas e estabelecendo hábitos para que eu tenha minha bebê dorminhoca!
Só que o fato de ela dormir não significa que eu também estou dormindo…
OS HÁBITOS DO SONO DURANTE O DIA
Vou contar um pouquinho para você como é nossa rotina hoje…
Nós acordamos entre 7h30 e 9h30 da manhã – eu sempre deixo ela acordar, nunca acordo ela…
Nas primeiras horas do dia eu tomo café da manhã, nós cuidamos da casa, eu tento trabalhar por pelo menos 15 minutos enquanto a distraio em algum lugar…
E chega a hora do primeiro cochilinho, que vem acompanhado da primeira mamada do dia.
Mas esse é rápido, quase nem conta como soneca… Não chega a durar nem 15 minutos a maior parte das vezes…
E acaba acontecendo no meu colo, até porque, se eu tirar para colocar em outro lugar, ela acorda!
Depois desse cochilinho eu me troco, troco ela e nós saímos para um passeio de carrinho na rua – que costuma levar de 1 a 3 horas.
Aqui sim vem o primeiro cochilão dela! Ela dorme no carrinho meia hora, às vezes 1 hora.
O importante é que ela fica quietinha o passeio inteiro, olhando o movimento, brincando sozinha.
E, nessa hora, eu consigo trabalhar mais um pouquinho (seja pelo whats app, seja pensando e planejando atividades).
Daí chegamos em casa, almoçamos, arrumamos mais alguma coisa na casa…
Por volta das 14h, 15h eu dou um banho e agora vem o cochilo que eu mais gosto: o da tarde!
Acabando o banho ela já mama e dorme de novo!
Ah, e esse é o melhor cochilo de todos! Por que? Porque esse é o que eu durmo junto!
E durmo mesmo, sem peso na consciência, e você já vai entender porquê…
Nosso cochilo da tarde dura de 2 a 3 horas e é delicioso!
Primeiro porque eu amo dormir, e dormir todos os dias a tarde é um privilégio sem tamanho para mim!
Segundo porque nós dormimos muito bem essa hora, isto é, se a Paçoca (nossa cachorrinha) não nos acordar no meio da soneca.
E sabe porque eu durmo mesmo? Porque se eu não dormir com ela, ao lado dela, ela não dorme tudo isso…
Já fiz o teste… Se eu não estiver coladinha nela o cochilo não dura 3 horas, dura no máximo 40 minutos.
E como esse cochilo da tarde é revigorante para mim, é bem importante eu aproveitá-lo!
Bem, nós acordamos já por volta das 18h e, depois disso, só voltamos a dormir a noite.
O SONO DA MADRUGADA
Eu diria que passamos, juntas, por algumas fases no nosso sono durante a noite.
Em todas as fases, a regra sempre foi a mesma: de noite, somente luz do abajur, sem interação. Acordou, a meta é voltar a dormir o mais rápido possível.
Ah, e ela dorme comigo e com meu marido – como eu já contei nesse post sobre nossa cama compartilhada.
A primeira fase foi desde que ela nasceu até mais ou menos uns 2 meses de vida dela.
Sempre que ela acordava eu ligava o abajur, e me sentava na cama para amamentar. Nesse momento eu SEMPRE olhada que horas eram.
No começo ela não dormia no peito – apenas ninando. Então depois da mamada eram alguns minutinhos em pé ninando-a…
Alguns minutinhos que variavam entre 5 minutinhos, mas normalmente eram 30 minutinhos e em algumas poucas noites ruins, 2 horas para ela voltar a dormir.
Mas voltava, sempre voltou!
Então conforme fui pegando prática no processo, evolui para a segunda fase, que durou entre os 2 e os 4 meses.
O que eu fiz de diferente? Comecei a amamentar deitada.
Foram várias semanas para eu conseguir me adaptar a amamentar deitada mas isso começou a mudar a qualidade do meu sono.
Sempre que ela acordava eu ainda pegava o celular para ver a hora, às vezes ascendia a luz, mas nem chegava a me levantar para amamentar.
E agora ela já conseguia dormir no peito, então eu não tinha mais o processo de ninar.
Essa segunda fase já começou a ser bem melhor do que a primeira, apenas pelo fato de eu não me levantar da cama.
Até que chegou a terceira fase, que eu chamo de filé mignon da maternidade de bebê: o 5º e o 6º mês!
Ah, como essa fase é gostosa!!
Entramos em uma nova fase do nosso sono da noite: esquecemos o relógio!
E isso fez toda, muita, hiper diferença!
É impressionante como nossa cabeça influencia as nossas decisões…
Nessa fase, eu simplesmente parei de olhar o relógio…
Quando ela começa a se remexer na cama, eu primeiro tento acalmá-la com a mão – o que muitas vezes já resolve e ela volta a dormir.
Caso minha mão, não resolva, eu dou o peito e daí… Bem, daí eu não sei muito bem o que acontece, porque na prática eu durmo junto…
Não sei que horas são, por quanto tempo ela mamou, que horas ela largou o peito… Só sei que eu dormi bem, ela também, e é isso que importa!
Daí quando eu lembro daquela pergunta ridícula de quantas consecutivas eu durmo a noite… Eu não sei responder!
Não sei mesmo e, parar de me policiar com os horários foi uma das minhas melhores decisões com a maternidade.
Mas… Nem tudo são flores, muito menos a rotina do sono.
ELA DORME, JÁ EU…
Quando eu pensava em ter um filho e, mesmo estando grávida, eu tinha para mim que a questão do sono seria facilmente driblada – já que eu durmo a qualquer hora e em qualquer lugar.
Minha expectativa era que eu não precisasse dormir bem a noite, como antes.
Eu pensava o seguinte: se eu dormir mal a noite mas conseguir descansar bem nos cochilos durante o dia com ela, está tudo bem!
E na prática, é um pouco assim que está acontecendo.
Meu melhor sono é o sono da tarde, porque de noite…
Bem, de noite é minha hora de trabalhar.
É depois que eu a coloco para dormir a noite que eu sento no computador para dar conta dos meus negócios.
Meu expediente começa entre 20h30 e 22h – dependendo da hora que ela dorme…
E vai até 11h30, meia noite e meia – dependendo da minha disposição e do que eu tenho para fazer na manhã seguinte.
Eu juro que pensei que esse processo seria fácil para mim. Mas não é, não está sendo.
A COBRANÇA PARA ELA DORMIR
Primeiro porque, quando ela começa a querer dormir a noite, minha cabeça liga e eu mentalmente começo a fazer uma lista de quais são as atividades que eu vou executar logo em seguida.
De uma forma ou de outra, isso acaba me acelerando e eu fico com pressa que ela durma logo para eu começar a trabalhar.
E, algumas das vezes, isso atrapalha o próprio processo de ela dormir…
Quando ela dorme mamando é uma benção! Eu volto sorridente para trabalhar (como aconteceu agora há pouco!)
Porém tem vezes que eu fico mais de 1 hora para conseguir fazê-la dormir – e isso me esgota.
Me esgota porque eu já passei um dia todo cuidando dela e tentando trabalhar.
Já arrumei e desarrumei a casa várias vezes, falei com várias pessoas, já sei exatamente a quantidade de trabalho que eu tenho para fazer.
E, ao mesmo tempo, já estou cansada, com sono, querendo dormir.
Eu preciso baixar minhas energias para que ela durma, fingir que também estou dormindo – e e muitas vezes acabo sim dormindo junto.
Tem dia que o respirar fundo às 22h para levantar da cama e vir trabalhar é fundo mesmo.
Não é fácil viu… Mas, se fosse fácil, todo mundo faria!
Essa para mim é a parte mais difícil, sem sombra de dúvida.
Mas não pára por aí…
E PARA DORMIR DEPOIS?!
Na maior parte das vezes eu tenho conseguido levantar e trabalhar tranquilamente a noite – o que me deixa muito feliz e realizada profissionalmente.
O problema é que as tarefas nunca acabam – e nunca vão acabar, princípio da produtividade.
Então quando eu termino uma, já estou pensando na próxima.
Só que é hora de dormir…
Sabe tudo aquilo que eu estudei sobre me desconectar antes de dormir? De ficar mais de uma hora sem nenhum aparelho eletrônico para acalmar a mente?
Então, não rola aqui não…
Eu desligo do computador e, na maior parte das vezes, vou direto para a cama.
Quando estou com algum livro espírita interessante, ainda passo uns minutos lendo – o que me acalma, e muito!
Mas eu deito, minha cabeça não…
E eu viro, me reviro – modo de dizer né… Porque fico imóvel na cama para não acordar ninguém…
Mas eu penso uma coisa, penso outra… Milhares de projetos e contatos se formam na minha cabeça e, dormir que é bom…
Só que como eu não tenho um relógio do meu lado, eu não sei que horas são…
Eu não sei que horas ela acorda e nem quanto tempo ela fica acordada…
Eu só sei que, no final da história, eu consigo descansar bem e o suficiente para começar um novo dia.
Fico estressada? Sim, pra caramba! Mas faz parte da maternidade.
Quem é mesmo que queria ser uma mãe produtiva?
Tenho encontrado as minhas formas de ser produtivas, mesmo que isso tenha algumas consequências… As quais vou trabalhando e evoluindo, porque no final das contas tudo é aprendizado, certo?!