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VIAJANDO COMIGO MESMO: UM PROJETO QUE É MAIS DO QUE TRABALHO, É UMA GRANDE AMIZADE!

Esse é um post pra lá de especial!!

Finalmente eu decidi contar aqui no blog sobre uma atuação profissional que é intensa no meu dia-a-dia, mas que eu pouco divulgo!

Chegou o momento de contar algumas histórias que deram origem ao Viajando Comigo Mesmo (VCM).

E, como histórias são feitas de pessoas, tudo começa quando eu conheci essa pessoa mais que importante da minha vida, minha querida amiga e sócia, Quésia Nascimento!

Esse post faz parte da categoria Empreendedora Digital, onde eu divido os bastidores da minha experiência no empreendedorismo e, especialmente, no empreendedorismo digital através do Fórmula de Lançamento. Para ver outros posts dessa categoria, clique aqui.

ERA UMA VEZ…

Duas meninas que seguiram sistematicamente o protocolo da vida.

Estudaram, entraram em boas faculdades, encontraram seu primeiro estágio e começaram sua carreira profissional.

Por uma mera coincidência, a vida nos levou para a área de logística – e foi assim que nos conhecemos.

Eu no ESALQ-LOG, a Quésia na Aprosoja. Duas mulheres de 20 e poucos anos (leia direito, menos de 25 anos), participando de reuniões importantes sobre a logística brasileira no meio de um público formado majoritariamente por homens acima de 50 anos.

Não, não era simplesmente participar… Em muitas reuniões nós éramos o centro das atenções, pois ficava sob nossa responsabilidade definir a pauta, conduzir a reunião, bater o martelo nas decisões e lidar com todo o encaminhamento.

A dinâmica era sempre a mesma: quando chegávamos nas reuniões, ninguém dava nada pra nós… Dias depois, estávamos recebendo elogios de como éramos competentes e como tínhamos conhecimento sobre o que estávamos tratando.

Quando a gente é bom no que faz, a gente identifica fácil quem também é bom!

Como não bastasse a coincidência de sermos mulheres e jovens no meio de homens mais velhos, nós nos entendemos muito bem desde o primeiro contato que tivemos, por volta de ???? Não me lembro, mas deve ter sido ao redor de 2011…

Porque dessas reuniões que descrevi, nós participávamos em separado – acabamos nos conhecendo mesmo em eventos.

E, por outra mera coincidência, nós tivemos excelentes tutores. Bons até demais, eu diria!

Por muitos anos da nossa tradicional jornada profissional, nossos tutores nos treinaram para que nós nos tornássemos suas substitutas.

O plano era lindo, não posso negar. Só tinha uma pequena inquietação no meio do caminho: algo lá no fundo dizia que logística não fazia parte do nosso futuro.

Porque quando você enxerga uma oportunidade clara na sua frente, palpável, factível e dá aquele frio na barriga, aquela ansiedade… Você desconfia!

Nós amávamos o que fazíamos, mas não conseguíamos nos enxergar na pele de nossos tutores, que era a direção para onde estávamos indo.

Ainda sem ter contato uma com a outra, decidimos largar tudo e…. Viajar!

Eu passei três meses na África do Sul e ela, nove meses mochilando.

Eu fui primeiro e, quando já tinha retornado e me instalado em Floripa e no LabTrans, lá estava minha doida amiga da logística fazendo curso de cerveja na Irlanda e trabalho social na Índia.

Uauu…. Eu pirava nas postagens dela! Já imaginava que ela era mesmo meio maluquinha, mas que coragem! Fazer tudo isso sozinha!!

Em meados de 2015 eu ainda tentei fisgá-la para trabalhar comigo na logística – e ainda bem que isso não deu certo naquela época!

Mas foi por essa oportunidade que começamos de fato a conversar.

Conversar = trocar áudios por whats app. Áudios. Muitos áudios. Muitos muitos muitos áudios. Cerca de meia por dia – ou mais!

Nessa altura do campeonato nós já tínhamos quebrado todo o qualquer protocolo da fórmula da vida e isso nos aproximava cada vez mais.

Porque a gente se identifica com quem sai da zona de conforto, faz acontecer!

Em 2016, quando eu fui demitida e comecei minha jornada empreendedora, começamos a nos aproximar novamente.

Toda a admiração que eu tinha por ela pela coragem dela de largar tudo para fazer um mochilão foi retribuída pela admiração que ela teve pela minha decisão de empreender.

Foi na logística que nos encontramos, que iniciamos nossa história. Mas esse foi só o começo…

APOSTANDO EM TALENTOS

Entre 2016 e 2017 nós conversávamos muito! Sobre tudo que você pode imaginar!

Eu não me contentava com o sofrimento desse talento em sua atuação profissional e queria algo melhor para ela.

Mas foi difícil viu… Se você pensa que é fácil convencer dona Quésia de fazer alguma coisa, redobre seus argumentos, porque você vai precisar!

Eram muitas e muitas ideias!!

Discutíamos um monte, o plano de ação estava pronto e de repente pum… Ela desaparecia por uma semana!

Será que ela desistiu? Será que não gostou de algo que eu falei? Será que ela tá com medo?

Uma semana depois lá vinha um áudio todo contente e feliz, retomando parte da discussão de onde paramos, acrescentando mais um milhão de ideias.

O começo foi assim… Vai, num vai, anda, para, dois passos pra frente, quatro para trás.

Até que um dia que a discussão girou em torno do nome do projeto e um dos requisitos era que houvesse uma url disponível.

Assim que decidido pelo Viajando Comigo Mesmo, eu fui lá e comprei o domínio. Nem perguntei nem nada, só comprei!

E sorte que fiz isso, porque um mês depois veio uma pessoa querendo comprar o domínio de nós!

Em fevereiro de 2017 estava tudo pronto para começar. Outro banho de água fria!!

É engraçado como cada um tem seu próprio tempo. E relembrar de toda a história é intenso porque tantas coisas aconteceram em nossas vidas no meio de todas as decisões do VCM…

Eu costumo dizer que tem gente que acredita em mim antes de eu mesma acreditar. Aqui nessa amizade acontece o contrário: eu acredito na Quésia e no potencial dela antes de ela mesma acreditar.

O resto é paciência e muita persuasão!

Em meados de 2017 surgiram as mídias sociais do VCM e as postagens começaram.

Mas foi só em 2018 que nasceu o blog e o que de fato conhecemos hoje como VCM.

NOSSA KICK-OFF NA BEIRA DO MAR

Eu já tinha mandado para ela o convite para participar do meu Chá de Fraldas, mas confesso que foi só por educação.

Eu jamais imaginaria que ela pegaria um avião de Brasília para Florianópolis só para me ver barriguda.

Mas faltando uns dias para o chá ela queria agendar uma reunião comigo. E eu naquela loucura, no meio do lançamento do LF, com o chá para organizar, aquela barriga há poucas semanas de explodir.

Quando ela disse que a reunião seria presencial…. Parei tudo!!!! É claro que eu poderia adiar todos os meus compromissos para passar uns dias com a minha melhor amiga virtual!!

Afinal de contas, ela era (e ainda é) a pessoa com quem eu mais converso durante o dia e, acredite se quiser, só tinha visto ela presencialmente 2 vezes!

Então passamos 4 dias juntas em Floripa, nos conhecendo melhor, conversando sobre nossas vidas e comemorando a chegada na Naty.

E no dia 27 de outubro de 2017, estávamos em um restaurante na beira do mar fazendo nosso primeiro brainstorm oficial do VCM.

Papel e caneta em mãos, um suquinho de laranja (era o que podia com um barrigão de 35 semanas), camarões no cardápio e um por do sol de tirar o fôlego.

Ali nasceu, oficialmente, o Viajando Comigo Mesmo.

Ali eu entendi o propósito daquele projeto, o que havia por trás de todas aquelas postagens descoordenadas.

Eu disse à ela: Quésia, eu quero muito te ajudar! Não sei como, eu não posso colocar a mão na massa…

Primeiro porque não viajo sozinha e nunca fiz um mochilão…

Segundo porque eu estou tocando outros projetos que são minha prioridade no momento.

E terceiro porque tem um bebê chegando e eu não tenho a menor ideia de como ficará minha rotina…

Mas se os milhares de áudios de whats app servirem, quero muito continuar te ajudando assim!

Eu deixei bem claro aquele dia que não me importava nenhum resultado financeiro do VCM.

Eu saberia que atingi meu resultado ali quando a visse feliz, realizada profissionalmente, com o negócio rodando.

E, sendo uma mais doida que a outra, ela topou!!

Nasceu a minha segunda sociedade, com uma pessoa que é mais do que uma sócia, é uma amiga e tanto!

ENCONTRANDO AFINIDADES

Quanto mais trabalhamos juntas, mais parecidas parece que somos!

De vez em quando os áudios são interrompidos para trocar um cocô, socorrer um choro sem fim… Ou até por um baita cochilo no meio da tarde!

Ela deve odiar quando eu demoro muitas horas para responder… E eu também odeio demorar, mas é o que temos para hoje!

E o que fazemos na prática? Planejamos, planejamos e planejamos…

Depois esfriamos a cabeça e planejamos mais um pouco!

Pensa em duas pessoas que AMAM um planejamento…

• E um brainstorm;
• E um padrão;
• E dividir tudo em etapas – ou mandamentos;
• E colocar tudo em checklists;
• E controlar todas as etapas;
• E construir indicadores;
• E fazer bem feito;
• E questionar porque está sendo feito;
• E jogar fora se não gostou, começando tudo de novo…
• E comemorar cada pequena conquista!
• E choramingar quando acorda de mal com a vida;
• E agradecer todos os sinais que a vida coloca na nossa cara;
• E curtir cada passo da jornada.

Durante toda minha vida eu achei que ter sócio era algo ruim. Hoje eu não sei viver sem minha sócia e amiga, e por vezes me pergunto porque demoramos tanto para nos encontrar…

UMA DUPLA INTERPRETAÇÃO

O Viajando Comigo Mesmo é uma empresa que te ensina a viajar sozinho. Mulheres e homens que viajam sozinhos.

Quem sabe um dia eu aprendo a fazer isso kkkkk… Por enquanto viajo sempre acompanhada, morrendo de medo de estar solitária.

Mas viajar consigo também pode ser interpretada como uma viagem interna, dentro de você mesmo.

Um autoconhecimento intenso e puro, que não necessita pegar um avião para acontecer – mas precisa desconectar do computador e do celular.

Essa é a parte ainda oculta do VCM que estamos tentando desvendar, passando nós mesmas por esse processo.

Não tenho a menor dúvida de que, daqui 5 anos vamos olhar para trás e ter um orgulho enorme do que construímos.

Porque juntas, vamos mais longes!

#boraviajar