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EU NÃO TENHO (QUASE) NADA CONTRA A ESCOLINHA… SÓ NÃO GOSTO DE ME CONFORMAR COM A PRIMEIRA RESPOSTA
Em 2019, minha filha tinha entre 1 e 2 anos.
E foi neste ano que eu experimentei um “desgrudar” da maternidade.
Depois de ter meus braços de volta (depois que ela começou a andar), foi o ano que eu comecei a reconquistar o meu tempo, o meu eu.
Foi quando eu passei a entender que existia a Pri sem a Naty, e a Naty sem a Pri.
E depois de 1 ano e meio vivendo 24 horas em função da minha filha, retornar a “vida real” tem sido algo muito gostoso!
Retornar a vida real e a vida profissional no meio de uma transição de carreira, mais legal ainda!
Minha liberdade da minha filha não veio porque eu a coloquei na escolinha…
E é sobre isso que eu vim contar nesse post!
PORQUE EU NÃO COLOQUEI A NATY NA ESCOLINHA
Sempre achei que colocar minha filha na escolinha era uma resposta muito óbvia.
Para a maior parte das pessoas com quem eu converso, esse é o caminho óbvio: quando a mãe volta a trabalhar, o bebê vai para a creche / escolinha.
Minha parte reflexiva simplesmente não aceitou que essa fosse a única resposta possível, e eu questionei.
Em 2018 já havia levado ela na escolinha, como relatei nesse post.
Ela teve uma experiência ótima, eu nem tanto (como falei aqui).
Mas o que me motivou a não levá-la na escolinha foi o fato de eu ter encontrado soluções alternativas para essa parte da infância dela.
Alternativas, criativas e muito prósperas, diga-se de passagem!
Só que não foi uma única solução (matricular na escolinha)…
Foram um conjunto de soluções, que me levaram a lugares que eu jamais eu ia imaginar chegar.
Se eu tivesse levado a Naty para a escolinha, muitas coisas neste ano não teriam acontecido… Nem na minha vida pessoal, nem na minha vida profissional.
AS SOLUÇÕES ALTERNATIVAS
Em janeiro tive a visita das minhas famílias e eu ainda estava em um ritmo bem leve de trabalho.
Minha avó “cobriu” uma semana a mais e eu consegui levar a vida muito bem!
Em fevereiro eu tive minha primeira intercambista, e ela me ajudou a ficar com a Naty.
Foi nesse mês também que eu comecei o “Mulheres que Decidem“, e foi muito importante para mim ter essa sensação de liberdade, de poder ir e vir sem a Naty comigo.
Foi literalmente a primeira vez que eu tive um compromisso semanal fixo que me permitiu sair de casa e deixá-la e, mais que isso, encontrar soluções para que ela ficasse bem!
Em março eu entrei no mundo das babás – e também contei com a ajuda da minha avó.
Foi a (cara) maneira que eu encontrei para me virar.
Foi em março que minha vida profissional começou a mudar drasticamente!
Também foi em março que se iniciou a solução que mais me trouxe frutos: o coletivo parental brotinhos.
Me lembro bem da minha alegria neste mês, de estar mega realizada como mãe (no coletivo) e também como profissional, conquistando um novo projeto a cada mês.
Em abril eu voltei para Americana e trabalhei mais remotamente – contando com a ajuda da família pra cuidar da Naty.
Em maio eu tive a minha primeira au pair – uma experiência fantástica e deliciosa!
Foi a Auri que estabeleceu a rotina aqui em casa de “pa-que”, como minha filha chama carinhosamente o parquinho que ela frequenta aqui perto de casa.
Em junho, entre a ida da Auri e a próxima solução, eu experimentei co-workings familiares, e conheci alguns em Floripa – mas isso é tema para outro post!
Logo em seguida minha mãe chegou, e me ajudou com a Naty, mantendo a rotina de “pa-que”.
Em julho, além da minha mãe eu contei também com a ajuda do meu irmão mais novo.
Em seguida começou nossa longa viagem do ano.
Entre final de julho e metade de setembro, foram 50 dias longe de casa, 6 destinos diferentes, dormindo em 8 casas distintas.
Uma viagem que mudou totalmente a nossa rotina, nos encheu de energia para os passos seguintes!
Tanto eu como a Naty voltamos da viagem diferente de como saímos daqui…
E na volta tivemos a oportunidade de experimentar e criar uma rotina totalmente diferente!
Em setembro a solução encontrada foi o Aldeia – que permaneceu até o final do ano.
Não só como solução para a Naty mas como solução para o meu empreendedorismo, que de totalmente digital se transformou em físico e voltado a maternidade.
ME ARREPENDI DE NÃO TER LEVADO NA ESCOLINHA?
Nem um pouco!
É fato que tive preocupações adicionais em saber como eu iria me virar com minha filha daqui 2 meses – sempre daqui 2 meses era uma indefinição.
Mas quis o destino se desenhar dessa forma e ir arrumando soluções alternativas e muito prósperas!
O fato de ela não ter ido para escolinha me permitiu viver do meu forte valor de liberdade geográfica.
Eu teria pensado duas vezes nessa questão se estivesse pagando escolinha e com a oportunidade de passar mais de 90 dias fora de casa como passei neste ano.
Eu também não senti falta nenhuma de ela interagir com outras crianças, pois pude proporcionar isso a ela nas outras atividades que desenvolvemos:
- No coletivo parental;
- No “pa-que”;
- Nas viagens;
- Na evangelização que frequentamos.
Financeiramente dizendo, eu vejo que economizei uns bons 10-15 mil reais nessa história toda!
Não que as outras alternativas saíram de graça, mas me custaram menos que a escolinha e sim, por muitos meses saíram gratuitamente!
A parte que eu gosto de ela não ter frequentado a escolinha é o fato de ela não ter criado padrões.
Costumo dizer que escolinha padroniza a criança, e dá muitas respostas certas – que nem sempre são a única solução.
Então não, definitivamente não me arrependi da minha solução alternativa!
SE EU TIVESSE LEVADO ELA PARA A ESCOLINHA…
Várias oportunidades não teriam se aberto na minha vida pessoal e profissional!
Chegou a hora de listá-las:
EU NÃO TERIA CONHECIDO A FAMÍLIA FAERMAN
E essa família foi um divisor de águas na vida da minha família.
Eu conheci a Vida (a bebê) no Coletivo Parental Brotinhos.
Conheci também a Ari, mãe da vida, lá também.
Das conversas no Coletivo a Ari me apresentou para o Rodrigo, marido dela, que trabalha com Fórmula de Lançamento, assim como eu.
De lá saiu um projeto, o Método Earth, o qual tenho desenvolvido junto com o Rodrigo – e tem sido espetacular.
Mas não acabou por aí…
A Ari é terapeuta holística e eu resolvi experimentar a atuação dela.
Aproveitei que nessa data minha mãe estava aqui e levei minha mãe junto.
Os resultados dessa sessão de mapa de projeção foram fantásticos!
EU NÃO TERIA INICIADO A CONSULTORIA DE IMAGEM E ESTILO
Para mim, o resultado mais evidente desse mapa de projeção foi o início da Consultoria de Imagem e Estilo.
Eu já sabia que queria passar por essa transformação, mas ainda estava procrastinando o “quando”.
Foi depois da sessão do Mapa de Projeção que eu de fato dei esse passo e iniciei a Consultoria com a Mari.
O resultado temos acompanhado e uma nova Pri, mais contente com meu corpo e com minhas roupas surgiu…
E se a Naty tivesse ido para a escolinha era a outra Pri que habitaria meu guarda-roupa ainda…
MINHA MÃE NÃO TERIA TRANSFORMADO SUA VIDA
O resultado do Mapa de Projeção para minha mãe foi ainda mais surpreendente!
Ela passou por uma transição de carreira, tornando-se terapeuta holística.
E também resolveu se mudar da cidade natal dela – pela primeira vez na vida, com 48 anos, foi morar sozinha!
Ela se abriu para a espiritualidade de uma forma que ninguém imaginava!
E eu já nem tô gostando dessa mudança né?! Aproveitando um monte essa oportunidade!
Na prática minha mãe foi sem dúvida uma das pessoas mais beneficiadas da Naty não ter ido para a escolinha!
Além de tudo que isso que aconteceu com ela por causa da experiência do Mapa de Projeção da Ari, ela ainda pode curtir muiiiito a neta!
Foram mais de 2 meses levando a Naty para o “pa-que”, percorrendo o lindo visual da Beira Mar!
Aproveita e coloca mais uma pitada de qualidade de vida aí!!
Essa cidade é muito linda e é um privilégio morar a 1 quarteirão do mar, e poder ver ele todos os dias!
Ela também pode curtir a primeira neta de forma mega intensa!
O restante da família também teve mais oportunidades de ver a Naty, mesmo com a distância que nos separa.
Mas minha mãe foi de longe a maior beneficiada da Naty não ter frequentado a escolinha!
EU NÃO TERIA AMIGAS PARA PASSEAR COM BEBÊS
Outra consequência do Coletivo Parental Brotinhos foi a minha ideia de criar um novo coletivo, o qual chamei de Coletivo Raio de Luz.
Dessa tentativa já relatada em um post passado, acabei me aproximando muito da Ari e da Mel.
Foi por essa aproximação que começamos a “passear” com nossos bebês semanalmente.
Não durou muito, confesso!
Mas foram tardes deliciosas que pudemos estar do lado de nossas filhas e nos conhecer mais, trocando experiências e figurinhas!
Foi muito bom pertencer a um grupo de mães que eu tanto admiro e gosto de estar por perto!
EU NÃO TERIA ME TORNADO SÓCIA NO ALDEIA
Foi minha mãe que foi a primeira vez lá, quando houve uma gravação de uma reportagem e ela levou a Naty pois eu estava em reunião.
O fato de a Naty ter ido lá na gravação, me deu de brinde uma semana free de uso do espaço de coworking.
Eu aproveitei essa semana entre junho e julho, pois essa era de fato uma opção para o meu retorno em setembro.
De cara, adorei a Aldeia e a Carol!
E a vida seguiu quando, na véspera da minha volta para Floripa em setembro, uma outra amiga do coletivo me mandou o anúncio que o Aldeia estava a procura de uma sócia.
Mel, muito muito obrigada por ter sido essa ponte!
Se não fosse essa sua singela atitude, nossos caminhos teriam sido totalmente diferentes – e provavelmente a Naty teria voltado para a escolinha em setembro!
A conversa com a Carol começou e se engatou de maneira muito rápida e natural – e isso também é assunto para um novo post.
Mas o fato é que não, se a Naty tivesse ido para a escolinha, eu não teria nem experimentado a opção coworling familiar, muito menos conhecido a Mel no Coletivo que me conectou com essa oportunidade.
E não, eu não teria me tornado sócia da Aldeia, meu primeiro projeto empreendedor físico.
EU NÃO TERIA INICIADO O EMPREENDEDORISMO MATERNO
Novamente fazendo jus a Mel, que depois de ter feito uma sessão comigo de finanças no empreendimento dela, me convenceu a participar de um grupo de empreendedorismo materno.
Mel, muito obrigada por me apresentar o Clube Metamorfose!
Foi quando eu entrei nesse grupo que eu senti forte o chamado para empreendedorismo materno, e resolvi me entregar a ele.
Eu já sabia que em 2020 tinha um pezinho nisso e agora, chegando próximo da virada do ano, esse pezinho vai ficando cada vez mais claro.
Tem a ver com a Aldeia e com o Clube Metamorfose.
VALEU A PENA A NATY NÃO TER IDO PARA A ESCOLINHA?
Acho que não preciso mais responder né?!
As loucas soluções da mamãe Pri Nunes abriram minha mente demais e me encheram de oportunidades!
E eu pude curtir minha filha bem pertinho de mim, em todos os momentos!
É por isso que eu gosto de questionar as respostas óbvias da vida, e encontrar caminhos diferentes.
E o que eu quero de você?
Que você pense se levar seu filho para a escolinha é realmente a melhor opção ou a única opção…
Talvez se esconda aí alguma alternativa que você sequer imaginava que existia!
Boa sorte!