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JÁ FALEI QUE EU AMO MORAR DE ALUGUEL? É ISSO QUE ME PERMITE FAZER MUDANÇAS RELÂMPAGO NA MINHA VIDA
Aos 43´do segundo tempo de 2019 eu resolvi me mudar!
E literalmente no último dia do ano estava fazendo minha mudança, para encerrar o ciclo de 2019 em uma casa e começar o ciclo de 2020 em outra.
Nesse post eu vim dividir com você um pouquinho dos bastidores dessa mudança.
NOSSA VONTADE DE MUDAR
Ela apareceu no final de outubro, quando comecei a entender o ritmo novo que minha vida tinha tomado, após 2 acontecimentos:
- Minha sociedade na Aldeia, o que me fazia me deslocar até Jurerê todos os dias da semana;
- O desligamento do meu marido do seu antigo trabalho, o que tirava nossa vantagem geográfica de morar no centro da cidade.
Desde então começamos a procurar casa ou apartamento mais próximo de Jurerê, onde trabalho atualmente.
No entanto, com a proximidade da temporada, as opções de aluguel anual diminuem consideravelmente.
Fizemos um primeiro levantamento em novembro, antes da nossa viagem para São Paulo.
Em dezembro, quando voltamos, visitamos várias casas e apartamentos; porém nada ainda estava do nosso agrado.
Engraçado que o apartamento para o qual nos mudamos foi literalmente o primeiro que visitamos.
Nós gostamos dele, mas tivemos a falsa impressão que ele era longe do meu trabalho.
Bem, duas semanas de pesquisas se passaram e o discurso das imobiliárias era sempre o mesmo: espera a temporada passar que vai aparecer coisa boa.
Já estávamos conformados com essa notícia e aceitando que realmente nossa mudança aconteceria somente em meados de março de 2020, após o Carnaval.
Foi quando, nas nossas pesquisas, esse apartamento apareceu de novo!
Após rodar tanto o bairro, tínhamos percebido que ele não era tão fora de mão quanto pareceu na primeira vista.
E, por coincidência, a pessoa que o havia alugado desistiu, fazendo ele ficar livre novamente.
Estávamos no dia 19 de dezembro (quinta-feira).
Decidimos ver novamente o apartamento mas, por burocracias da imobiliária, ver estava difícil…
Então já resolvemos mandar a documentação e começar o processo de aluguel, antes mesmo daquela última vista.
Sábado, dia 21 de dezembro, visitamos o apartamento novo para saber o que conseguiríamos trazer dos nossos móveis.
Em paralelo, na casa antiga, já comecei a arrumar a mudança.
Por arrumar, entende-se: tirar tudo de dentro dos armários, fazer aquela limpa do que não era preciso ir para a casa nova, e acomodar o que vai em sacolas.
Dia 23/12 (seg) nossa documentação foi aprovada.
Dia 24/12 (ter), véspera de Natal, colocamos mais de 15 itens da casa antiga para vender na OLX, e já começamos o desapego.
O Natal foi recheado de arrumação, contando ainda com um dia passando muito mal por uma infecção alimentar.
FAZENDO A MUDANÇA
Dia 26/12 terminamos de ajustar a documentação faltante e entregamos à imobiliária.
Dia 27/12 pegamos as chaves e trouxemos o primeiro carro, com nossas roupas para guardar.
Foi muito bom ter na casa nova os armários já prontos!
Isso adiantou MUITOOO a mudança pois, as coisas miúdas que precisamos pensar para guardar, trouxemos antes mesmo da mudança chegar!
No sábado dia 28/12 viemos novamente, dessa vez com os itens de cozinha.
Aproveitamos para arrumar um pouco a casa nova, limpar e fazer alguns ajustes que precisavam ser feitos.
No domingo trouxemos mais um carro cheio de coisas para guardar, das partes que já tinham espaço disponível para isso.
Nesse dia, inclusive, ficamos até meia noite terminando de arrumar tudo que precisava ser arrumado na casa nova.
Uma função que só!
Segunda-feira, dia 30 de dezembro, foi oficialmente o dia da mudança. Aquele dia que acordamos em uma casa e dormimos em outra.
Pela manhã o caminhão carregou na casa velha; e a tarde descarregou na casa nova.
Tudo isso no meio da loucura da temporada, com trânsito e tudo!
Mas deu tudo certo!! Assim que o caminhão foi embora eu e meu marido começamos a montar as coisas.
Montamos o hack da sala, nossa cama, arrumamos a parte da cozinha e lavanderia, o mínimo possível para deixar a casa habitada.
Nossa sacada virou literalmente um depósito de coisas a serem resolvidas – ainda bem que não choveu!!
Foi inteirinha tomada por trecos para decidirmos onde guardaríamos.
No fim de tarde ainda conseguimos dar um pulinho na praia e curtir a proximidade dela com a casa nova!
Terça-feira, dia 31, continuamos a arrumação!
O negócio foi tão intenso que às 22h do dia 31 eu estava morta!
Fui dormir um pouquinho para ver se conseguia ao menos assistir aos fogos da virada de ano na praia.
E assim foi… Alguns minutos antes da virada levantei e fomos a praia.
Uma experiência bem ruim, diga-se de passagem… A Naty se assustou muito e não quer mais voltar para a praia de jeito nenhum!
Dia primeiro foi dia de continuar e, praticamente, terminar a arrumação!
Agora sim a casa estava com nossa cara, com cara de casa com criança!
Tatames instalados, brinquedos organizados, agora podíamos novamente chamar de nosso lar!
Mas não acabou o processo de mudança…
Dia 2/1, quinta-feira, voltamos ao apartamento velho para terminar de desmontar o que ficou lá.
Concluímos algumas vendas importantes, limpamos o ap, devolvemos lustres e chuveiros que havíamos trocado.
Passamos comprar algumas coisas para o ap novo e, ao chegar em casa, ainda instalamos tudo – literalmente um dia de elétrica e hidráulica!
Viva o maridão que vai se aventurando nessas coisas todas!!
E, pra fechar com chave de ouro a mudança, recebemos a família do meu pai!
Nossa primeira visita da temporada 2020, chegando bem na muvuca da mudança!
No dia seguinte eles ainda ajudaram a instalar algumas coisas coisinhas que ficaram faltando – nem eles escaparam da mudança!
Dia 03/01, sexta-feira, foi o dia de organizar a bagunça que eu fui deixando na Aldeia, de tudo que levei para lá!
E daí sim, podemos dar como concluída a mudança para a casa nova no dia 04/01, sábado – faltando apenas pequenos detalhes.
Mas ainda não foi o fim…
Dia 08/01, quarta-feira, voltamos ao apto antigo para fazer a vistoria final e, em seguida, entregar as chaves – e pagar, claro!
Daí sim demos por concluída toda a mudança e começamos literalmente, junto com o ano novo, um novo ciclo de lar!
MAS… PORQUE NOS MUDAMOS?!
O primeiro e principal motivo que nos fez fazer essa mudança relâmpago foi nossa qualidade de vida.
Desde que eu comecei a vir para Jurerê diariamente, senti meu tempo escorrer pelo asfalto…
Andar de carro todos os dias é algo que já não fazia mais parte da minha rotina desde que vim para Floripa, há 5 anos.
A Naty também não é uma amante de “carrão”, como ela mesma diz!
Estava ficando cansativo o processo de ter hora para acordar, andar 30 minutos de carro para chegar ao trabalho…
E, na volta, pegar 40, 50 minutos de trânsito… Que por vezes virava 1h30, prometendo ser até mais com o início da temporada.
Pra gente que tem toda a flexibilidade de morar de aluguel, não faz sentido deixar 2h do dia perdidas no trânsito.
Ainda mais depois que meu marido parou de trabalhar no centro, passou a fazer ainda menos sentido.
Então o motivo número 1 que nos trouxe até Jurerê foi a busca pela qualidade de vida, que logo passaremos a experimentar!
O segundo motivo foi o financeiro!
Acredite você ou não, morar em Jurerê é mais barato do que onde morávamos antes.
Em termos de aluguel os valores não mudaram muito – embora o apto que eu morava na Agronomica seja uns 30% maior do que o que eu moro agora em Jurerê.
Mas o condomínio fez uma diferença grande, de cerca de R$ 800 a menos!
Isso incluindo água e gás que, depois de começar a pesquisas novas opções de moradia, descobri que lá no Portal da Agronômica pagávamos um absurdo de água e gás!
Além do condomínio, outra rubrica que tende a diminuir é o combustível!
Esperamos voltar com nossa antiga rotina de abastecer o carro apenas uma vez por mês, deixando de gastar os R$ 700 que estávamos gastando de combustível.
Na somatória, esperamos ter uma diminuição de aproximadamente R$ 1.500 por mês no nosso custo de vida.
Isso é o que chamo de decisões inteligentes, usando a possibilidade de morar de aluguel!
É por isso que eu amo alugar!
O QUE VAI DAR SAUDADE?!
Os últimos dias do ap antigo me fizeram refletir sobre o que eu sentiria saudades…
Os primeiros dias do ap novo me mostraram que as minhas hipóteses de saudade não foram tão intensas assim…
A primeira coisa que eu achei que teria saudade é do espaço. Eu tinha um ap beemmmm grande!
Isso era bom! Dava para organizar a bagunça em um canto e viver em vários outros cantos!
O ap menor nos fez nos organizar melhor com a bagunça, mesmo durante a arrumação.
Mas ele é tão aconchegante que, mesmo tendo menos espaço, não nos sentimos apertados aqui.
A segunda coisa que pensamos que teríamos saudades é da lavanderia, com o quartinho de empregada que tínhamos e vivia cheio de tralha.
Ah, e o varal, que varal enorme e delicioso que tínhamos!
Bem, em termos de lavanderia, a nossa realmente ficou bem apertadinha!
Mas já estamos nos adaptando e é gostoso ter tudo na mão, bem prático!
As tralhas, bem… Parte delas vendemos, outras foram para a Aldeia, algumas para o hobby box (o que ajuda muito!!).
O fato é que ainda não sentimos falta de espaço, pois demos um jeito de colocar tudo que temos nos espaços que temos agora!
E em termos de apartamento, a terceira coisa que eu penso que terei saudades é da vista da minha sacada.
Ver aquele marzão lindo, poder dar bom dia para aquela vista!
Definitivamente foi um privilégio poder usufruir de uma vista linda dessa da minha sacada antiga por 1 ano e 2 meses!
Na casa nova não tenho uma vista tão linda, sequer consigo ver o mar.
Mas o fato é que eu aproveitei muito minha vista linda nos primeiros meses.
Atualmente já nem dava tanta bola para ela…
Então também não é ela que me fará ter saudades do ap velho…
Em termos de condomínio, a área que tínhamos no condomínio passado era maior e melhor (tinha quadra, piscina).
Mas, claro, como já suspeitávamos desde a mudança anterior… Quase não usamos!
Especialmente a piscina – faz muito frio nessa cidade para usar a piscina o ano inteiro! É realmente só janeiro e olhe lá!
Então o fato de não ter “nada” no condomínio novo não me parece fazer muita falta…
Já o fato de economizar R$ 800 de condomínio me deixa sim, bem feliz!!
Agora, pra finalizar a parte da saudades da mudança, chegamos na redondeza!
E a conclusão que chegamos é que, definitivamente, não nos sentimos acolhidos na Agronômica.
Em um ano morando lá, não fizemos amizade, não nos viciamos em nenhum comércio local…
E nós prezamos por esse carinho do comércio local!
Conhecer o dono da padaria, dos locais próximos que consumimos!
Ainda temos saudades da Lauro onde tínhamos esse ritmo!
E quem sabe agora, na casa nova, voltemos a ter esse acolhimento do bairro.
Talvez tenhamos saudades do Direto do Campo – de ter comida saudável fácil e barata.
E saudade da padaria cara e ruim – o que nos expulsou dela!
Aqui temos uma excelente padaria, bonita e gostosa! Será uma tentação…
E um mercadinho cheio de coisas gostosas.
E a praia né!!
Ela era pertinho lá também, mas aqui é muito muito perto! E de banho!
Então definitivamente não, não sentiremos saudades das redondezas da Agronômica.
Estamos prontos para começar nosso ano e nossa vida em um novo lar, em uma nova dinâmica.
Porque 2020 está aí para isso, para fazer acontecer!
Bora começar?!
