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PORQUE O PRINCIPAL PRESENTE QUE ELA PODERIA GANHAR ERA NOSSO TEMPO E PRESENÇA!
Pois então… Estava falando no post passado que minha filha fez um ano e, nos dias ao redor dessa data marcante, recebi recorrentemente a seguinte pergunta:
- Como vai ser a festinha?
- Ou… como foi a festinha de 1 ano?
Mas… Na prática, eu não fiz festinha nenhuma.
E daí fiquei me perguntando porque todo mundo espera uma festa de 1 ano…
E dessa reflexão toda surgiu o motivo para eu escrever esse post: porque eu não fiz uma festa de aniversário de 1 ano para minha filha.
Esse post faz parte da Categoria Mamãe Pri Nunes, onde eu divido relatos, experiências e estudos sobre a maternidade. Veja aqui mais posts da fase: “dos sorrisinhos aos primeiros passinhos”.
SOU MÃE DE MOMENTOS, NÃO DE FOTOS
A maternidade me despertou uma clareza em relação a minha relação com a fotografia, algo que eu já contei alguns posts atrás.
Embora eu concorde que a fotografia é praticamente tudo que sobra em relação a um evento – como um casamento, um aniversário – eu fico indagada quando a fotografia passa a ser motivo desses eventos.
Quando eu fiz o Chá de Fraldas da Naty em Americana, fiquei com a sensação de que o único objetivo daquele evento foi tirar fotos.
Porque eu não consegui curtir nada aquele momento.
Daí me pego questionando… Se o objetivo do evento é tirar fotos bonitas, porque então não fazemos um ensaio fotográfico?
Já que, no ensaio sim, o objetivo fim é tirar foto!
Mas num evento, como um aniversário, o objetivo não deveria ser tirar fotos… Mas sim celebrar, celebrar a conquista, a vitória, 1 ano, oras…
Conforme o tempo vai passando eu tenho buscado cada vez mais significado para o que parece ser tradicional de ser realizado, mas na minha cabeça não é tão óbvio assim.
Eu não batizei e não pretendo batizar minha filha – e já falei sobre isso aqui.
Logo, ela não terá fotos do batismo.
Ela também não tem padrinhos de bastismo – mas eu resolvi que ela teria sim uma madrinha.
E, agora, ela não teve festa de aniversário de 1 ano.
Ai, será que ela vai ser bullinada no futuro por conta disso?! (essa pergunta não me preocupa nem um pouco, diga-se de passagem).
CELEBRANDO UM ANO
Muito bem, depois de muito pensar (obviamente antes de ela completar um ano), eu cheguei a conclusão de que o aniversário dela deveria ser celebrado.
Mas… celebrado por quem?
Por quem foi importante na vida dela ao longo desse primeiro ano de vida.
E quem foi importante na vida dela nesse momento? A família dela.
Leia-se: eu (ma-mã), meu marido (pa-pa) e a irmã-dog (a pa – o jeito que ela chama carinhosamente a Paçoca, nossa salsichinha).
Eu não tenho a menor dúvida que nós fomos as pessoas mais importantes na vida da minha filha neste primeiro ano.
Meus amigos e os amigos do meu marido foram importantes? Sim, especialmente para nós – não necessariamente para ela.
Nossos familiares foram importantes? Poxa, e como! Muito para nós, e mais ainda para ela.
Só que eles moram todos longe e, se eu tivesse em Americana, talvez tivesse mais motivos para fazer uma festinha mas, estando aqui em Floripa, não via motivo para reunir os meus amigos para celebrar um dia para ela.
DECIDINDO NÃO FAZER FESTA
Só que, mesmo sabendo de tudo isso, eu cogitei a possibilidade de fazer sim uma festinha.
Daí montei uma pequena lista de convidados, e comecei a pensar como seria esse dia.
Tá, não posso esconder de você que, pensar em gastar R$ 1-2 mil reais para fazer uma festinha foi um fator bem pesado na decisão de não fazer a festa – ainda mais porque a vida não está tão próspera assim nesse momento.
Mas, além do dinheiro… Eu teria que encomendar/fazer comida, arrumar salão de festa, enfeitar…
Tudo isso para tirar fotos e cantar parabéns… Para pessoas que são sim importantes para mim e para meu marido mas, não necessariamente são para minha filha?!
Confesso que deu uma preguiça danada de fazer isso tudo…
E daí eu resolvi mesmo foi não fazer nada!
E comemorar o aniversário dela da maneira que eu achei que ela fosse se divertir mais: um dia inteiro em família!
NOSSA FESTA EM FAMÍLIA
Nossa forma de celebrar o primeiro ano dela foi bem especial, e bem a nossa cara!
Começamos o dia levantando todos juntos, fazendo festa na cama – algo que dificilmente ocorre devido a correria do dia-a-dia.
Fomos na padaria tomar um café da manhã diferente!
Depois levamos a Paçoca na UFSC – nosso passeio predileto em família.
E a Naty, que não tinha acordado muito de bom humor, aproveitou e tirou um cochilinho durante o passeio.
Depois disso fomos a uma loja de brinquedos educativos escolher um presente para ela – algo simbólico, já que sabíamos que o melhor presente era nossa presença!
Daí pulamos nosso almoço e fomos na sorveteria – e foi a primeira vez que a Naty tomou sorvete!!
E como ela brincou com os brinquedos da sorveteria! Parecia até que ela entendia que era um dia especial para ela.
Depois voltamos para casa, fizemos algumas ligações, cantamos parabéns dezenas de vezes por todos da família que nos ligavam.
E chegou a hora do nosso cochilo da tarde! Ehhh delícia!!
Quando acordamos, daí sim cantamos parabéns de fato com um bolinho simbólico que eu havia comprado no supermercado.
Fizemos uma ligação compartilhada no Whats App para quem nos atendeu, ascendemos as velinhas e cantamos o parabéns oficial!
Tadinha, se assustou toda com a velinha e com o barulho.
Se ela pudesse falar alguma coisa com certeza diria que os parabéns sem vela eram mais legais – porque a gente acha que criança gosta das mesmas coisas que adulto?!
E, pra fechar o dia com chave de ouro, fizemos uma caminhada aqui perto de casa para ver o Natal.
Vimos o Natal da Beira Mar e do shopping.
E ela ficou feliz da vida de passar o dia todo conosco, ganhando nossa atenção e nosso carinho!
- Não teve doce, não teve brigadeiro…
- Não teve mesa do bolo, enfeites nem bexiga…
- Não tiveram presentes (apenas o nosso)…
- Não teve roupa especial nem super produção…
- Não teve centenas de fotos…
Também não teve estresse e ansiedade para o dia da festa…
- Ninguém mudou sua rotina ou deixou de comer na hora que está acostumado;
- Não ficamos preocupados em dar atenção para mais ninguém além da nossa aniversariante.
Sobrou tempo!!!!!
Que usamos dando beijos e abraços, brincando juntos no nosso tatame, caminhando em família no nosso passeio a noite.
Sobrou carinho e abraços apertados!
Sobrou sorrisinhos e mãozinhas se erguendo ao responder a pergunta: quem faz aniversário hoje?!
Teve gargalhada e até show da Xuxa!
Talvez ela não se lembre de como foi a comemoração do aniversário de 1 ano dela. Provavelmente ela não se lembraria caso tivéssemos feito uma festa completa.
Mas o coração de mãe terminou o dia cheio de amor e carinho, com a certeza de ter feito uma ótima escolha e ter dado o principal presente que minha filha poderia ganhar: meu tempo e minha presença.
E quanto as perguntas de como foi a festa de aniversário…
Bem, diria que foi deliciosa, do nosso jeito, com a nossa cara!
Porque seguir o que manda o protocolo não é muito a minha cara… E eu prefiro acumular momentos e experiências do que fotografia.
E é isso que vou ensiná-la, desde de pequena. A ser humana!
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Quem chorou com esse texto?? TATATA