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INFLUENCIADOR DIGITAL, EMPRESA, PRODUTO E MARKETING DE CONTEÚDO: COMO ISSO SE RELACIONA EM EMPRESAS QUE USAM O FL COMO MODELO DE NEGÓCIOS?
Eu estou passando pelo processo de abertura de uma start up em educação financeira, junto com mais dois sócios e, como bons empreendedores, o processo de pesquisa por trás de uma decisão é grande… Então decidi dividir com você uma parte dessa pesquisa!
Uma das nossas primeiras decisões foi basear nossa start up no modelo de negócios do Fórmula de Lançamento. Não vou entrar muito nesse mérito aqui… Se quiser saber mais minha visão sobre isso, leia esse post.
Passada essa decisão, o próximo passo está sendo criar toda nossa marca, que envolve: nome da empresa, nome do produto, logo, paleta de cores, domínios, redes sociais, etc, etc.
Foi nesse passo que a cabeça deu nó… Porque me pareceu bem óbvio fazer isso quando você tem uma empresa tradicional, com uma cesta de produtos, que oferece uma gama variada de serviços para seus clientes. Eu disse óbvio, não fácil… Criar tudo isso não tem nada de fácil e é de uma importância tremenda!
Só que no Fórmula de Lançamento a relação não é tão simples e direta assim, então eu fiz todo um levantamento que vim dividir aqui com você!
Usei como benchmarking os formuleiros que eu mais acompanho e sou cliente: Erico Rocha, Gabriel Goffi, Geronimo Thelm e Murilo Gun. Também tem muita coisa aqui que aprendi no curso da Cris Franklin, no Você Referência.
É bom lembrar também que tudo que está aqui escrito é uma opinião e uma visão minha, e não foi compartilhada com nenhuma das respectivas equipes.
Esse post faz parte da categoria Empreendedora Digital, onde eu divido os bastidores da minha experiência no empreendedorismo e, especialmente, no empreendedorismo digital através do Fórmula de Lançamento. Para ver outros posts dessa categoria, clique aqui.
FAZENDO NEGÓCIOS COM PESSOAS E NÃO COM EMPRESAS
Essa é uma máxima do empreendedorismo recente, principalmente aquele voltado para o consumidor. Pessoas gostam de fazer negócios com pessoas e não com empresas.
Por isso, grande parte dos players que usam o FL tem uma pessoa que representa muito bem seus times, um influenciador digital. Até existe uma empresa por trás de tudo isso, mas o nome da pessoa é muito mais forte do que o nome da empresa em si.
Você ouve falar mais do Erico Rocha do que a Ignição Digital… Mais do Geronimo Thelm do que da Full Ideias.
O Gabriel Goffi vejo que vem se diferenciando um pouco e colocando a HSA com tanta evidência quanto ele próprio, mas mesmo assim ele continua sendo a pessoa do front. Recentemente o Murilo Gun também colocou limites bem evidentes entre ele e a keep learning school.
O fato é que, para existir, qualquer empresa/pessoa precisa estar presente na internet. Todos eles como “pessoa física” estão presentes, através de seus sites pessoais:
Nome que também se estendem a FanPage, Instagram, Canal do Youtube e outras mídias sociais.
Porém não são todas as empresas que estão presentes como “personalidade jurídica”, da forma como tradicionalmente conhecemos o site das empresas.
Na prática, se você nunca acompanhou esses caras, dificilmente vai encontrar pela internet sobre a empresa deles e o que elas oferecem.
- Do Geronimo, por exemplo, eu não encontrei nada sobre a Full Ideias;
- Do Erico Rocha, encontrei o site da Ignição Digital, que me pareceu ser extremamente direcionador para os produtos da empresa – já que não fala nada da empresa em si;
- Idem para o Murilo Gun e a Keep Leaning School – é mais um direcionamento para os produtos da empresa do que a empresa em si;
- E, novamente, quem tem um posicionamento diferenciado é o Gabriel Goffi pois, o site da HSA fala sobre a empresa, seus valores, sua equipe; assim como apresenta seus produtos.
Em termos de mídias sociais, porém, nenhum deles apresenta página da empresa – apenas da “pessoa física”.
Eu não sou especialista para determinar a necessidade ou não de criação da página de uma empresa dentro do modelo de negócios do FL mas, na minha visão como empreendedora, eu acho fundamental que existam limites claros entre a pessoa física e a pessoa jurídica.
Mais do que isso, julgo de um estímulo interno fantástico a empresa ter sua própria personalidade. Quando tive oportunidade, sempre prezei por deixar claro o nome de toda a equipe que estava por trás dos projetos que eu estava representando.
E quando você assiste esses influenciadores digitais não consegue imaginar que não existe uma empresa por trás – mesmo sabendo que você gosta de se relacionar com a pessoa e não com a empresa.
Afinal de contas, você não acha que todos os seus comentários no facebook são curtidos e respondidos pelos caras como pessoa física, não é mesmo?? Alguns até acredito que sim, mas não todos, definitivamente!
PESSOA FÍSICA X PRODUTO X EMPRESA
Aí mora a segunda parte da confusão… Se entender a relação da pessoa física com a pessoa jurídica já foi difícil, vamos agora tentar colocar o produto no meio da história…
Por produto, entenda o curso on line de cada um desses influenciadores.
- Erico Rocha é o cara da Ignição Digital ou do Fórmula de Lançamento?
- Geronimo Thelm é o cara da Full Ideias ou da Academia da Produtividade? Ou ainda, do Profissão Coaching?
- Murilo Gun é o cara da Keep Learning School ou do Reaprendizagem Criativa?
- Gabriel Goffi é o cara da HSA ou do Moving Up?
Pronto, tá dado o nó na sua cabeça também… Aposto com você que, de todas as pessoas que conhecem e seguem esses gurus, a maior parte delas os relacionam com seus produtos e não com suas empresas.
E algum problema de fazer essa relação?? Não, problema nenhuma na verdade…
Minha análise foi desenhar o posicionamento de tudo isso. Ainda é difícil para mim aceitar que os produtos tem um posicionamento mais forte que as empresas – não é assim que eu fui educada no empreendedorismo.
PRA FECHAR O NÓ: MARKETING DE CONTEÚDO
Tava difícil entender e relacionar tudo isso?? Vou colocar o último ingrediente: todos eles produzem marketing de conteúdo.
Se você não sabe o que é o marketing de conteúdo, em poucas palavras é aquilo que chega até você pelas mídias sociais. Sejam vídeos, fotos, frases de impacto, etc.
O X da questão é: o marketing de conteúdo está ligado a pessoa física, a pessoa jurídica ou ao produto??
Minha resposta para essa pergunta foi: está tudo bagunçado e cada um faz de um jeito…
Esse pessoal gosta muito de fazer vídeos, então tem muita coisa em seus canais do youtube (majoritariamente nos seus nomes pessoais). Vídeos esses que são reproduzidos e compartilhados nas redes sociais, mas acabam ficando hospedados no Youtube.
Também são adeptos ao tráfego pago – impulsionando esse tipo de conteúdo.
Não vejo uma preocupação muito intensa com o tráfego orgânico, aquele que é resultado de busca no Google. Vejo que, quem se preocupa com isso tem um blog (ou vlog) e tenta, no mínimo, transcrever parte dos seus vídeos para facilitar o trabalho dos buscadores.
Mas tenho uma intuição que, se aprofundarmos em como tudo isso está organizado dentro dessas empresas, encontraremos uma bagunça… Conteúdos que foram sendo criados e postados devido a épocas de lançamento e outras estratégias, mas que não foram sendo organizados, ou que não possuem uma sequencia muito lógica.
O máximo de lógica que eu consegui encontrar foi:
- O Goffi tem algumas playlists no Youtube, que facilitam você encontrar vídeos sequencias;
- O Erico Rocha pendura tudo no seu vlog;
- E o Geronimo Thelm, até pelo fato de ter dois produtos totalmente distintos, tem dois blogs onde os conteúdos estão relativamente organizados: o produtividadea e o viverdecoaching.
DANDO ZOOM E CONCLUINDO
Vamos pegar só o caso do Geronimo, e ver quantos domínios ele tem, considerando apenas o produto da Academia da Produtividade:
- Gerônimo Thelm – Pessoa Física;
- Produtividade A – blog de produtividade;
- Academia da Produtividade – página do produto;
- Full Ideias – nesse caso não tem site, mas é a empresa por trás de tudo isso.
A conclusão que eu cheguei fazendo essa análise é que, nos 4 casos estudados, tanto os sites das pessoas físicas, quanto os blogs (marketing de conteúdo) e também os da empresa tem um objetivo em comum: direcionar para o site do produto.
O site do produto, por sua vez, não direciona para nada… Tem como único objetivo capturar seu email. Obviamente que, durante o período de lançamento, esse site muda completamente de formato; mas, no restante do ano, fica com essa cara de “lista de espera”.
Sim, eu fiz todo esse levantamento e toda essa análise para decidir como eu vou posicionar o site da minha start up de educação financeira…
E espero que compartilhar esse tipo de análise estratégica possa te poupar algumas horas de pesquisa e reflexão… Se te ajudou, comenta aí!!
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Excelente artigo Pri! Muito bem articulado… parabéns! 🙂
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Obrigada Vanessa!!