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PARAR DE TRABALHAR PODE ATÉ SER BOM QUANDO VOCÊ NÃO GOSTA DO SEU TRABALHO… MAS QUANDO VOCÊ AMA O QUE FAZ, A VISÃO É BEM DIFERENTE!
Num post passado eu contei como foram as minhas escolhas entre me tornar mãe e conciliar isso com a minha carreira profissional.
Nesse post eu vou falar sobre porque estou tão feliz por não estar tendo a famosa “licença maternidade”.
Mas antes disso, preciso que a gente tenha um entendimento comum do que é licença maternidade para você!
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LICENÇA MATERNIDADE DO INSS
Se você é funcionária registrada em uma empresa, tem direito a licença maternidade – o que te garante de 4 a 6 meses (dependendo da empresa) de afastamento do trabalho, mas recebendo o mesmo salário que você tinha antes.
Para outros tipos de vínculos, as regras da licença são diferentes – e nem todos os tipos de vínculo empregatício tem esse benefício.
Eu estou falando mais sobre essa questão nesse post.
O fato é que, desde a primeira vez que pesquisei sobre o assunto, nem considerei a possibilidade de ter a licença maternidade pelo INSS, devido ao meu enquadramento.
Que bom que deu, pelo menos é uma graninha a mais que entra!
E essa pra mim é a primeira visão da licença maternidade do INSS que, na prática, na minha situação profissional, refere-se exclusivamente a renda – e não tem nada a ver com o trabalho.
LICENÇA MATERNIDADE DO TRABALHO
Então, independente de renda ou não, a questão é: continuarei trabalhando?
E pra responder essa questão eu preciso filosofar qual é o sentido do trabalho para mim.
Enquanto eu era funcionária, era muito claro o que é trabalhar – me dirigir a um escritório, passar entre 8 e 10 horas lá dentro realizando atividades que enriquecem outras pessoas.
Eu trocava meu tempo pelo dinheiro, conhecido como salário + benefícios.
E no meu último emprego eu não gostava muito do meu trabalho não… Então além de tudo ir para o trabalho não era a atividade mais prazerosa do mundo.
Se eu ainda estivesse nessa vida, penso que seria legal a possibilidade de me ausentar por 4 meses dessa rotina.
Não seria bom para a empresa, que teria que fazer adaptações para me cobrir. Mas pra mim seria um alívio não ter que sair de casa e poder cuidar do meu bebê.
Mas essa não é a minha realidade… Então o que é trabalho para mim hoje?
Atualmente eu considero como trabalho algumas ocupações pessoais e profissionais. Entre elas:
- Minha atuação na minha startup de educação financeira;
- A consultoria que realizo em São Paulo;
- O controle dos investimentos alheios que faço de casa;
- O controle financeiro da minha casa, envolvendo custo de vida e investimentos;
- Meu blog e mídias sociais.
E sabe de uma coisa?! Eu amo todas as minhas frentes de atuação profissional!
Nenhuma delas faço trocando meu tempo por dinheiro… Faço porque tenho propósitos por trás de cada uma delas.
Até porque apenas a consultoria me traz retorno financeiro, as demais (ainda) não, ou pelo menos não o suficiente para meu custo de vida.
O fato é que, a consultoria eu optei por encerrar durante minha “licença maternidade”. O fato de ter que ter horários foi um peso grande na minha decisão, e por isso eu preferi não me comprometer pelo menos por um semestre.
Minha startup? Tenho dois sócios, mas ela depende muito de mim! Eu deixei muita coisa pronta para os 2 primeiros meses do bebê e espero não demorar muito mais do que isso para voltar a ativa nessa frente.
Até porque os resultados são meus. O esforço é meu, e o que eu vou colher também! Então não tem muito essa de terceirizar… Tem que assumir e fazer acontecer!
E eu não faço de forma obrigada… Faço por prazer!
Os controles financeiros que faço (meus e dos investimentos alheios)… parar porque? São menos de 20h por mês para deixar tudo rodando e fazendo o dinheiro trabalhar pra mim.
Não dá para terceirizar. Se eu não fizer ninguém vai fazer. E é tão fácil, faz tanto parte da minha rotina.
Pode ser que eu leve mais tempo para fazer o que hoje faço em 20h por mês. Mas não tenho a menor intenção de parar…
E escrever no blog… Há…. Você acha que eu consigo ficar 4 ou 6 meses em postar nada aqui?? Sem dividir com você tim-tim por tim-tim das minhas experiências de vida??
Definitivamente não é um trabalho. É quase que minha hora de diversão. De interação social!
Sim, eu gosto muito mais de escrever um post contando tudo que está acontecendo na minha vida do que ficar 20 minutos pendurada no telefone contando tudo isso para uma amiga.
Ou seja… eu estou procurando qual a parte do trabalho, naquele sentido pejorativo, que eu teria que me afastar durante minha licença maternidade…
É trabalho para mim porque envolve uma dedicação na frente do computador, concentrada. Mas não é ruim… Pelo contrário, é divertido, e eu faço tudo com muito amor!
Então na prática eu não sei por quanto tempo vou ficar longe de tudo isso… Desse mundo que eu amo estar, amo fazer, amo ser!
Ou seja, dentro do que se espera de “afastamento do trabalho”, não tenho esperado muita coisa não…
Ah, e isso sem contar os demais afazeres domésticos que vem junto com o nascimento do bebê…
Além daqueles que já existem desde já (limpar a casa, cozinhar, lavar e passar, etc…).
Quero ver quem é que vai me fazer parar de trabalhar… Que eu vou diminuir o ritmo, não tenho a menor dúvida.
Mas parar é um termo muito forte para ser usado pra mim…
Depois eu volto para contar como está sendo essa experiência!
VOLTAR A TRABALHAR
De longe, esse é o meu maior motivo de alegria e satisfação nas minhas escolhas que me levaram a não ter licença maternidade.
Como eu não trabalho em um escritório, com horário fixo, eu não vou ter o momento que eu vou ter que “voltar o trabalho”.
Eu não vou ter que quebrar nenhuma rotina com a minha filha; não vou ter que tirar leite para continuar amamentando-a;
Não vou ter que me preocupar com prazos, reuniões, relatórios e nem com as pessoas que eu não gosto que poderia encontrar lá de novo;
Não vou ter que estar trancada em uma sala pensando se minha filha está bem com a cuidadora ou na creche que eu tive que deixar;
Não vou ter que sofrer com a separação durante várias horas por dia;
E vou poder aproveitar, dentro do conforto da minha casa, todo o crescimento dela. A primeira engatinhada, os primeiros passinhos, a introdução alimentar…
Eu e ela, juntas numa jornada dividida pelo computador, mas unida pelo mesmo cômodo da casa.
Não tenho a menor ideia de como vai ser isso… Mas só de pensar que eu não tenho que “voltar a trabalhar”, até porque não vou “parar de trabalhar” me dá um alívio enorme!!
E é por isso que eu estou tão feliz em não ter licença maternidade!
Fruto das escolhas profissionais e pessoais que eu fiz para chegar até aqui!
Foi/está sendo/será fácil?? Não, tenho certeza que não. Mas foi assim que eu escolhi!
E daqui alguns meses eu volto para contar se me arrependo de alguma dessas minhas decisões…
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