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No último post eu contei mais sobre minha decisão, complexa, de tornar a minha família uma família homeschooler, ou seja, aquela que pratica educação domiciliar.
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Vencida a parte da decisão, tanto interna comigo, quanto externa – marido e família, chegou a hora de por a mão na massa.
AS PESQUISAS PRÉVIAS
Como eu contei no post anterior, foram literalmente meses procurando e me introduzindo ao assunto.
Se você está começando, tenha paciência. Encontrar as informações não é algo trivial.
Dentro das minhas pesquisas, encontrei espécies de “associações”, das quais eu poderia pagar para ter acesso a algum tipo de material e ao acompanhamento jurídico, que poderia vir a ser necessário no caso de uma denúncia.
Encontrei também grupos de famílias praticantes do homeschooling (ou HS, como gostam de chamar). Todos eles porém, voltados a grupos religiosos aos quais eu não pertenço.
Seguindo então minha missão de dar início à minha prática, entendi os movimentos que precisava fazer.
Primeiro, o jurídico: depois de muito pesquisar concluí que só precisaria de algum tipo de defesa junto a advogado caso fosse denunciada. Espero que isso não aconteça!
Mas, de qualquer forma, já sei para onde correr em caso de necessidade.
O segundo passo: escolher qual material utilizaria.
PESQUISANDO MATERIAIS
Então começou outro passo longo da jornada.
Nessas horas, inclusive, o coração pensa: como é mais fácil levar pra escola e eles que se preocupem com o que vão ensinar para meu filho…
Mas a decisão era firme e estava tomada. A responsabilidade era minha.
Minha filha estava prestes a completar 4 anos de idade.
E pesquisar materiais de ensino domiciliar para essa idade é um desafio…
Porque muito se fala das idades maiores – materiais de matemática, português, história, geografia…
Pouco se fala sobre a idade para cada material, afinal de contas, a criança homeschooler depois que aprende a ler, tem alguma liberdade para escolher por onde começar a aprender.
E eu, na prática, sem nenhuma experiência em ensinar conteúdo didático para meus filhos, pensava: o que uma criança de 4 anos precisa aprender?
Além é claro de brincar, se divertir, amar e ser amada – que são os pontos mais importantes…
Busquei muito perfis de instagram… Sites, pedi indicações.
Mas decisões assim, guiadas pela intuição, continuam intuitivas ao longo de todo o processo.
Quando encontrei a linha que queria seguir, foi amor a primeira vista – e o processo de busca logo se encerrou: eu havia encontrado o material que procurava.
FAMÍLIA DE TRIGO
Confesso que não foi assim, tão difícil, encontrar a Família de Trigo.
Eles possuem bastante profissionalismo em sua estrutura digital, e uma busca simples no Google já os aponta.
No site deles, tudo que eu precisava: os materiais eram divididos por idade!
Agora sim eu sabia o que ensinar em cada uma das idades dos meus filhos.
Gostei muito também da forma leve como a mãe da família monta os materiais, atendendo às necessidades de seus próprios filhos.
Tudo simples, extremamente bem feito, funcional para o que eu precisava.
O material estava escolhido.
Esperei mais alguns dias para chegar no Black Friday e efetuar meu primeiro lote de compras.
APOSTILA OU ARQUIVO EM PDF
Depois de escolher a Família de Trigo, confesso que uma das minhas grandes dúvidas foi se eu adquiria os arquivos impressos diretamente ou em PDF.
A apostila impressa até seria mais fácil, embora um pouco mais cara que o PDF.
Mas meu coração, mais uma vez, me guiou à escolha do PDF.
Primeiro porque tenho dois filhos. Penso que, se eu quiser usar o material duas vezes, é financeiramente mais viável comprar em PDF e imprimir 2 vezes.
Segundo porque a veia empreendedora berrou forte mais uma vez e quis fazer uma combinatividade de experiências.
Enquanto fazíamos as atividades de inglês, que como eu contei nesse post me deram suporte para que eu decidisse pelo HS, uma das atividades que minha filha mais gostava era preencher o sumário.
Na apostila de inglês, havia um sumário lindo, com todas as atividades desenhadas. Ao concluir aquela atividade, ela colava um adesivo indicando a conclusão.
Essa era, de longe, a parte que ela mais gostava da brincadeira.
E muitas vezes ela queria fazer mais de uma atividade, só para colar o adesivo, que era uma patinha.
Trazendo para o mundo adulto, colar o adesivo nada mais era do que uma carga de dopamina, de hormônio da felicidade, por ter concluído uma atividade – e claro, tinha comemoração junto!
É certo que ficaria muito distante gerar essa sensação de conclusão em uma apostila de 120 páginas. Eu sequer tinha ideia quanto tempo demoraríamos para concluir a apostila.
Então resolvi criar pequenas apostilas e, claro, o sumário para colar o adesivo.
Então, por exemplo, a apostila de números… Ao invés das 140 páginas encadernadas, eu criei 12 mini-apostilas: uma para cada número, do 0 ao 10, e mais uma com a revisão de todos os números.
Assim, ao invés de comemorar uma única vez quando acabamos a apostila, nós comemoramos 12 vezes, quando terminamos cada uma das mini-apostilas.
Para cada comemoração, além de colar um selinho, eu separava um desenho que ela ganhava para pintar ou colar.
Sim, o desenho era relacionado ao número que estávamos estudando, e ela gostou bastante de ter essa “recompensa”.
Num próximo post, vou contar um pouco mais sobre como foi essa realidade dentro da nossa rotina!
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