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SEM MUITOS TESTES DESSA VEZ, O SUS FOI ESCOLHIDO PARA ACOMPANHAR O DESENVOLVIMENTO DA MINHA FILHA
Eu fiz um relato há um tempo atrás sobre a experiência que resolvi passar quando engravidei da minha primeira filha ao fazer o pré-Natal tanto no SUS quanto no particular (se você não leu, aqui está o post).
Como eu expliquei lá, eu queria fazer esse teste para ter embasamentos sobre continuar ou não pagando meu plano de saúde.
E também para saber se, numa próxima gestação, eu conseguiria fazer tudo pelo SUS com tranquilidade, ou se eu iria para o médico particular.
Feito o teste da gestação – e comprovado que o SUS era super suficiente para o que eu gostaria, hora de testar como é com o bebê.
Mas dessa vez foi um pouco diferente…
Fica comigo até o fim do post que estou te contando minha experiência de pediatra com o SUS.
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Esse post faz parte da Categoria Mamãe Pri Nunes, onde eu divido relatos, experiências e estudos sobre a maternidade. Veja aqui mais posts da fase: “dos sorrisinhos aos primeiros passinhos”.
PEDIATRA: SUS OU PARTICULAR?
Na gestação eu fiz o acompanhamento literalmente com dois profissionais (postinho e particular) e, o resultado desse acompanhamento que eu fiz foi que o SUS foi plenamente satisfatório para mim.
Então quando minha filha nasceu resolvi me fazer o mesmo questionamento: será que vale a pena eu fazer o acompanhamento dela pelo particular ou apenas pelo SUS?
Mas a diferença dessa vez foi que, na primeira consulta, eu tomei a decisão.
Se você não sabe, a primeira consulta do bebê com o pediatra deve acontecer com 5 dias de vida.
Eu a levei nos dois: no postinho e no particular, com 5 dias de vida.
No postinho foi primeiro…
Fui atendida por um excelente profissional, que fez muitas orientações para mim sobre a forma de amamentar, mediu ela, pesou ela e nos deixou tranquilo que tudo estava indo bem.
Nesse mesmo dia também consultei com aquela enfermeira que gostei muito durante a gestação, ela também me salvou a vida em termos de amamentação, olhou meus pontos do parto (é, foi normal mas teve ponto!) e me deixou bem tranquila.
Ainda no mesmo dia fizemos o teste do pezinho na minha filha, tudo no mesmo local.
Foi uma bateria para quem tinha parido há 5 dias, mas valeu muito a pena – especialmente para orientação quanto ao meu pós-parto, já que a neném estava super bem!
Alguns dias depois fomos no pediatra particular (ela já tinha 11 dias).
A minha primeira real dificuldade aqui foi escolher um pediatra… Eu não conheço médicos na cidade, não tenho referência e, quando fui pesquisar pelo plano para fazer uma consulta prévia antes do bebê nascer a resposta que eu tive foi: você pode até fazer a consulta prévia, mas o plano não cobre, tens que pagar pelo particular.
Então eu já fiquei bem insegura neste quesito, pois não dava para conhecer previamente o pediatra que eu iria…
Para facilitar a vida, acabei escolhendo o pediatra que estava disponível na clínica onde eu fiz o pré-natal particular mesmo.
A consulta com ele foi boa. Médico jovem, que já tinha a experiência de ter um filho em casa.
Foi um bate papo normal, que durou cerca de 30 minutos, nada de extraordinário.
Ele mediu e pesou minha filha e fomos embora.
A sensação que eu tive quando sai da consulta foi: atendimento extremamente semelhante entre o médico do particular e do SUS.
Não preciso passar novamente pelo meu teste de eficiência. A gestação foi o suficiente.
Minha filha é saudável, não tem nenhum problema, não vai morrer de fazer o acompanhamento no SUS.
Bora pro SUS.
E assim foi feito. Nunca mais voltei com ela no médico particular (hoje ela tem 9 meses).
Todas as minhas necessidades foram atendidas no SUS.
Então eu não tenho aqui neste post como comparar a conduta do médico particular o do SUS como fiz no de gestante. Mas posso te contar como foi o restante das consultas no SUS até agora.
ACOMPANHAMENTO INFANTIL NO SUS
No postinho que eu frequento aqui perto de casa, existe uma orientação sobre a quantidade de consultas da criança, de acordo com a evolução dela.
Além das consultas, é no mesmo postinho que eu levo ela para tomar todas as vacinas – e eu sigo o calendário do próprio SUS para isso.
Depois da consulta de 5 dias que eu descrevi acima, eu voltei no postinho com:
- 15 dias;
- 1 mês;
- 2 meses;
- 3 meses;
- 4 meses;
- 6 meses;
- 9 meses.
Em todas as consultas o procedimento tem sido muito parecido: ela é pesada, medida de altura e na circunferência da cabeça.
É assim que eles vão preenchendo os gráficos da caderneta da criança para ver a evolução.
A pergunta básica que se repete em todas as consultas é: como está sendo a alimentação dela.
E só… De resto, as consultas são apenas tira-dúvidas.
Quando não tem dúvidas, não quem o que falar…
Agora, uma coisa é fato nessa experiência que eu estou tendo: chamar a rotina de consulta ao pediatra no SUS é um tanto quanto estranho…
Porque, ao todo dessas 7 consultas, ela já foi consultada com 5 profissionais diferentes.
A maior parte das consultas tem sido com a enfermeira que eu gosto (felizmente!). Eu também confesso que acabo me organizando para sempre dar certo de ir com ela.
Já passamos por dois pediatras: um excelente e outro que eu não gostei;
Já passamos por residente – no dia que a consulta era para ser com a médica de família e a residente a estava substituindo.
E também passamos por enfermeiras da UFSC num dia que a consulta estava marcada com o pediatra mas eles estavam em reunião de planejamento.
A consulta mais complexa até agora foi a do 6º mês, que falou sobre a introdução alimentar.
Só que, na prática, eu e meu amigo google estamos fazendo isso por conta própria – então confesso que as orientações que recebo durante as consultas não me servem de muita coisa não.
Como eu já te contei, eu não tenho muito apego a ter um único profissional não… Isso para mim não faz diferença, porque eu acabo me consultando mesmo é com o Dr. Google!
E como ela tem tido uma conduta bastante saudável, estou bem contente com o que tenho encontrado no SUS.
Tem uma coisa neste processo que tem me deixado com a pulga atrás da orelha: alimentação e ganho de peso.
E, neste aspecto, tem sido até bom ter ela se consultando com uma “variedade de especialistas”.
Existe um número mágico (não sei de onde foi tirado), que um bebê tem que ganhar de 20 a 40 gramas de peso nos primeiros meses de vida.
Em todas as consultas a Naty nunca atingia essa marca…
Ficava entre 19g, 15 g… O ganho de peso dela tem sido sempre abaixo da curva normal – e, mais do que isso, tem estado cada vez mais abaixo da curva normal.
Só que a interpretação que cada profissional faz dessa informação é bem diferente.
- Já teve médico que me deu bronca por ela não estar ganhando peso suficiente;
- Já teve médico que me orientou educadamente a como melhorar os hábitos alimentares da minha filha para que ela ganhe peso;
- Já teve médico que me ameaçou introduzir fórmula (algo que eu continuo não querendo com todas as minhas forças) caso ela não ganhasse peso.
Quanto mais em tom de ameaça e reprovação vem todo o esforço que eu faço para que ela ganhe peso, menos credibilidade eu dou para o médico.
Mas isso é tema para outro post…
O fato é que a história se repete: a afinidade que você tem com o profissional que te consulta e, agora no caso, que consulta a minha filha, vale muito.
Neste aspecto, eu continuo não tendo absolutamente nada a reclamar do serviço que tenho recebido pelo SUS.
Até porque no caso dela precisa ainda menos de equipamento que precisava na gestação… Então é bem tranquilo mesmo!
Adiciono ainda que, além dessas consultas tradicionais, já levei ela 2 vezes de “urgência” no postinho…
Uma vez que ela não parava mais de vomitar; e o outra quando ela teve febre e eu não conseguia medicá-la.
Em ambas as vezes, novamente e felizmente fui super bem atendida e de maneira bem rápida!
Claro que essas coisas aconteceram em dias úteis, durante o dia, o que me facilitou a vida levar ao postinho.
Mas, novamente, nada tem me faltado.
E eu continuo comprovando minha teoria de que, aqui onde eu moro (Florianópolis), o SUS funciona muito bem obrigado!
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