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A SENSAÇÃO DA PASSAGEM DO TEMPO NA MATERNIDADE É UM MISTÉRIO…
“Aproveita que passa rápido” – essa foi, de longe, a frase que eu mais ouvi ao longo do primeiro ano de vida da minha filha.
Nos primeiros meses pensava comigo… Passa rápido porque? Os dias levam uma eternidade para acabar, não sei quem inventou essa que passa rápido.
Mas aqui estamos comemorando um ano do nascimento dela.
E, sem querer, eu já estou repetindo essa frase para amigas que se tornaram mães depois de mim.
Por que? Porque passa rápido mesmo…
Por isso resolvi vir aqui contar para você, de maneira um pouco mais detalhada, o que é esse sentimento do primeiro ano de vida passar tão rápido.
Claro que farei isso com as minhas palavras e, de acordo com a minha experiência. Fica comigo até o final para você entender porque eu também acho que passou tudo muito rápido.
Esse post faz parte da Categoria Mamãe Pri Nunes, onde eu divido relatos, experiências e estudos sobre a maternidade. Veja aqui mais posts da fase: “dos sorrisinhos aos primeiros passinhos”.
CONHECENDO O BEBÊ
Minha filha nasceu há um ano mas, na prática, parece que faz uns 3 anos que ela habita minha vida.
Ainda me lembro detalhes dos primeiros dias.
Um detalhe que não me sai da cabeça é como os dias ficaram grandes e intensos. O que antes era um dia para mim, depois que ela nasceu pareceu se transformar em 3 ou 4 dias.
A manhã geralmente era o melhor período – mais disposição. O que não tirava minhas dúvidas de mãe de primeira viagem.
A parte da tarde o cansaço já começava a bater e, qualquer soneca dela já virava soneca minha junto.
Ao anoitecer as coisas começaram a ficar mais complicadas… Porque o que eu mais queria era que ela dormisse – e nem sempre isso acontecia antes do meu humor acabar.
E as madrugadas… Ah, as madrugadas…
Felizmente, de bebezinho, elas foram bem boas!
Levantava 2 ou no máximo 3 vezes a noite para amamentar.
No início ela até demorava uns 30-40 minutos para dormir novamente… Mas logo passou a mamar e dormir.
O fato é: cada período do dia era um dia diferente.
Se de manhã eu tinha um problema para resolver do tipo: será que preciso tirar leite para não ficar com mastite?
De tarde o problema mudava e a dúvida era: é normal mesmo vomitar todo dia?
A noite já estávamos em outra fase: como é mesmo que eu crio um ritual do sono?
E nas madrugadas em claro… Dessas eu não tenho do que reclamar não, eu me preparei bem para elas!
O fato é que a dúvida da manhã era diferente da dúvida da tarde e parecia que o dia nunca acabava…
Até ela me conhecer, eu conhecer ela… Nós duas nos sentirmos a vontade em ficar perto uma da outra.
Eu entender o que a acalmava, o que a fazia parar de chorar…
Enquanto eu vivia tudo isso, parecia uma eternidade. Mas, na prática, isso durou “apenas” 3 meses.
Pareceu 1 ano, mas durou apenas 3 meses.
E de repente ela foi perdendo a cara de bebezinho e começou a ficar com cara de criança…
E de repente a gente achou uma forma de conviver bem juntas.
E de repente nós já eramos uma família, por assim dizer, “comum”, adaptada.
CURTINDO A MATERNIDADE
O período que eu consegui curtir de maneira mais intensa a maternidade foi entre o 3º e o 7º mês da minha filha.
Nós nos viramos muito bem nesse período, com a reduzida rede de apoio que tínhamos.
Mas quando estávamos só nós duas, eu sempre ficava muito bem – e ela também!
O que a fez grudar em mim como um chiclete – e ela não aceitava mais ninguém além de mim.
Foi nessa época que eu conheci o verdadeiro significado da palavra “exaustão”.
Era divertido ver suas conquistas…
- Sentar;
- Comer as primeiras frutinhas e comidinhas;
- Se virar de um lado para o outro;
- Começar a engatinhar;
- Começar a se apoiar em tudo que conseguia…
Tivemos sim ótimos momentos e nossa rotina estava bem estabelecida.
Caminhávamos diariamente pela manhã e fazíamos uma soneca deliciosa a tarde…
Eu tentava dividir as atividades que fazia enquanto ela estava comigo, daquelas que fazia enquanto ela estava dormindo ou quando havia outra pessoa para cuidar dela.
Nessa fase os dias já começaram a parecer mais normais para mim.
Só havia um ponto: eu não conseguia fazer muito mais coisa além de ser mãe.
E isso começou a me incomodar profundamente, porque eu queria ser também profissional, mulher.
Foi aí que me veio a necessidade de causar uma separação entre nós duas. Foi aí que entrou a decisão da escolinha.
O MOMENTO DA SEPARAÇÃO
E, por vontade própria, eu a coloquei na escolinha com 8 meses.
Dos 8 até os 12 meses, quando eu escrevo esse post, o tempo pareceu voar.
O processo de adaptação na escolinha não foi nada fácil – nem rápido.
Depois dessa adaptação, veio nossa mudança de casa.
Mudança em cima de mudança, dificultando minha vida voltar a ter uma rotina – algo que não encontrei até agora…
E, em paralelo a tudo isso, uma mulher profissional voltando a encontrar seu caminho.
As 4 horas que ela fica longe de mim tem sido uma correria danada… Dar conta de fazer tudo que eu quero/preciso em apenas 15 horas na semana é um desafio e tanto.
Aprender a lidar com esse novo ritmo profissional está sendo interessante!
E, quando ela volta pra casa, daí já tem muito mais coisa que eu consigo fazer com ela aqui.
E sabe qual é a impressão que eu tenho?
Que o dia voa… Quando eu menos espero, já é hora do meu marido chegar em casa e mal deu tempo de a gente se curtir…
O tempo passa voando, as atividades não acabaram, ainda tem muita coisa para fazer…
Já arrumamos a casa, já brincamos, já dormimos… Já ganhei sorrisinhos, gargalhadas, cabeçadas no chão…
E uau, ela já vai fazer um ano!
MOMENTOS DESPROPORCIONAIS
Daí eu me pego lembrando que, há 1 ano, estava na expectativa do barrigão explodir!
Uau, o quanto eu estudei para a chegada desse momento tão importante!
É um tanto desproporcional o fato que passamos os 9 meses de espera, preparação e expectativa.
Quando nosso bebê nasce, em 9 meses acontece tanta coisa, tanta evolução…
Imagina, um bebê de 9 meses já fala “ma-mã”, “pa-pa”… Já come quase que como nós comemos.
Já não é mais um bebezinho… Já parece uma criança!
E toda aquela preparação que você levou, já ficou obsoleta… Já está na hora de saber mais sobre educação, bons modos, escolas, etc, etc etc…
E tudo que você quer fazer é o que?! Curtir seu filho.
Porque eles crescem, passa rápido e você quer estar ali.
Sou muito grata pelo estilo de vida que tenho hoje que me permitiu acompanhar de perto a evolução da minha filha.
Mesmo tendo a sensação de que algumas fases passaram rápidas demais, outras devagar demais.
Sei que curti tudo que podia, sempre me questionando e buscando dar o melhor de mim.
Se eu viver até os 100 anos, verei minha filha completar 70 anos.
Até agora ela tem 1. Uau, ela já tem 1.
É, definitivamente é tudo muito rápido na nossa vida…
E que bom que podemos curtir cada momento, cada fase, cada conquista.
É um amor delicioso de ser sentido, uma sensação inexplicável de família.
É simplesmente fantástico, recomendo! Uma das melhores experiências da minha vida.
E é só o começo…
Esse post faz parte da Categoria Mamãe Pri Nunes, onde eu divido relatos, experiências e estudos sobre a maternidade. Veja aqui mais posts da fase: “dos sorrisinhos aos primeiros passinhos”.