#17/30 – Porto: Lado água (Parte 3/4)

Tempo de leitura: 3 minutos

VOCÊ SABE O QUE É O CALADO?

No post retrasado, eu expliquei o que é porto. No post passado, aprofundei um pouco mais esse conceito no que se diz respeito ao lado terra, e mais especificamente aos terminais portuários. Agora, vamos falar um pouco mais sobre o lado água. É importante lembrar que o propósito desses post é ser curto e, por isso, não se pretende aqui explorar em profundidade tudo que envolve esse conceito – apenas dar uma visão geral.

Eu vou dividir o lado água dos portos em 2 partes:

Parte 1: relativa ao modal em si;

Parte 2: relativa aos equipamentos de transporte, que eu vou tratar no próximo post.

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Como já vimos, o modal aquaviario (seja ele marítimo, lacustre ou fluvial) possui, frente aos demais modais, a vantagem de ser uma infraestrutura relativamente pronta. Para navegar, não é preciso construir vias, basta usar a água já disponível na natureza. Porém, com a evolução dos equipamentos de transporte do modal aquaviário, surgiu a necessidade de se ter um modal com elevada profundidade, para suportar o calado dos equipamentos de transporte.

Calado significa a distância entre o ponto mais baixo de uma embarcação e o ponto em que a embarcação toca na linha da água. Essa distância, normalmente medida em metros, é a que determina a possibilidade de um equipamento de transporte navegar em determinado oceano, lagoa ou rio. Se o modal de transporte tiver uma profundidade menor do que o calado do equipamento, além da possibilidade do equipamento atolar e não conseguir realizar sua operação, há ainda uma ineficiência relacionada ao fato do navio não conseguir usar sua capacidade máxima de transporte.

É claro que a profundidade do oceano como um todo é grande e essa não é uma preocupação para os agentes. Entretanto, a profundidade existente nos terminais portuários é uma preocupação constante, pois determina não só o tipo de navio que cada terminal pode receber, quanto também a quantidade de carga que ele pode movimentar (quanto mais carga, mais pesado o navio fica e consequentemente mais calado ele terá).

A operação responsável por aumentar o tamanho do calado nas bacias de evolução, canais de acesso e berços é chamada de dragagem. Na prática, trata-se de retirar terra e outros dejetos que se acumulam no fundo do mar, lagoa ou rio, permitindo que os navios possam circular. Em portos cujo calado é um fator limitante, a operação de dragagem precisa ser feita com elevada frequência – principalmente quando o aprofundamento é feito de forma artificial.

Essa constatação do modal, relativa a profundidade, é também a que determina a 2ª parte do lado água dos portos que são os equipamentos de transporte que, quando usados para mercadorias são normalmente conhecido como navios (há outras embarcações que fazem transporte de mercadorias, como balsas e barcos menores, mas o mais comum são os navios).

Grosso modo, os navios são divididos em gerações, organizados de acordo com a combinação de seu ano de fabricação e também de seu comprimento e calado – e eu vou explicar isso melhor no próximo post.

Até lá!

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